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sábado, 2 de dezembro de 2017

MEDIUNIDADE RESPONSAVEL

Allan Kardec ao descortinar o Mundo Invisível, não o fez sem que o raciocínio apurado estivesse a frente de suas pesquisas e nem sem que o Evangelho do Cristo fundamentasse a Sua Obra!

Médiuns!

Vossa responsabilidade e imensa!

Vossa caminhada não oferece flores por toda a estrada;

Vosso compromisso e gravíssimo;

Olhai para dentro de vos sempre;

Calai ante as criticas e o falatório desarrazoado;

Zelai pela correção doutrinaria não abrindo campo as investidas dos inimigos desencarnados da Doutrina que desejam imiscuir nos Centros do Espiritismo-Cristão, praticas que nada tem a ver com a simplicidade e pureza do Evangelho;

Acatai as orientações dos Benfeitores da Humanidade que deixaram suas Instruções através de varias mãos que, em conjunto com o Codificador trabalharam na Restauração do Cristianismo;

Disciplinai-vos em vossas reuniões, evitando conversações ruidosas no período anterior e também no posterior ao trabalho que se inicia antes e não termina apos o horário estabelecido para o fechamento da reunião no Plano Físico, Benfeitores vos aguardam para a sua continuidade no Plano Astral;

Buscai conduzir-vos no equilíbrio e, para isso, não esqueçais de orardes diariamente pelos irmãos sofredores que por vos mesmos e por companheiros outros trouxeram suas dores vivas para serem aliviadas;

Jesus vos aguarda por servidores fieis de Sua Vontade!

Dignifiquemo-nos para dignificarmos a Sua Obra!

Alberto, guia do médium
(Pagina recebida pelo médium Leonardo Paixão em reunião do Grupo Espírita Semeadores da Paz, Campos, RJ, no dia 20/11/2017).




quinta-feira, 30 de novembro de 2017

MENSAGEM DO ESPÍRITO BEZERRA DE MENEZES



Meus filhos!
Jesus conosco!

Além da noite brilha uma alvorada de Paz!

A Humanidade vive momentos de trevas, de caos, são as convulsões morais que Allan Kardec já antecipava no cap. XVIII - Sinais dos Tempos em sua obra "A Gênese - Os milagres e as predições segundo o Espiritismo".

A hora, meus filhos e filhas da Alma, é de testemunho. Não mais o testemunho de vossos próprios corpos, mas sim, os testemunhos de vossa coragem moral em não soçobrar ante as tempestades que se fazem e que se farão por ser movimento próprio à transformação que, mais que por fora, se faz no interior do homem.

Os Espíritos Benfeitores da Humanidade - aqueles mesmos que tertuliavam com Allan Kardec - estão atentos a este movimento de transição e contam com o não arrefecimento do ânimo dos discípulos de Jesus, que sois todos vós, a permanecerem em Sua Obra, deixando de lado visões pessoais em relação a tal ou qual assunto, bem como suscetibilidades próprias à personalidade que mais busca a própria satisfação do que o auxílio desinteressado ao outro.

Lembremos destas palavras do Cristo de Deus: "Meus discípulos serão reconhecidos por muito se amarem" - João, 13: 35.

Eis aí a força do Amor a tudo vencer, em nome de Deus.

Que Jesus e a Sua Mãe Santíssima nos abençoe e envolva em Sua Paz!

Bezerra de Menezes
(Página recebida pelo médium Leonardo Paixão em reunião pública do Grupo Espírita Semeadores da Paz, Campos, RJ, no dia 19/11/2017).

terça-feira, 31 de outubro de 2017

MENSAGEM DO ESPÍRITO ALBERTO

A Paz de Jesus conosco!

A Terra passa por momentos cruciais tanto em relação à sua transformação física quanto, especialmente, em relação à sua transformação moral que se faz em prol do homem pelo homem em si mesmo.

Estejamos preparados à luz do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo para que não sejamos pegos de surpresa diante do ladrão que não avisa hora nem dia que irá atacar - aqui o ladrão simboliza as tentações e a própria morte física em si mesma.

Estejamos atentos. Vigiemos e Oremos constantemente.

Alberto, guia do médium
(Página recebida pelo médium Leonardo Paixão em reunião de Tratamento Magnético no Grupo Espírita Semeadores da Paz, Campos, RJ, no dia 24/10/2017) 

terça-feira, 19 de setembro de 2017

domingo, 3 de setembro de 2017

LANÇAMENTO DO NOVO LIVRO VIRTUAL DO ESCRITOR LEONARDO PAIXÃO - NOVAS REFLEXÕES DOUTRINÁRIAS

Link para baixar o livro
http://www.oconsolador.com.br/editora/evoc.htm

Nosso último lançamento


Novas Reflexões Doutrinárias

De Leonardo Paixão
Editora: EVOC
Editora Virtual O Consolador

No e-book Novas Reflexões Doutrinárias, publicado pela EVOC − Editora Virtual O Consolador, o escritor e articulista espírita Leonardo Paixão, de Campos dos Goytacazes (RJ), que também já nos presenteou com a obra Reflexões Doutrinárias em 2015, continua com sua preciosa contribuição de estudioso, por meio de artigos sobre diversos assuntos doutrinários.
A obra foi estruturada de forma a que o leitor não precisa lê-la na ordem em que os capítulos se apresentam, podendo escolher o assunto que mais lhe chamar a atenção.
Análises do movimento espírita, mensagens mediúnicas, imortalidade da alma, acontecimentos recentes, eis alguns dos temas que o autor oferece à nossa análise.
O autor, além de importantes temas de abordagem, traz excertos relevantes sobre artigos e livros elucidando as muitas inquietações e questionamentos que nos visitam. É uma obra que traz mensagens de vultos importantes pela mediunidade de Chico Xavier, Yvonne Pereira e Divaldo Pereira Franco, entre outros.
Sempre é momento de iniciar a compreensão de que a vida é uma inquestionável, magnífica e infinita riqueza e há a eternidade para desvendá-la, compreendê-la, mas é necessário começar o trabalho e quanto antes, por meio de leituras, estudos e prática; então, o aprimoramento começará a desenhar-se.
Esperamos que as reflexões contidas nesta obra possam auxiliar o nosso pensar sobre a doutrina espírita e estimular nosso senso crítico, este tantas vezes esquecido por parte de muitos companheiros de lides espíritas.
A capa do livro foi gentilmente concebida e elaborada pela artista plástica Cláudia Rezende Barbeiro, a quem agradecemos.
 
 


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Sugerimos o formato PDF para leitura ou impressão total da obra.
Para impressão ou recorte parcial da obra o formato Word é mais indicado. Conforme a versão do Word utilizada pelo leitor, podem, contudo, ocorrer problemas que alterem a configuração original do livro.

 


quarta-feira, 30 de agosto de 2017

DESEJO E LIBERDADE

A história do homem está recheada e plena de desejos. Em seu início, tivemos nos tempos primevos, o desejo de satisfação das necessidades básicas, especialmente, a do estômago, daí a prática constante da caça para que o homem pudesse estar tranquilo tendo o alimento que lhe supria o vazio do estômago bem como o mantinha vivo. E também à sua prole.
 
No decorrer da evolução humana, a fome e o sexo se desenvolveram em outras necessidades; o amparo protetor aos filhos, por exemplo, fez ver que cada tribo deveria se manter em um núcleo e, assim, foi iniciado o núcleo-máter que é o que dá origem à harmonia ou desarmonia em alguns setores da sociedade: a família.
 
Eros não é só desejo de prazer sexual, não é só amor erótico.
Eros é amor em desenvolvimento, culminando em ascensão sublime que nos trazem os exemplos dos santos e místicos que a História humana registra em seus anais.
 
Francisco e Clara de Assis são representações deste amor no seio religioso; o casal Curie detendo o radio, são exemplos deste amor na sociedade científica.
 
E é assim que vamos fazendo, construindo, reconstruindo a civilização, projeto evolutivo do Espírito que a cada passo se ergue colocando mais um degrau dourado na escada da Evolução.
 
Desejos desenfreados promovem o caos e daí as psicopatologias a assustarem os acadêmicos de Medicina e Psicologia.
 
Liberdade construída na responsabilidade que se traduz por vivência harmônica consigo para então se conviver bem com o outro, não esperando encontrar no outro o que, em si mesmo, falta, é o que fará que a solidariedade se faça e que o amor - Eros - em sua expressão sublime seja o direcionador do ser humano pela busca do real - e o real a que me refiro aqui é o Espírito, este viajor do tempo e do espaço que pleiteia uma única coisa: perfeição.
 
Herbert Marcuse
(Página recebida pelo médium Leonardo Paixão em reunião íntima do Grupo Espírita Semeadores da Paz, Campos, RJ, no dia 17/07/2017).

terça-feira, 1 de agosto de 2017

TERAPIA DE VIDAS PASSADAS: EVIDÊNCIA DA REENCARNAÇÃO?

Por Leonardo Paixão (*)
 
Em um assunto que traz inserido em si múltiplas disciplinas, tão-só ficar no aspecto teórico há de se circular em teorias, no entanto, contraditoriamente, ainda que se tenha a vivência prática seja tendo passado pelo processo terapêutico de regressão à vidas passadas seja como terapeuta, a convicção ou não da existência da reencarnação é subjetiva. Não temos nenhuma pretensão de respondermos de modo definitivo à questão proposta e que é o título deste artigo.
 
No decorrer de algumas décadas, a Terapia de Vidas Passadas (TVP) vem tomando vulto e cresce o número de pessoas buscando a formação para atuarem com tal terapia (1), bem como há muitas pessoas desejosas de realizar tal terapia e, é bom se falar, mesmo pessoas devotadas ao estudo e convictas da reencarnação, trazem conceitos errôneos a respeito da TVP e do processo hipnótico que pode ser  usado (e geralmente é) para o acesso às memórias remotas.
 
Esclareçamos alguns destes pontos e então passemos ao relato de algumas experiências realizadas em nossa prática profissional enquanto terapeuta.
 
Muitos questionamentos surgem quando se fala a respeito de Terapia de Vidas Passadas e, consequentemente, sobre hipnose. As primeiras perguntas geralmente feitas são: "A pessoa regredida pode ir e não voltar?" e "A pessoa hipnotizada pode não conseguir sair do transe hipnótico?". Respondendo à primeira pergunta, em primeiro lugar, ela deixa bem claro que quem a faz não tem o mínimo de conhecimento de tal processo terapêutico. Não, não há possibilidade de uma pessoa regredir a uma vida passada e não voltar, pelo simples fato de que não se vai a lugar algum, o que ocorre é que na regressão a pessoa acessa memórias, a priori, fatos por ela vividos em outra (s) vida (s) e que estão arquivados em seu inconsciente.
 
A resposta à segunda pergunta é: Não, pois a hipnose, ao contrário do que a maioria acredita, não conduz a um estado de sono, é um estado de concentração focalizado. Orientado por um hipnotizador experiente, o corpo da pessoa relaxa e estando concentrada a pessoa tem a sua memória aguçada. "Quando hipnotizado, você não está adormecido. Seu consciente está sempre a par do que você está vivenciando nesse estado, e sua mente pode comentar, criticar e censurar. Está sempre no controle do que você diz. Alguns hipnotizados veem o passado como se assistissem a um filme. Outros ficam mais intensamente envolvidos, tendo mais reações emocionais. Outros ainda "sentem" mais do "veem" as coisas. Mais tarde, a pessoa recorda tudo o que foi vivenciado durante a sessão de hipnose.
Não há perigo na hipnose. Ninguém que eu tenha um dia hipnotizado ficou preso ao estado hipnótico. Você pode emergir do estado de hipnose sempre que quiser. Ninguém jamais teve seus princípios éticos e morais violados. Ninguém nunca agiu involuntariamente. O controle é todo seu. A mente atual permanece consciente, observadora, analista. O paciente pode sempre comparar os detalhes e eventos recordados com os de sua vida atual" (WEISS, Brian. A cura através da terapia de vidas passadas. Rio de Janeiro: Sextante, 2007. Cap. 2 - Hipnose e Regressão. pp. 13 e 14).
 

Alertamos que psicóticos (esquizofrênicos, psicopatas, por exemplo) não se há de hipnotizar nem regredir, porque eles não entram em hipnose e nem regridem, eles surtam, o ego deles se cinde e poderão ter de tomar acentuada medicação ou mesmo precisar de internação. E aqui se responde a uma outra pergunta:
"Quem pode ser hipnotizado? Teoricamente todas as pessoas podem ser hipnotizadas. Visto que hipnose é o nome dado a uma ou mais articulações específicas do pensamento, sendo mais difícil em pacientes que apresentam dificuldades de fixação da atenção. Pode-se pensar em duas situações distintas a saber: a dificuldade de focalização da atenção (indução) e a contra indicação do uso de transe ou hipnose que se dará devido a uma dificuldade de manutenção de um raciocínio lógico, como em indivíduos psicóticos. Mas a maior contra indicação seja a inabilidade do terapeuta" (2). Somente profissionais experimentados há anos poderão perceber a possibilidade de tal tratamento em casos tais.
 
Após estas considerações básicas e necessárias para se desmistificar pré-conceitos vejamos algumas experiências. Experiências estas que só realizamos após feita de forma minuciosa, detalhada, a ficha anamnética do cliente, onde constarão informações sobre diagnósticos médicos, sobre o uso de medicação, sobre avaliação psicológica, o que nos dará suporte para no diálogo terapêutico efetuado após (em geral na sessão seguinte) percebermos da necessidade ou não de uma regressão a vidas passadas, por vezes, uma regressão de memória à infância pode ser suficiente, mas, sabemos que há casos em que, mesmo havendo trauma na infância, a lembrança deste trauma não faz desaparecerem os sintomas que fizeram a pessoa procurar o tratamento. Foi o que houve com a paciente Catherine e que levou ao Dr. Brian Weiss a um novo mundo: o da Terapia de Vidas Passadas. A história de Catherine é narrada no livro "Muitas Vidas, Muitos Mestres", o primeiro de uma série de outros em que o Dr. Weiss descreve suas experiências com Terapia de Vidas Passadas. Passemos aos relatos (3).
 
Feita a indução hipnótica e verificados os efeitos fisiológicos do transe hipnótico, induzimos a senhora F. a um maior relaxamento, inicio o processo levando-a aos seus quinze anos de idade e ela se vê na sua festa de quinze anos (havia dito que ela fosse a um momento feliz dessa idade). Sugiro agora para que se lembre de quando tinha cinco anos de idade e após ela estar neste período de sua memória, induzo a que ela acesse memórias mais antigas, neste momento a sra. F franze a testa e sua respiração fica "pesada", pergunto se ela sente algo ou vê alguma coisa, a resposta vem: "Dor no peito" (com a mão direita ela aponta que a dor se situa no lado esquerdo). Em seguida ela diz estar vendo muita gente, não consegue ver direito, vê as pessoas como vultos. Pergunto sobre a dor no peito. Passou.
 
F. continua a ver, relata agora que vê tudo azul, azul claro ("parece o céu", ela diz). Sente que está em um campo, escuta música. Pergunto que tipo de música, ela responde: "Música cigana". Começo a perguntar sobre detalhes como roupas, etc.
 
"Estou vestida com uma sai preta, blusa vermelha. É dia. As mulheres vestem saia longa e os homens calça, bota e colete".
 
Está escurecendo e ela vê agora carroças enfeitadas em círculo. Digo para me dizer que época é. "Época das fazendas. Época da escravidão" (início do século XIX, informação dada pela cliente após a regressão).
 
"Como você se chama?" - pergunto.
"Luzia".
"Você é nova, madura, idosa...?"
"Nova. Dezenove/vinte anos".
 
Relata agora que vê outras meninas conversando descontraidamente em uma carroça grande com lenços enfeitando o veículo.
 
"Qual o local em que estão?"
"Mato Grosso. Antes estávamos em um lugar de cachoeira".
 
Como ela não consegue ver nem perceber mais nada nesse ponto, sugiro que ela avance os anos. Se vê mais velha, está com uma criança, não é filho/a dela. Ela trabalha em uma fazenda, veste roupa de camponesa e um lenço na cabeça. Ela ficava no casarão, em volta há casinhas onde ficam os demais que lá trabalham.
 
Sugiro que ela agora veja o momento e a causa de sua morte. Se vê com pouco mais de oitenta anos deitada em uma cama, no seu quarto dentro do casarão. É um quarto simples com cama, armário de duas portas, uma mesa e uma cadeira. Ela morre devido à pneumonia. Digo para me relatar o que vê após a morte. Ela vê um campo aberto, árvores altas, há sombra. Está sozinha. Pergunto sobre pessoas que pudessem a reencontrar e ela diz que não se casou. Insisto se ela não vê ou percebe alguém que a recebesse nesse momento. Passam-se minutos e ela diz que uma senhora clara aparece e lhe diz: "Minha filha", é a sua mãe e lhe explica o acontecido. Peço que se adiante para o momento em que se aproxima o momento de uma nova encarnação. Descreve que está em um hospital, trabalhando. Tem medo. Medo de viver sozinha. Sua mãe se propõe a voltar com ela.
 
Há uma ansiedade grande, a mãe retorna como sua irmã, ela relata agora que está em outro país, há muitos prédios, prédios muito altos; Nova York ela diz (aqui há um ponto interessante, pois antes dela falar Nova York, havia pensado em tal cidade. Teria o operador sugerido à cliente tal cidade? Porém, ela estava a ver os prédios antes a surgirem em sua memória. Ou o operador percebeu por telepatia o que a sra. F. logo em seguida falou, o nome da cidade? São perguntas para o nosso estudo). Continuemos com o relato.
 
Seu pai está em um escritório, trabalha em um desses prédios, é um executivo importante, usa terno. o nome dele é Paul; ela se chama Mary Angel (pergunto sobrenome, mas, ela não consegue se lembrar), sua irmã se chama Anne. ela descreve o escritório: janela grande de vidro, "parece quase tudo de vidro", há uma mesa grande, livros. Ela trabalha com o pai, é uma advogada , usa terninho, saia longa, é loira, estatura média, olhos castanhos cor de mel. O pai tem cabelos grisalhos, ela diz. Pergunto em que século se está e ela responde : "Século XX". Pergunto também se ela é casada e ela responde que é solteira. Peço para se adiantar no tempo. Ela está agora na idade de cinquenta anos.
 
Está em uma festa, não sabe se é Natal ou Ação de Graças; está casada, tem dois filhos,, uma menina de oito anos e um menino de dez anos. Se vê com uma roupa como de aeromoça. Estão reunidos a família dela e do marido (avó, avô, tio, o pai dela, os filhos). Diz que a mãe dela morreu quando ela era uma criança e que o pai trabalhava muito para sustenta-los. Tem um sentimento muito grande para com o pai, gostava muito dele. Peço que avance ainda mais no tempo. Ela se vê agora com 70 anos, está no hospital, tem problema cardíaco, ela diz não doer. Está com visitas: irmã, marido, filhos (o filho se casou diz ela). Sugiro que ela vá ao momento de sua morte. Sente falta de ar; desmaiou; vê outra cama; está deitada; é outro hospital. O pai dela está presente. Peço que agora vá à reencarnação após Mary Angel.
 
É mulher também. É pobre. Usa uma saia rasgada, blusa e chinelo. Tem uma família grande, cuida de muitos netos. Mora em favela (Rio de Janeiro). Seu nome é Maria do Carmo Alves Silva. Pergunto sobre o ano que está, é a década de 40/50. Não consegue ver mais nada desta vida e peço que vá à encarnação seguinte e ela retorna à vida atual se vendo aos doze anos na escola. Encerro a sessão. Agora é hora de conversar sobre os conteúdos vistos, conversa que se desenrola no decorrer de alguns dias.
 
Enviei para o Messenger da sra. F. a seguinte imagem de arranha céu na cidade de Nova York na década de 30:
 
 
 
"Depois me diga se, em vendo esta imagem, teve alguma sensação. A sua descrição está plausível com o que havia à época. O prédio maior na foto é o Empire State".
 
 
Sra. F. - "Me arrepiei quando vi essa imagem. Lembro que vi uma torre como se fosse um troféu. Igual a esse prédio mais alto. Sei lá. Tá dando pra entender o que tô falando?"
 
"Sim, perfeito, como estamos trabalhando com lembranças, a visualização de imagens vai fazendo você ter avivamento da memória que está em seu inconsciente profundo".
 
 
"Tô toda arrepiada. Muito interessante".
"Muito legal. Não lembro se cheguei a falar dessa torre no dia".
 
"Falou de um prédio muito alto com janelas de vidro...Exatamente assim que esses prédios eram/são. E o interessante é que você não tem simpatia por Nova York, pelo idioma inglês, etc. Estas pesquisas são para ter elementos para escrever um artigo onde possamos ter evidências da reencarnação, é ciência isso".
 
 
A sra. F. diz não ter mesmo simpatia pelo local e em pelo idioma inglês. Há a questão do se sentir só em três encarnações seguidas, permitindo-me relatar o fato aqui, a sra. F. disse-me que matei a charada quando lhe falo a respeito:
 
"Uma hipótese é de que como Mary Angel você teve filhos, mas, como filha sentiu falta da mãe e também como Maria do Carmo você cuidou de uma prole sozinha, a sensação de não "dar conta do recado" ou o medo de que, por algum motivo os seus filhos fiquem sem sua presença, pode, talvez, explicar tal coisa (a de que os filhos que se possa ter fiquem sem sua presença, há este bloqueio nesta vida que a impede de realizar o desejo de ter filhos)".
 
"Só com tempo pra te contar. Tem tudo a ver com o que você citou acima sobre meus filhos ficarem sem minha presença. Matou a charada. Foi uma revelação  (mediúnica através de médium que desconhecíamos à época, a sra. A. P.) que já tive e que tem tudo a ver com minha encarnação atual e com o que você falou" (importante ressaltar que as vidas vivenciadas pela sra. F. nenhuma foi a que lhe foi revelada, o fato de havermos percebido pela pesquisa das narrativas e conversa posterior o bloqueio nela citado e a sua palavra de que "tem tudo a ver' com a revelação tida anos antes nos leva a pensar em evidências, até pelo fato que tal revelação a auxiliou a resolver conflitos no seio familiar).
 
Revelações mediúnicas a respeito de vidas passadas vindas por sensitivos (médiuns) outros que não a própria pessoa, necessitam ser muito bem averiguadas para que não nos deixemos impressionar e assim nos deixamos mistificar. Sim, é verdade, algumas pessoas têm a faculdade de perceber psiquicamente eventos do passado, elas acessam o que está arquivado no Fluido Universal ou Registros Akhásicos dos orientais. Transcrevamos um trecho do capítulo 7 - As Experiências de renovações da memória" - da obra "A Reencarnação", do pesquisador e espiritista Gabriel Delanne:
 
"É lógico, pois, prosseguir a regressão da memória até além dos limites da vida atual de um paciente, por meio da ação magnética. Assim fizeram os espiritistas e os sábios de que falei neste capítulo. Sem dúvida, os resultados não são sempre satisfatórios, de vez que nem todos os pacientes se acham aptos a fazer renascer o passado. Isto se deve a causas múltiplas, e a principal resulta, ao que parece, do que se poderia chamar densidade espiritual, isto é, imperfeição relativa desse corpo fluídico, cujas vibrações não podem achar a intensidade necessária para ressuscitar o passado, de maneira suficiente, mesmo com o estímulo artificial do magnetismo. Acontece por vezes, entretanto, que, durante o estado de sono ordinário, a alma, exteriorizada temporariamente do corpo, encontra momentaneamente condições favoráveis para que o renascimento do passado possa produzir-se.
Pode suceder que essa renovação seja acidental, como em relâmpagos, no estado normal. Assiste-se, então, a uma revivescência de imagens antigas que dão àquele que as experimenta a impressão de que já viu cidades ou paisagens, ainda que nunca lá fosse".
 
Cabe aqui também colocarmos estas advertências de Yvonne Pereira, escritora e médium respeitada e que passou por regressão espontânea de memória tanto quanto a teve ativada por seus Guias Espirituais:
 
"(...) Cumpre, porém, advertir que, nestas páginas, tratamos de recordações diretas que o indivíduo possa ter de suas migrações terrestres do pretérito e não de revelações transmitidas por possíveis médiuns. Baseando-nos nos próprios códigos do Espiritismo, com eles acreditamos que tais revelações, com exceções raríssimas, são sempre duvidosas e nenhum de nós deverá dar a elas grande apreço, porque os mistificadores do Invisível frequentemente se divertem à custa de espíritas curiosos e invigilantes, servindo-se de tais revelações, ao passo que, por sua vez, o médium poderá deixar influenciar-se pelas excitações da própria imaginação e dizer, como sendo da parte de um instrutor espiritual, o que a sua própria mente criou, pois tudo isso é possível e até previsto pelas instruções da ciência espírita e pela prática da mesma. O que sentirmos dentro de nós, o que a nossa própria consciência nos revela, as visões que, voluntariamente, nossos Guias Espirituais nos proporcionarem durante o sono provocado por eles próprios, o que recordamos, enfim, até à angústia, à saudade, ao desespero, à convicção real e não fantasiosa, e o que a nossa própria vida confirma; ou o que recordamos até ao benefício da consolação, da emoção balsamizante, da esperança no futuro e mesmo da alegria santa do nosso espírito, isso sim, poderemos aceitar como testemunhos da verdade vivida em outras etapas reencarnatórias" (PEREIRA, Yvonne do Amaral. Recordações da Mediunidade. Capítulo 3 - Reminiscências de Vidas Passadas. 6. edição. Brasília, DF: Federação Espírita Brasileira, 1989. pp. 43-44). 
 
Antes de nos estendermos em mais estudo e citações, passemos ao relato do segundo caso de regressão por nós realizado. Aqui transcreverei a gravação (como já posto em nota, autorizada pela cliente que, mesmo nos disse que podíamos por-lhe o primeiro nome, mas, preferimos manter apenas a inicial).
 
Feita a indução hipnótica na sra. R. inicio o processo de regressão.
 
"Como você está se sentindo?"
"Bem".
"Relaxada, não é?"
"Agora vamos começar o processo. Tudo bem?"
"Hãhã" (expressão de concordância).
"Assim que eu contar do 5 ao 1, você vai estar com cinco anos de idade" (faço a contagem pausadamente).
"Cinco anos de idade você tem agora. Como que você se sente? Tá feliz?"
"Tô".
"E nesta felicidade você está vendo o que?"
"Estou brincando, de boneca".
"A boneca tem nome?"
"Tem. Maria Eduarda".
"Agora que você está bem relaxada tranquila, vamos voltar mais ainda no tempo, voltar mais ainda no tempo, mais ainda no tempo..."
(Sugiro, mas, há longa pausa e a sra. R. diz não ver nada. Algumas pessoas tem mais dificuldade para acessar sua memória).
Pergunto se ela percebe alguma coisa e digo que as memórias são dela e que eu sou só um condutor, um auxiliar. Há novamente, longa pausa sem resposta. Até que ela começa a falar:
"Me sinto feliz. Não vejo nada. Apenas me sinto feliz".
 
Peço para ela identificar esse ambiente que a deixa tão feliz, mas, ela não consegue ir além. Então digo que ela se direcione para vida em que há algo que a incomode. Algo que possa representar a solução de alguma questão atual.
 
Choro muito intenso. Digo para ela chorar. Pergunto porque ela chora. É uma angústia profunda.
 
"Tenho vontade de ir embora".
"Está perdida? Se sente sozinha?"
"Sim".
"Sabe por que está sozinha?"
"Não".
"Sozinha você não está. Há sempre pessoas ao nosso redor" (aqui usamos da intuição por termos percebido que o local descrito era uma região extrafísica).
"Está escuro?"
"Sim" (o choro angustiado continua).
"Há vegetações no local? Árvores?"
"Há pessoas vestidas com roupas claras e você se tranquiliza porque sabe que agora é um momento de socorro. É um momento em que você é retirada e não está mais sozinha. E depois deste momento, o que você sente?" (Diz da vontade de deitar e de agradecer aos que a socorreram).
 
Sugiro que após deitar e relaxar, ela se levanta e está em um campo. Que aprendeu várias coisas e que agora precisa por em prática as lições e que para isso ela precisa atravessar os portais que dão acesso à matéria e vamos ao momento de uma outra vida.
 
"Sinto muito amor" (ela se vê criança junto aos seus pais).
 
Peço para ela avançar no tempo e que vá para a idade juvenil.
 
"O que esta jovem está sentindo?"
"Estou triste".
"Por que? Há perda na família, há alguém doente ou outro problema?"
(Ela se mostra aflita e pergunto sobre o motivo real da aflição).
"Preciso fazer uma escolha".
"Qual escolha você deve realizar?"
(Neste meio tempo, peço que eu possa conversar com esta memória dela. Ela diz se chamar Luisa e ser da Espanha. Pergunto em qual local e ela diz que é de um vilarejo. Continua a sessão em conversa com a personalidade Luisa.)
"Qual a escolha você tinha de fazer?"
"Me casar".
"Era a pessoa que você queria casar?"
"Não".
"O que você fez?"
"Fugi"
"Fugiu com quem amava?"
"Sim"
"O que te levou a tomar essa decisão corajosa?" "Quem era essa pessoa?" "Seus pais gostavam dessa pessoa?"
"Minha mãe sim. Meu pai não".
(Ela diz que seu pai não parava em casa. Pergunto se ele viajava a negócios ou para guerra ou a serviço de algum superior).
"Ele era muito bravo" (usava espada, um provável militar).
(Ela não gostava de quando o pai estava em casa).
Pergunto em que século se está. Ela diz ser início do século XIX).
"Depois que você foge como fica a vida?"
"Saudade da minha mãe".
"Não pode mais vê-la, não é?"
"Não" (choro muito sentido).
 
Sugiro para ela avançar no tempo onde está próximo o momento da morte.
 
"Como você se sente?" "Quantos anos você tem?"
"Cinquenta e sete".
"Vamos buscar o momento de sua morte. O que você sente, o que acontece com seu corpo?"
"Eu não me mexo".
"Vamos para o momento em que você morre e desperta?"
Sente que há pessoas por perto.
Pergunto sobre o marido, se ele está junto a essas pessoas e ela diz que ele não está lá, continua na Terra.
"Pergunto o que ela sente com a memória do mundo espiritual. Ela diz sentir paz. Pergunto sobre aprendizado. "O que você aprendeu?"
"Faltou obediência a meu pai".
"Valeu a pena não obedecer a seu pai para viver um grande amor?"
"Valeu, mas..."
"A separação de sua mãe..."
Digo a ela que ficou o aprendizado da coragem, mas faltou o aprendizado da renúncia, pois se tivesse obedecido ao seu pai, não teria angústia da falta da mãe. Digo que a cada vivência aprendemos algo, que ela aprendeu a seguir os caminhos do coração e deu o aprendizado ao pai de que não se tem o controle de tudo. Que ela vai ter de retornar a aprender a renunciar. Tudo isso é possível aprender e muitas coisas podem ser modificadas e que, apesar de muitas vivências a vida é uma só e as experiências são momentos para nosso aprendizado. Com a sra. R. tranquila, faço o processo de retorno à vida atual. Encerra-se a sessão.
 
Após a sessão, R. diz-nos sobre sua família atual e como há semelhanças com o que ela percebeu na regressão. Em criança, sem qualquer motivo, ela tinha pavor do pai e não gostava de quando seu pai ficava em casa. Isso foi diminuindo à medida que ela foi crescendo. Seu pai, pelo contrário, muito a amava. Seu irmão amava ao pai e este o desprezava, com o tempo tal coisa foi desaparecendo. Temos aqui um grupo familiar de volta onde as relações se repetem, em que a filha continua filha e os pais continuam pais. Talvez o irmão tenha sido o amado com quem ela fugiu, isso devido a hostilidade do pai em relação ao filho, estamos no campo da suposição. A mãe dela que estava aguardando, ao ouvir a gravação em que a filha está em momento de choro, diz que não é invenção, este é um choro real da filha, que ela está realmente vivendo alguma coisa e mais, que intuiu ser ela a mãe que ajudou a filha a fugir com o amado e que hoje faria a mesma coisa. A sra. R. diz que entende agora o bloqueio que tem de não querer sair de peto da mãe, de não mudar de cidade, mas, agora, sairia, por saber que pode ver a mãe, que não indo a lugar distante, ela sim, mudaria de cidade por motivos profissionais dela ou do futuro esposo. É bem interessante notarmos mudanças de comportamento, pensamentos, desaparecimento de sintomas em caso de fobias, após sessões de regressão de memória. Se uma fantasia ou fantasias do inconsciente podem promover tal coisa é algo a se pensar, pois imaginação e fantasias não promovem efeitos curativos conforme afirma o Dr. Weiss em seu livro "Muitas Vidas, Muitos Mestres". E aqui cabe uma observação importante, a sra. R. foi de início a um plano extrafísico (região espiritual) e como é evangélica a sua concepção de vida após a morte é completamente diferente da concepção de uma pessoa reencarnacionista. Seria tudo isso uma fantasia? Há diversos outros casos narrados em obras diversas, de pesquisadores diversos com Hellen Wambach, Brian Weiss, Lívio Túlio Picherle, Hermínio Miranda, Ian Stevenson, Hernani Guimarães Andrade, estariam todos estes autores habituados com o rigor científico, equivocados, enganados pelas fantasias do inconsciente de seus pesquisados?
 
Este artigo já vai longo e é hora de o encerrar e, para isso o fazemos com mais uma citação do livro Recordações da Mediunidade, de Yvonne Pereira, cap. 3 - Reminiscências de Vidas Passadas:
 
"(..) a observação de sábios investigadores das propriedades e forças da personalidade e a prática dos fenômenos espíritas, dão-nos a conhecer substanciosos exemplos de que nem sempre o véu do esquecimento é totalmente distendido sobre a nossa memória normal, apagando as recordações de vidas anteriores, pois a verdade é que de quando em vez surgem indivíduos idôneos apresentando lembranças de suas existências passadas, muitas delas verificadas exatas por investigações criteriosas, e a maioria dos casos, senão a totalidade deles, revelando tanta lógica e firmeza nas narrativas, que impossível seria descrer-se deles sem demostrar desprezo pela honestidade do próximo. De outro lado, o fenômeno de recordação de vidas passadas parece mais raro do que em verdade é, uma vez que podemos ter estranhas reminiscências sem saber que elas sejam o passado espiritual a se manifestar timidamente às nossas faculdades, aliás, a maioria das pessoas que as recordam, ignorando os fatos espíritas, sofrem a sua pressão sem saberem, realmente o que com elas se passa". p. 34.
 
A Terapia de Vidas Passadas é um campo para pesquisas, que tenhamos cada vez mais homens e mulheres que se aprofundem nas pesquisas para assim auxiliar a humanidade a caminhar mais um passo na evolução.
 
Notas:
(1) - A Terapia de Vidas Passadas não é reconhecida como prática psicoterapêutica pelos Conselhos de Medicina e Psicologia, ficando então no campo das Terapias Alternativas.
 
 
 
(3) Os relatos foram autorizados pelas clientes.
 
(*) Leonardo Paixão é trabalhador espírita em Campos dos Goytacazes, RJ, colaborando com um grupo de amigos do Ideal no Grupo Espírita Semeadores da Paz.
 
No campo profissional é Terapeuta Holístico. Tem formação em Teologia e Normal Superior. No momento estuda Psicanálise.
 
É Magnetizador experiente, tendo sido instrutor no curso de Magnetismo por ele promovido no Grupo Espírita Semeadores da Paz no início deste ano.
Leitor assíduo de pesquisadores como Hermínio Miranda, Jacob Melo, Carlos Bernardo Loureiro, Ian Stevenson, Brian Weiss, Carl Gustav Jung.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 24 de maio de 2017

MENSAGEM DO ESPÍRITO ALBERTO

 
 
Irmãos em Jesus.
 
Paz.
 
Todos passamos por crises em algum momento de nossas vidas, no entanto, estas crises nos favorecem o raciocínio, já que a Dor é uma irmã que nos solidifica a Fé no Criador Magnânimo.
 
O Espírito passa por provas, justamente, para que no carreiro da evolução, venha a desenvolver o sentimento sublime que é o Amor. Amor Pleno, não subdividido. Sim, o Amor ao Todo Criador, luminescência das Alturas e Senhor dos Universos. A Ele devemos a vida e a Ele, por isso mesmo, todo nosso reconhecimento e gratidão.
 
Dias virão em que planaremos nas Alturas Sidéreas e percorreremos todas as etapas de nossa jornada evolutiva e, então, nos jubilaremos por, quando alcançado tal estado, podermos secar as lágrimas dos que em planos de provas e expiações estagiam.
 
Sejamos dignos, trabalhando por isso atingir o mais depressa.
 
Alberto, guia do médium
(Página recebida em reunião de Tratamento Magnético no Grupo Espírita Semeadores da Paz, Campos, RJ, no dia 16/05/2017 pelo médium Leonardo Paixão).

segunda-feira, 1 de maio de 2017

RETORNO E TAREFA

Nívea claridade fazia-se naquela manhã que começava. Instrutores do Mais além reuniam-se para um momento especial: o jovem Marcos estava prestes a reencarnar e a mediunidade lhe seria um Guia Redentor, se praticada à Luz do Evangelho Redivivo.
 
O seu Anjo de Guarda, que chamaremos aqui de Guardião, também lá se encontrava, espraiando a sua claridade de servidor do Cristo.
 
Os Instrutores, representados por Alcebíades, perguntaram então ao jovem Marcos em quem viam promissor futuro de Obreiro do Senhor:
 
- Descerás à Terra, novo corpo organizado para expressar uma sensibilidade mais apurada lá te aguarda, para que possas prestar os serviços que pedistes. Tens plena consciência disto?
 
- Sim - respondeu o jovem.
 
- Sacrifícios, renúncias, dissabores de toda ordem se te farão presentes...
 
- O Evangelho à Luz do Espiritismo será meu Guia.
 
- Lutarás com preconceitos no próprio meio doutrinário e muitas vezes te encontrarás só.
 
- Saberei reconhecer que "O Senhor é meu Pastor e nada me faltará".
 
- Não tereis a bênção e o aconchego de um lar e, ainda assim, darás assistência aos filhos de coração no seio de tua família.
 
- O Universo é a minha Pátria - respondeu valorosamente o mancebo.
 
- A mediunidade te dará alegrias ou tristezas, conforme o seu uso.
 
- A respeitarei como empréstimo do Criador para que eu realize a minha Redenção.
 
- Então, emprestarás seu corpo aos necessitados e ampararás os aflitos do Caminho em nome do Cristo?
 
- É o dever que me imponho como Cristão.
 
- Pedir-te-ão muitas vezes mais do que poderás dar...
 
- Direi que em Cristo todos temos vida abundante e que apenas começo meu caminho para Ele.
 
Neste ponto do diálogo, Marcos é abraçado por Alcebíades que lhe diz:
 
- Estaremos contigo sempre. Tuas preces quando em aflição serão o teu chamado para o nosso coração.
Siga, meu filho, e respeite ao teu Guardião, que sempre estará contigo, pois te será o Pai Espiritual a carregar-te nos braços nos lances mais dolorosos, mas tenha a certeza de que o cumprimento reto do dever se te fará retornar vitorioso das lutas que enfrentares.
Seja o Cristo o teu Guia e Modelo, hoje e sempre.
 
Na Terra, passados alguns dias, o choro de uma criança alerta que mais uma Alma a buscar a Redenção, renascia para uma tarefa de paz e consolo aos corações aflitos, caso seguisse as Diretrizes do Mais Alto.
 
Alberto, guia do médium
(Página recebida em reunião íntima do Grupo Espírita Severino Rosa, Campos dos Goytacazes, RJ, no dia 27/05/2011 pelo médium Leonardo Paixão).

sexta-feira, 28 de abril de 2017

RELACIONAMENTOS

MARIA MODESTO CRAVO
 
 
 
 
A vida em sociedade é fator da evolução humana, sem a cooperação precisas entre os animais o psiquismo em evolução jamais alcançaria o sentimento de solidariedade e de compaixão. Podemos, obviamente, irmos muito além dos animais, das plantas e dos organismos unicelulares, pois sem que houvesse atração entre partículas atômicas e subatômicas a vida não se processaria no Universo.
 
Em toda parte a cooperação.
 
Mesmo em meio aos instintos brutais de sobrevivência que vemos nas selvas, observam-se os bandos no trabalho de cooperação uns com os outros para que haja sobrevivência. Também assim entre os homens e mulheres que ainda se mantém na ignorância e servem ao mal e, como a Lei é sábia, mesmo aí é preciso haver, ainda que por interesse pessoal, cooperação entre os que assim vivem.
 
Sem que, em qualquer espécie de relacionamento, haja cooperação, este não sobrevive, por isso, buscamos falar especialmente ao núcleo máter da sociedade - a família - para que cooperem uns com os outros em todos os setores: educação, organização, possibilitando harmonia na vida cotidiana. Advertimos, porém, que sem o diálogo franco, mas sem rudeza, qualquer relacionamento se torna inviável, seja ele, familiar, amigável, profissional. Se insistimos no diálogo fraterno e compreensivo é porque a falta de comunicação neste mundo em que a Tecnologia da Informação faz parte do cotidiano do ser contemporâneo, tem promovido o sentimento de indiferença para com as questões do outro que tal como todos está e é necessitado de ser ouvido, de que se lhe dê atenção.
 
Terapias diversas no ramo da Psicologia e suas derivações bem como as terapias holísticas têm recebido procura e isto porque mesmo entre amigos, por exemplo, não raro, há a audição neutra, sem julgamentos, da parte do que é procurado para o outro expor seus conflitos, suas dores, suas mágoas, além do julgamento ante a atitude do outro há também, muitas vezes, o tomar para si o problema que diz respeito ao outro e de se considerar que o outro deva agir conforme se pensa, esquecendo que cada ser humano guarda a sua singularidade. Quando compreendermos isso haveremos de tanto ter compaixão genuína quanto empatia.
 
Buscar um relacionamento saudável é aprender a viver a própria vida libertando-se e libertando o outro, do contrário será manter-se em relacionamentos tóxicos apertando laços fluídicos nocivos a desajustarem os centros de força, mais comumente os chacras frontal, cardíaco e gástrico (1), afetando a lucidez do raciocínio, o administrar dos sentimentos e das emoções.
 
Amar não é apegar-se, amar é o ato incondicional de estar bem e sabendo bem a quem se ama, tanto quanto de respeitar o momento daquele ou daquela que ainda não deu o fruto do amadurecimento. Este o amor apregoado e exemplificado pelos missionários da Humanidade que pode sim, ser cada um de nós.
 
Amar sem condições, sem exigências é o caminho único para a libertação.
 
Da amante do bem e servidora do Cristo,
 
Maria Modesto Cravo
(Página recebida espontaneamente no dia 13/04/2017 em Campos dos Goytacazes, RJ, pelo médium Leonardo Paixão).
 
Nota do médium: O Espírito André Luiz nos esclarece sobre as administrações dos centros de força ou chacras, vejamos:
 
Centro frontal ou cerebral - "com influência decisiva sobre os demais, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das glândulas endocrínicas e administrando o sistema nervoso em toda a sua organização, coordenação, atividade e mecanismo, desde os neurônios sensitivos até as células efetoras" (XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo. Evolução em Dois Mundos. Primeira Parte, item Centros Vitais, cap. 2).
"(...) a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à palavra, à cultura, à arte, ao saber. É no 'centro cerebral', que possuímos o comando do núcleo endocrínico, referente aos poderes psíquicos" (XAVIER, Francisco Cândido. Entre a Terra e o Céu. Cap. 20).
 
Centro Cardíaco - "(...) sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral" (XAVIER, Francisco Cândido. Entre a Terra e o Céu. Cap. 20).
 
Centro Gástrico - "(...) que se responsabiliza pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização" (XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo. Evolução em Dois Mundos. Primeira Parte, cap. 20). Tem ação sobre a digestão e a absorção de alimentos.
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 5 de abril de 2017

O PROCESSO PSICOFÔNICO

Por Leonardo Paixão (*)
 
"Médiuns falantes: os que falam sob a influência dos Espíritos. Muito comuns".
(O Livro dos Médiuns, Segunda Parte - Capítulo 16, item 190)
 
A mediunidade possui diversas características e a mais presente e comum que se observa nas Casas Espíritas é a psicofonia (do grego psiké, borboleta, alma, e phonê, som ou voz: transmissão do pensamento dos Espíritos pela voz de um médium falante, conforme "Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas", de Allan Kardec, Vocabulário Espírita).
 
A psicofonia é mediunidade comum, pois até mesmo pelo decorrer da história da comunicação humana, o homem iniciou sua trajetória comunicativa através da oralidade, daí também a maior flexibilidade prestada na psicofonia para uma educação mediúnica.

Muitos médiuns iniciantes ficam temerosos de se expressarem verbalmente por não se sentirem seguros ante os pensamentos e sensações que lhes surgem, pensando ser deles mesmos tais impressões, porém, uma análise de si mesmo com o tempo irá fazer o medianeiro iniciante perceber a diferença de sensações e de pensamentos que lhe acodem. Muitas vezes se passou um dia tranquilo e no momento da prática mediúnica o médium sente tristeza profunda ou alegria extrema, ímpetos de violência ou uma calma incomum a si próprio, sente um sorriso sarcástico ou um sorriso sem motivo, são sensações diversas que o médium há de buscar analisar a cada reunião e, assim, aprendendo a discernir o que lhe é próprio e o que vem de uma influência externa. Além destas impressões há também as sensações fisiológicas como taquicardia (acelerar das batidas do coração) ou braquicardia (diminuição das batidas do coração), uma vibração intensa na garanta, na região do chacra laríngeo (centro de força que preside aos fenômenos vocais, inclusive às atividades do timo, da tireoide e das paratireoides. Ele controla os processos de fala e de respiração), neste momento o médium sente uma extrema necessidade de falar, outras sensações e reações também ocorrem como: respiração ofegante, lágrimas, bocejos, sono, cansaço, etc. Uma sugestão e que é uma orientação dada a todo médium iniciante no processo da psicofonia é que não tema o que vai falar, que o diga, que qualquer palavra que lhe venha à mente seja colocada, claro que há de se não dizer palavrões nem se gritar, para isso o estudo prévio da teoria como recomenda Allan Kardec em O Livro dos Médiuns é fundamental antes de se exercitar na prática mediúnica.

Vejamos agora o que nos trazem algumas obras a respeito do processo psicofônico:

"A psicofonia é a transmissão verbal da mensagem do espírito comunicante.
Embora a psicografia seja, talvez, o tipo de mediunidade mais conhecido do grande público (através dos livros psicografados por Chico Xavier (...)), na prática, nas sessões mediúnicas, é a psicofonia a mais exercitada e a que melhor se presta aos treinos que o médium necessita, por oferecer uma comunicação mais dinâmica, rápida e eficiente.
É a psicofonia que possibilita o atendimento aos espíritos necessitados, através do diálogo que se estabelece entre o espírito comunicante e o doutrinador. O médium psicofônico, portanto, verbaliza o pensamento do desencarnado, transmitindo-lhe não somente a mensagem, mas também as sensações de que é portador, suas angústias, seus medos, enfim, todos os seus conflitos.
Vários são os motivos que tornam a psicofonia o tipo de mediunidade mais comum nas reuniões mediúnicas. Entre eles citamos:

1º) É mais fácil e mais rápido transmitir verbalmente o pensamento dos espíritos do que escrever;
2) o médium se adestra com mais rapidez no exercício da psicofonia;
3º) O espírito comunicante tem ensejo de extravasar suas emoções e narrar o seu drama, o que constitui um precioso aprendizado para os encarnados.

Além disso, tem-se como regra geral para os médiuns - instituída pela lógica e pelo bom-senso - que não é oportuno psicografar mensagens de espírito sofredor, obsessor ou necessitados, pois estes carecem de ajuda, esclarecimentos, do diálogo fraterno com o doutrinador, razão pela qual estas comunicações devem ser pela psicofonia. Infere-se, por via de consequência, que não existe um proveito maior nas páginas psicográficas com essas características.
A psicofonia tem algumas gradações, a saber:
1º) Psicofonia inconsciente - Quando o espírito atua diretamente nas cordas vocais do médium, estando este num transe mais profundo, podendo ocorrer, inclusive, mudança no timbre de voz.
2º) Psicofonia semiconsciente - O transe é menos profundo e o médium tem certa consciência da mensagem que o espírito transmite;
3º) Psicofonia intuitiva - O transe é superficial e o médium, neste caso, transmite com seu próprio vocabulário o pensamento do comunicante, mantendo a consciência do que ocorre.
Como se depreende, as comunicações psicofônica são a base das reuniões mediúnicas, pois também, com muita frequência, os Benfeitores Espirituais se utilizam desse processo para transmitirem orientações, mensagens de exortamento, de incentivo, que são, na verdade, o coroamento de todo o trabalho no campo da mediunidade com Jesus" (SCHUBERT, Suely Caldas. Mediunidade: Caminho para ser Feliz. Capítulo 12 - A Psicofonia)

"O mentor da casa aproximou-se dela e aplicou-lhe forças magnéticas sobre o córtex cerebral, depois de arrojar vários feixes de raios luminosos sobre extensa região da glote.
Notamos que Eugênia-alma afastou-se do corpo, mantendo-se junto dele, a distância de alguns centímetros, enquanto que, amparado pelos amigos que o assistiam, o visitante sentava-se rente, inclinando-se sobre o equipamento mediúnico ao qual se justapunha, à maneira de alguém a debruçar-se numa janela.
Ante o quadro, recordei as operações do mundo vegetal, em que uma planta se desenvolve à custa de outra, e compreendi que aquela associação poderia ser comparada a sutil processo de enxertia neuropsíquica.
Suspiros de alívio desprenderam-se do tórax mediúnico que, por instantes, se mostrara algo agitado.
Observei que leves fios brilhantes ligavam a fronte de Eugênia, desligada do veículo físico, ao cérebro da entidade comunicante.
Porque eu lhe dirigisse um olhar de interrogação e estranheza, Áulus explicou prestimoso:
- É o fenômeno da psicofonia consciente ou trabalho dos médiuns falantes. Embora senhoreando as forças de Eugênia, o hóspede enfermo do nosso plano permanece controlado por ela, a quem se imana pela corrente nervosa, através da qual estará nossa irmã informada de todas as palavras que ele mentalize e pretenda dizer. Efetivamente apossa-se ele temporariamente do órgão vocal de nossa amiga, apropriando-se de seu mundo sensório, conseguindo enxergar, ouvir e raciocinar com algum equilíbrio, por intermédio das energias dela, mas Eugênia comanda, firme, as rédeas da própria vontade, agindo qual se fosse enfermeira concordando com os caprichos de um doente, no objetivo de auxiliá-lo. Esse capricho, porém, deve ser limitado, porque consciente de todas as intenções do companheiro infortunado a quem empresta o seu carro físico, nossa amiga reserva-se o direito de corrigi-lo em qualquer inconveniência. Pela corrente nervosa, conhecer-lhe-á as palavras na formação, apreciando-as previamente, de vez que os impulsos mentais dele lhe percutem sobre o pensamento como verdadeiras marteladas. Pode, assim, frustrar-lhe qualquer abuso, fiscalizando-lhe os propósitos e expressões, porque se trata de uma entidade que lhe é inferior, pela perturbação e pelo sofrimento em que se encontra, e a cujo nível não deve arremessar-se, se quiser ser-lhe útil. O Espírito em turvação é um alienado mental, requisitando auxílio. Nas sessões de caridade, qual a que presenciamos, o primeiro socorrista é o médium que o recebe, mas, se esse socorrista cai no padrão vibratório do necessitado que lhe roga serviço, há pouca esperança no amparo eficiente. O médium, pois, quando integrado nas responsabilidades que esposa, tem o dever de colaborar na preservação da ordem e da respeitabilidade na obra de assistência aos desencarnados, permitindo-lhes a livre manifestação apenas até o ponto em que essa manifestação não colida com a harmonia necessária ao conjunto e com a dignidade imprescindível ao recinto" (Nos Domínios da Mediunidade, Espírito André Luiz, psicografia de Chico Xavier, capítulo 6 - Psicofonia consciente).

Este trecho contém muitos ensinamentos e advertências, recordamos que em nossas primeiras experiências no campo da psicofonia, percebemos os Espíritos atendidos exatamente conforme a descrição de André Luiz: "(...) o visitante sentava-se rente, inclinando-se sobre o equipamento mediúnico ao qual se justapunha, à maneira de alguém a debruçar-se numa janela". Víamos os Espíritos e captávamos-lhes as palavras no exato momento em que o Espírito se expressava, saindo palavras de nossa boca e podendo assim se dar o início do diálogo com os Espíritos.

Fato interessante de notar é que, em diversas manifestações de espíritos obsessores, membros da reunião que tinham conhecimento de tal ou tal caso que nos foi direcionado para tratamento desobsessivo, no momento final da avaliação da reunião, revelam que o Espírito falou tal como este ou aquele encarnado fala e isso sem o conhecimento do médium, além de outros médiuns relatarem intuições, visões ou sensações que se mostram coerentes com o caso. Estas confirmações se tornam importantes, pois auxiliam a que os médiuns estejam cada vez mais seguros e à vontade para expressarem o que lhes vem à mente.

Este trecho deixa claro o  por que de não ser prática adequada a presença de obsidiados no recinto da reunião: "Nas sessões de caridade, qual a que presenciamos, o primeiro socorrista é o médium que o recebe, mas, se esse socorrista cai no padrão vibratório do necessitado que lhe roga serviço, há pouca esperança no amparo eficiente". Isto também alerta Yvonne do Amaral Pereira:

"Para os casos de obsessão ou atuações fortes em médiuns não desenvolvidos não convirá desenvolvê-los nessa ocasião. Nesse estado anormal, o médium torna-se um enfermo que necessita tratamento antes de mais nada. O mais prudente será passar a entidade para outro médium, conversar com ela a fim de esclarecê-la, e tratar cautelosamente do médium, inclusive esclarecendo-o também.
Doutrinar a entidade servindo-se do médium assim atormentado é prejudica-lo ainda mais, pois ele poderá não possuir o critério necessário a tal empreendimento, nem aguentar a responsabilidade do compromisso; desenvolver sua faculdade nessa ocasião é abrir-lhe a possibilidade para novas obsessões. O trabalho da caridade, qualquer que seja, será recurso salvador" (PEREIRA, Yvonne. Cânticos do Coração, vol. II, Capítulo IX - Considerações sobre a Mediunidade).

(*) Leonardo Paixão é trabalhador espírita em Campos dos Goytacazes, RJ, colaborando com amigos de Ideal no Grupo Espírita Semeadores da Paz.

 
 
 
 
 

sábado, 1 de abril de 2017

CRÍTICA LITERÁRIA

 
 
 
Livro: Perdoo-te – Memórias de um Espírito.
Médium: Eudaldo Pagés.
Organizadora: Amalia Domingo y Soler.
Editora: Lachàtre.
Lançamento: Maio de 2013. 12. edição.
Páginas: 720.
 
Análise de Leonardo Paixão (*)
 
Amalia Domingo y Soler é conhecida no Movimento Espírita Internacional como uma das maiores divulgadoras e defensoras dos postulados espíritas e as obras vindas por suas mãos são amadas pelo público. A sua obra mais conhecida é a belíssima Memórias do Padre Germano.
O Perdoo-te – Memórias de um Espírito foi produzido tal como o Memórias do Padre Germano, isto é, através da faculdade psicofônica do médium Eudaldo Pagés e as comunicações eram transcritas por Amália Domingo y Soler. Relata Amalia no Prefácio  à obra: “Dentre as muitas comunicações obtidas no Centro Espírita La Buena Nova, destacam-se as Memórias de um Espírito, relato histórico verdadeiramente interessante”.
            O Espírito Íris relata três de suas encarnações. Na primeira, como Íris, relatará a sua queda ao trair o sábio Antúlio que havia encarnado para fundar nova escola de pensamento e fazer evoluir a Humanidade.
Em seu segundo relato narra uma reencarnação onde se entende que se trata de Maria de Magdala e, seguindo ao Cristo, amparando os sofredores, o Espírito Íris vai se reabilitando, tendo ainda muitas imperfeições a desfazer.
Sua terceira narrativa relata uma reencarnação onde se percebe se tratar de Teresa d’Ávila e vem nos revelar que esta personalidade canonizada pela Igreja Católica, jamais foi um mulher extática, voltada apenas para a oração no Templo, foi sim uma médium de grande potencial e muito perseguida pelo clero, pois os seus escritos de origem mediúnica iam contra diversos dogmas da Igreja, tendo seus escritos sido destruídos e os que hoje se têm foram falseados pelo clero em seu próprio interesse. Para se ter uma rápida ideia do que Teresa D’Ávila pregava, retiramos da obra à página 683, o seguinte: “...não devemos vê-lo (Jesus) aterrando os homens com seu cruento martírio, mas sim atentar para as suas palavras quando diz: ‘- Eu sou o irmão maior de sua raça e espero-os de braços abertos para leva-los à presença de nosso Pai que está nos Céus’.
            A obra traz ensinamentos evangélicos e doutrinários que nos levam à reflexão e à sensibilização na prática da caridade, esta uma constante na vida de Tereza D’Ávila.
Ao final do obra há um Apêndice de D. Amalia Domingo y Soler em que traz lúcidos esclarecimentos e ensinos como este:
“Quanto às religiões, todo aquele que tem bom-senso compreende que elas têm sido em todos os tempos uma paródia da verdadeira e sacrossanta religião: o amor à humanidade. Não há melhor religião que a de uma consciência honrada. Os deveres religiosos do homem são estes: o resistir, o reformar e o adquirir. Resistir aos embates da vida, reformar nossos costumes e adquirir novos conhecimentos que levem a compreender a grandeza de Deus, que se irradia na natureza. Íris usou destes ensinamentos racionais tão acertadamente, que pôde destruir os céus, os infernos e desmascarar os santos. Demonstrou que os milagres não são outra coisa senão manifestação de leis conhecidas pelo vulgo. Deu aos espíritas lições altamente proveitosas. Sua última encarnação é assunto para aprofundado estudo para todos aqueles que pensam que, ao deixar a Terra, encontram-se logo com os espíritos superiores, seguindo com eles por esses mundos de Deus. Não basta crer na pluralidade dos mundos e das existências”. (p. 702).
Em relação às suas reencarnações citadas, se consultarmos comunicações de Teresa d’Avila por Fernando de Lacerda, médium português em seu livro Do País da Luz, volumes 2 e 4, especialmente, perceberá o quanto se relacionam os dizeres sobre sua passagem na Terra com os ditados vindos por Íris.
É obra que se recomenda pelos seus lúcidos ensinos doutrinários.
(*) Leonardo Paixão é trabalhador espírita em Campos dos Goytacazes, RJ, colaborando no Grupo Espírita Semeadores da Paz.