Leonardo Paixão (*)
Resumo
A sugestão pós-hipnótica
(SPH), um fenômeno enigmático que transcende os limites da consciência
ordinária, convida-nos a desvendar os mistérios da mente humana e explorar os
mecanismos subjacentes à influência e à mudança de comportamento. Adentraremos
os meandros da hipnose, observando procedimentos e estudos científicos a
respeito, aplicação de sugestão pós-hipnótica em sujets e desbravando as
aplicações promissoras dessa técnica em diversos campos do conhecimento e suas
implicações no processo obsessivo. Para tanto, trouxemos citações de fontes
diversas desde os estudos de Freud sobre hipnose e atividades inconscientes bem
como os mais recentes artigos com revisões bibliográficas sobre o assunto e as
diversas teorias para explicar o fenômeno SPH.
Palavras-chave: Sugestão
pós-hipnótica; mente humana; hipnose; processo obsessivo.
Transe Hipnótico: A Porta de
Entrada para a SPH
A hipnose, um estado alterado
de consciência, abre as portas para um universo de possibilidades.
Caracterizada por um aumento da receptividade à sugestão, a hipnose permite que
indivíduos experimentem um leque de fenômenos fascinantes, como intensificação
do foco, relaxamento profundo, alterações na percepção sensorial e, claro, a
tão intrigante suscetibilidade à SPH.
Imagine-se em um estado de
profunda calma e relaxamento, onde sua atenção se concentra unicamente na voz
do hipnotizador. Nesse estado hipnótico, sua mente se torna mais receptiva a
sugestões, abrindo caminho para a SPH. É como se estivesse em um palco pronto
para receber e interpretar as instruções do diretor.
Segundo Lapponi (1961), há
dois tipos de hipnotismo, o espontâneo e o provocado. Neste artigo nos
fixaremos no segundo.
Quem
estuda Hipnotismo distingue nele duas variedades, indicada uma com o nome de
“Hipnotismo espontâneo”, e a outra com a denominação de “Hipnotismo provocado”
ou “artificial”.
Naquele,
os fenômenos com os quais o Hipnotismo se entrosa surgem sem causa apreciável e
independentemente de quem quer que seja. No artificial, os mesmos fenômenos
emergem depois de estímulo proveniente de determinada causa mais ou menos
conhecida e mais ou menos dependente da vontade de alguém.
(...)
Os
fenômenos objetivos e sensíveis, com os quais o Hipnotismo se revela, podem ser
reduzidos a três: “Letargia”, “Catalepsia” e “Sonambulismo” ¹. Estes três
fenômenos, suscitados pelo Hipnotismo, em certos casos se encontram reunidos, pois
se sucedem um ao outro, formando constantemente uma série de fatos coligados
entre si, e outras vezes se encontram separados na modalidade em que o estado
hipnótico se revela apenas com o letargo, com a catalepsia ou com o
sonambulismo (LAPPONI, José. Hipnotismo e
Espiritismo. 3. ed. Brasília, DF: Federação Espírita Brasileira, 1961.
Capítulo II – Os fatos próprios do Hipnotismo. pp. 55 e 56)
_________________________
1 Letargia e Catalepsia são
conceitos associados à tese da emancipação da alma e que com o passar do tempo
foram ganhando novos sentidos até caírem em desuso na Medicina e na Psicologia.
No espiritismo e no
mesmerismo, sonambulismo magnético, artificial, provocado ou induzido seria um
estado de emancipação da alma provocado pela ação que um magnetizador exerce
sobre outra pessoa, por meio do fluido magnético, onde a lucidez da alma é mais
desenvolvida, ou seja, ela vê as coisas com mais precisão e nitidez. Nessa
condição o corpo agindo sob o impulso da vontade da alma, dá-se a subjugação
corporal à alma. O esquecimento absoluto no momento do despertar seria um dos
sinais característicos do verdadeiro sono mesmérico, porque a independência da
alma e do corpo é mais completa do que no sonho.
Ser ou Não Ser: Desvendando os
Enigmas da SPH
A SPH, qual um enigma envolto
em brumas, tem sido objeto de intenso debate e investigação científica ao longo
dos anos. Diversas teorias foram propostas para explicar seus mecanismos
subjacentes, cada uma lançando luz sobre diferentes aspectos desse fenômeno
complexo:
Teoria da Dissociação: Uma
Mente Dividida?
Essa teoria sugere que a
hipnose cria uma dissociação na mente, permitindo que a parte
"hipnotizada" aceite sugestões sem interferência da mente consciente.
Imagine uma mente em duas partes: um racional e crítica, a outra receptiva e
aberta à sugestão. Durante a hipnose, a parte receptiva assume o controle,
possibilitando a SPH.
Para um melhor entendimento
dessa teoria trazemos o seguinte:
Uma
representação inconsciente é, portanto, aquela que não percebemos, mas cuja
existência admitimos, com base em outros indícios e evidências.
Todavia,
se não dispuséssemos de outros dados além daqueles que conhecemos sobre a
memória e sobre as experiências de associação que ocorrem por meio de elos
inconscientes intermediários, poderíamos considerar o presente artigo como um
mero trabalho descritivo ou classificatório e, aliás, assaz desinteressante.
Contudo, evoquemos o conhecido experimento da “sugestão pós-hipnótica”, que nos
ensina muito mais sobre nosso tema e nos mostra a necessidade de insistirmos na
distinção entre consciente e inconsciente.
Nesse
experimento, tal como Bernheim o realiza, uma pessoa é colocada m estado
hipnótico e posteriormente despertada. Enquanto se encontra em estado hipnótico
e sob a influência do médico, ela recebe a incumbência de realizar certa ação
em determinado horário, por exemplo, meia hora mais tarde. Após despertar, tudo
parece indicar que ela voltou à plena consciência e ao estado de espírito
normal, sem guardar recordação alguma do estado hipnótico. Porém, chega o
horário combinado, impõe-se à psique o impulso de executar o que antes foi
ordenado, e o ato é executado conscientemente, sem que a pessoa saiba porque o
faz. É praticamente impossível descrever esse fenômeno de outro modo a não ser
dizendo que aquela intenção estava disponível de forma latente ou inconsciente
na psique e que se tornou consciente assim que o momento determinado chegou.
Mas a intenção de executar o ato não aparece na consciência em sua totalidade,
só parece a representação do ato a ser executado. Todas as outras ideias
associadas a essa representação – a incumbência recebida, a influência do
médico, a lembrança do estado hipnótico – permanecem inconscientes.
Contudo,
podemos aprender ainda mais com um experimento desse tipo. Ele nos leva de uma
visão puramente descritiva para uma visão dinâmica do fenômeno. A
representação psíquica da ação que havia sido ordenada não apenas se tornou, em
determinado momento, objeto da consciência, como também se tornou ativa,
e este é o aspecto que mais chama a atenção: tão logo a consciência percebeu
sua presença, a representação foi transformada em ação. Entretanto, como aquilo
que realmente impulsionou a ação foi a ordem emitida pelo médico, não temos
como deixar de concluir que a própria representação psíquica da ordem também se
tinha tornado ativa.
Porém,
enquanto a consequência dessa ordem – ou seja, a representação da ação a ser
executada – se revelou à consciência, a representação da ordem recebida não
surge na consciência; permaneceu inconsciente, portanto, continuou ao mesmo
tempo ativa e inconsciente (FREUD,
Sigmund. Escritos sobre a Psicologia do Inconsciente. Rio de Janeiro:
Imago, 2004. Alguns Comentários sobre o Conceito de Inconsciente na
Psicanálise. p. 84)
Teoria da Expectativa: Aprendizagem
e Comportamento
Essa teoria propõe que a SPH é
resultado das expectativas do indivíduo sobre a hipnose e sua crença na
efetividade das sugestões recebidas. É como se a mente se auto programe para
aceitar e responder às sugestões.
Estudos da Neuropsicopedagogia
sobre sugestionabilidade nos trazem elementos para uma compreensão nova dos
processos de sugestão e sugestão pós-hipnótica.
De que
forma o cérebro processa e incorpora as sugestões – sejam elas deliberadas ou
não – e a partir delas modifica a cognição e o comportamento, ainda é motivo de
muita especulação, mas algumas hipóteses parecem bastante pertinentes. Uma
delas diz respeito à possibilidade de que a sugestionabilidade seja um produto
do aprendizado baseado na expectativa, em que pistas ambientais de qualquer
natureza sejam condicionadas e integradas para modificar comportamentos (De
Pascalis, Chiaradia, & Carotenuto, 2002).
O
aprendizado baseado na expectativa é importante para o estabelecimento de algum
grau de autonomia na regulação das necessidades vitais para um ser vivo por
meio do desenvolvimento da capacidade de ajustar comportamentos a pistas
ambientais, reconhecidas através deste tipo de aprendizado. A expectativa gera
um estado de saliência a certos estímulos, normalmente os inéditos, para os
quais a atenção é dirigida, a fim de que sejam ampliadas as condições para se
aprender mais sobre eles (Shiner et al., 2015).
A
capacidade de aprender deu muito mais flexibilidade comportamental aos seres
vivos que, em princípio, regularam a estabilidade de seu meio interno através
da homeostase, passando, então, a fazê-lo através da alostase. A diferença
entre os conceitos de homeostase e alostase é que, apesar de ambos se referirem
à manutenção ou à regulação do meio interno, a homeostase envolve sistemas
fisiológicos de baixo nível, que têm como referência pontos fixos de regulação
(por exemplo, a temperatura corporal adequada, em torno de 36º C, ou o pH do
sangue, ou níveis glicêmicos fisiológicos, os quais são controlados
autonomamente) e a alostase abrange mudanças proativas, coordenadas por
múltiplos sistemas, cujas referências são mais individuais, justamente por se
basearem no aprendizado (por exemplo, o desejo de consumir alimentos calóricos
difere de pessoa para pessoa, em função de fatores que vão além do estado
nutricional).
O
aprendizado baseado nas expectativas fundamenta-se no reconhecimento de pistas
ambientais, compreendendo estímulos ambientais inicialmente desprovidos de
carga afetiva/motivacional que, por se associarem a estímulos naturalmente
carregados afetiva e motivacionalmente (como alimentos, água, oportunidades de
acasalamento e predadores), acabam recebendo esta carga pelos centros de
processamento de recompensas e punições do cérebro (Keiflin & Janak, 2015;
Ruff & Fehr, 2014). Pistas geram expectativas sobre o mundo e as coisas e
têm um papel definitivo na maneira como navegamos por ele, na medida em que
elas têm um caráter representacional do tipo “pista – desfecho” (Volkow, Wang,
Tomasi, & Baler, 2013). Por exemplo, aprendemos que logotipos da indústria
de alimentos (que funcionam como pistas) sinalizam oportunidades de saciar
nossa fome (expectativa) e tal aprendizado pode até mesmo fazer com que
tenhamos desejo por determinados alimentos diante da exposição àquele logotipo.
Portanto, pistas como esta “dirigem” nossa cognição e motivação e, por
conseguinte, moldam nosso comportamento diante de necessidades específicas. A
hipnose, o efeito placebo, a sugestão e a propaganda operariam de forma
semelhante, recrutando sistemas cerebrais envolvidos na formação de
expectativas e representações “pista-desfecho”. Mais exemplos deste tipo de
representação: “se usar aquela marca de roupas, terei mais sucesso em minha
vida profissional”, “se fizer aquela dieta, perderei muito mais peso”, “se
consumir o produto que aquela celebridade consome, serei como ela”.
O
aprendizado baseado em expectativas explica por que o efeito placebo não se
restringe a substâncias inertes, mas também a substâncias ativas, na medida em
que, ao darmos um ansiolítico a alguém a quem informamos que estamos dando um
ansiolítico, os efeitos ansiolíticos experimentados podem ser superiores aos sentidos
por outra pessoa tomando o mesmo agente sem ter sido informada de sua
composição (Parris, 2016). Em outras palavras, a expectativa da ansiólise pode
ampliar sua experiência subjetiva. Assim, a sugestão a respeito do efeito de
uma substância (uma pista sobre como esta substância vai agir) parece ajustar a
cognição para que aquele efeito se cumpra, produzindo o fenômeno placebo.
Analogamente, sugestões funcionam como pistas, gerando expectativas sobre
desfechos, as quais acabam por influenciar a mente a alcançá-los.
Estudos
de neuroimagem realizados com indivíduos, utilizando placebo para controle de
dor, mostram redução da atividade de áreas cerebrais da matriz da dor, como a
ínsula, o cíngulo anterior, o tálamo, o córtex somatossensorial e a amígdala
(Fomberstein, Qadri, & Ramani, 2013). Além disso, observa-se aumento da
atividade do córtex pré-frontal dorsolateral, uma região cuja atividade parece
crucial para a existência do efeito placebo, já que ela mantém e atualiza as
expectativas que o dirigem (Parris, 2016).
Da mesma
forma, na sugestão hipnótica parece haver a criação de um estado de expectativa
que acaba por moderar o desempenho cognitivo, melhorando-o ou piorando-o, na
dependência do tipo de sugestão (Raz & Shapiro, 2002). Por exemplo, existem
relatos de eliminação do efeito Stroop (em que existe competição cognitiva
entre a leitura do nome de uma cor escrito em outra cor e a identificação da
cor em que a palavra está escrita) após a sugestão hipnótica de que as palavras
do teste são símbolos sem significado (Raz, Kirsch, Pollard, & NitkinKaner,
2006).
A
moderação da sugestão (hipnótica ou não) sobre a cognição parece criar um
estado mental altamente atento, em que pensamentos e sensações competitivos são
eliminados. Este estado sobrepujaria processos executivos habituais,
interferindo em processos psicológicos automáticos e inconscientes (permitindo
o “desligamento” temporário do efeito Stroop, de heurísticas e até mesmo de
fenômenos sinestésicos, também considerados automáticos e incontroláveis),
modificando a percepção (possibilitando a percepção de cores onde elas não
existem ou, ao contrário, impedindo sua percepção), criando fenômenos de
passividade motora e até mesmo de dor. (KRASINSKI, Kamilla e TONELI, Hélio. Neuropsicologia
da Sugestionabilidade e Tomadas de Decisão Social. Pluralidades em Saúde
Mental, Curitiba, v. 7, n. 1, p. 43-62, jan./jun. 2018)
Teoria Neurobiológica:
Desvendando os Segredos do Cérebro
Estudos recentes com
neuroimagem lançam luz sobre os mecanismos neurais da SPH. Áreas do cérebro
relacionadas à atenção, processamento de linguagem e controle motor se ativam
durante a SPH, sugerindo que a mente se reorganiza para responder às sugestões
recebidas. É como se o cérebro criasse novos circuitos para executar as
instruções hipnóticas.
Estudos
recentes sugerem que a hipnose está associada à redução da atividade da rede de
modo padrão (DMN), uma rede de estado de repouso que medeia o processamento
autorreferencial e o resgate de memórias episódicas (SPIEGEL et al., 2010).
Essa rede foi descrita por Raichle et al. (2001) como um grupo de regiões
cerebrais cujas atividades, consistentemente, diminuem durante a maioria das
atividades cognitivas “demandantes”.
Nessa
mesma linha, a “hipnotizabilidade” seria o grau de resposta do indivíduo à sugestão
durante a hipnose (GREEN et al., 2005), a qual seria uma característica
altamente estável e mensurável (PICCIONE et al, 1989; SPIEGEL & SPIEGEL,
2004; SPIEGEL et al., 2010). A alta hipnotizabilidade estaria associada com
maior conexão funcional entre a rede de saliência (SN), a qual possui um papel
importante no monitoramento e modulação do sistema nervoso autônomo a partir de
estímulos internos e externos, e a rede de controle executivo (ECN), a qual é
fundamental para tarefas que envolvem atenção focada e memória de trabalho
(SPIEGEL et al, 2010; JIANG et al., 2017).
Apesar
dos diferentes marcos teóricos, parece claro que a hipnose pode gerar mudanças
cognitivas e comportamentais. Algo que evidencia, com bastante consistência, a
capacidade da hipnose de alterar percepções da realidade são os vários estudos
científicos envolvendo hipnose e o teste stroop, um dos fenômenos mais robustos
da psicofisiologia (SPIEGEL et al, 2010), em que a sugestão conseguia reduzir
(ou até mesmo eliminar) os efeitos do teste (RAZ et al., 2002, 2005, 2006,
2007; LIFSHITZ et al., 2013). Outro estudo demonstrou que a hipnose poderia
modificar a resposta ao efeito McGurk (uma ilusão auditiva criada ao se
apresentar fluxos visuais e auditivos incongruentes), o qual, também, é tão
robusto que as pessoas, normalmente, não conseguem evitar a ilusão mesmo que
estejam conscientes da discrepância audiovisual (MCGURK & MACDONALD, 1976;
FOX et al, 2016). Nesse caso, uma simples sugestão para aumentar a acuidade
auditiva reduziu, consideravelmente, a percepção de fala ilusória e melhorou a
capacidade de identificar os áudios corretos na tarefa (DÉRY et al, 2014).
O maior
respaldo científico da hipnose, historicamente, é no controle da dor, onde
evidências já apontaram que a hipnose poderia ser mais eficiente em modulá-la
do que a própria morfina (KARGEL, 1987). Porém, muitos autores apontam que a
hipnose, também, foi a primeira forma ocidental de psicoterapia (ELLENBERGER,
1970). A hipnose pode ajudar a modificar processos cognitivos, substituindo
atividades mentais indesejadas (como ocorre em vários transtornos, como a
depressão) por processos cognitivos mais saudáveis (YAPKO, 2013). Várias
pesquisas têm fornecido evidências da eficácia da hipnose clínica como
coadjuvante no tratamento da dor crônica e aguda, ansiedade e sintomas
relacionados à ansiedade em doenças crônicas graves e em cuidados paliativos
(ASTIN et al, 2003; VARGA & KEKECS, 2014; SATSANGI et al, 2017). (MAFRA,
Lucas Xavier. Hipnose e Meditação: um comparativo de processos
neurobiológicos. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais,
2022)
Fatores que Influenciam a SPH:
Uma Sinfonia de Variáveis
A suscetibilidade à SPH é como
uma melodia complexa, composta por diversos instrumentos que influenciam sua
intensidade. Personalidade, motivação, profundidade da hipnose e
características da sugestão são alguns dos maestros dessa sinfonia:
Personalidade
Indivíduos com alta capacidade
de absorção, imaginação vívida e abertura a novas experiências, como os
artistas, tendem a ser mais suscetíveis à SPH. É como se sua mente fosse uma
tela em branco, pronta para receber e dar vida às sugestões.
Motivação
A crença na efetividade da
hipnose e a motivação para seguir as sugestões são como o vento que impulsiona
o navio. Quanto maior a motivação, mais eficaz a SPH. Imagine um paciente com
fobia de aranhas que, motivado a superar seu medo, se torna mais receptivo à
sugestão de se aproximar de uma aranha durante a hipnose.
Profundidade da Hipnose
Um estado hipnótico mais
profundo, como um mergulho nas profundezas do oceano, leva a uma maior
suscetibilidade à SPH. É como se a mente se tornasse mais receptiva e aberta à
influência.
Características da Sugestão: A
Mensagem Perfeita
Sugestões claras, específicas,
positivas e contextualizadas, como instruções precisas em um mapa, aumentam a
efetividade da SPH. Quanto mais clara e bem elaborada a sugestão, maior o
impacto na mente.
Experiências de Sugestão
Pós-Hipnótica
No Grupo Espírita Semeadores
da Paz, Campos dos Goytacazes, RJ, foram realizados cursos de Magnetismo em que
houve a realização de experiências com sujeitos hipnotizados.
Relataremos aqui três casos de
Sugestão Pós-Hipnótica (SPH).
Caso 1
O primeiro caso foi com a sra.
T. que estava com uma forte dor de cabeça. Após a indução hipnótica realizada pelo autor
deste texto, foi sugestionado à sra. T. que assim que ela despertasse do transe
hipnótico, não mais sentiria dor de cabeça. Tendo a sujet saído do transe após
os processos utilizados, ela disse que não mais estava a sentir forte dor de
cabeça, que havia um incômodo, mas tão leve que era como se nada houvesse. Esta
experiência ocorreu no ano 2018.
Este caso diz da possibilidade
do uso da hipnose para alívio de dores e profissionais da Medicina, da
Odontologia, da Psicologia, da Psicanálise, utilizam quando necessário e,
claro, quando habilitados a isso, a hipnose como terapia complementar aos seus
métodos.
Caso 2
Em um dos Cursos de Magnetismo
que realizamos no decorrer dos anos, levamos uma das sujets a estado de transe
mais profundo e sugerimos que ela estava "possuída" por um demônio. A
experiência revelou-se tão bem sucedida que quando eu pedi que pessoa
participante da experiência levasse até mim um copo com água comum e quando eu
aspergi um pouco dessa água sobre a pessoa em estado de hipnose e disse que era
água benta, tal pessoa sentiu seu corpo queimar e quando fiz com os dedos a
forma de uma cruz e lhes coloquei na testa dizendo ser um crucifixo bento, a
pessoa se contorcia como a sentir fortes dores. Depois levamos a percipiente R.
a um estado de relaxamento profundo e ordenamos por sugestão que ela de
nada se lembrasse e, ao ser despertada, até hoje ela afirma convicta que de
nada se lembra dessa experiência. Este experimento ocorreu no ano 2016.
Caso 3
Como nos dois casos
anteriores, essa experiência foi realizada durante Curso de Magnetismo no Grupo
Espírita Semeadores da Paz, Campos dos Goytacazes, RJ, na presença de mais de
10 pessoas. Há registros de presença em cadernos próprios a isso.
Após a indução hipnótica e
demonstrações de que a sujet, a sra. A. estava sob o controle do hipnotizador,
no caso, o autor deste texto, foi dada a sugestão de que saída do transe, a
sra. A. após fazer um lanche que estava já posto à mesa, iria beber água. Assim
ocorreu. Também é interessante observar a fala da sra. A. ao hipnotizador: “É
normal, após a hipnose, ter pensamentos fixos como: preciso beber água, preciso
beber água?”. Tais palavras da sujet nos trazem reflexões com relação à
hipnose e o processo obsessivo que abordaremos após. Esta experiência ocorreu
no dia 13/04/2024.
Sugestão Pós-Hipnótica explica
ação dos Espíritos Obsessores
Já discorremos bastante sobre SPH e teorias
diversas para explicar o fenômeno. O de que aqui iremos tratar não é uma
novidade, entretanto, com os estudos realizados atualmente poderemos ter ideias
mais claras e nítidas de como agem os Espíritos obsessores sobre os Espíritos
encarnados.
Importante deixarmos claro que
aqui não estamos a fazer um estudo da existência ou não dos Espíritos, esta já
está pressuposta desde o título desse artigo.
Em meu livro Novas Reflexões
Doutrinárias, no capítulo 13 – Pequeno Estudo sobre Técnica da Obsessão, faço a
seguinte citação:
Geralmente
exercida tão só através da telepatia ou da sugestão mental, é bem certo que o
obsessor estabelece uma oculta infiltração vibratória perniciosa, sobre o
sistema nervoso do obsidiado, contaminando-lhe a mente, o perispírito, os
pensamentos, até ao completo domínio das ações. (PEREIRA, Yvonne. Dramas
da Obsessão. Pelo Espírito Bezerra de Menezes. 4. ed. 3. reimpressão. Rio
de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2010. P. 28-29 – grifos nossos).
Buscando explicar as palavras do Espírito
Adolfo Bezerra de Menezes, colocamos o seguinte:
Desses
esclarecimentos do Espírito Bezerra de Menezes depreende-se o seguinte:
1 – A
contaminação se dá pela impressão de ideias fixas na mente do obsidiado através
de imagens mentais;
2 – Pelo
perispírito: mantendo o do encarnado em seu mesmo padrão vibratório, para isso,
incentivando os pensamentos licenciosos que derivam das imagens mentais,
atuando especialmente através do sono, quando o encarnado, desprendido do corpo
físico, é atraído para regiões onde dará vazão aos seus apetites sensuais e, em
geral, também lhe são impressas palavras a título de senha que, quando
acordado, ao ouvi-las ou captar as imagens (pode ser o nome de alguém ou a
imagem de uma pessoa ou um objeto) lhe aflorarão os desejos... (PAIXÃO, Leonardo. Novas Reflexões Doutrinárias. Londrina,
PR: EVOC, 2017. pp. 99-100)
Tanto o Espírito Bezerra de
Menezes quanto nós, estávamos a falar de sugestão mental e também de sugestão
pós-hipnótica. Apesar do que já escrevemos acima e dos casos de SPH relatados,
recorramos aos estudos do Dr. Julien Ochorowicz:
O fenômeno
que deve agora merecer nossa atenção constitui um caso especial da transmissão
da vontade: uma transmissão retardada, a prazo fixo. Na realidade, não é a
transmissão que é retardada, mas somente a execução da ordem comandada. É uma sugestão
mental a longo prazo.
Já
conhecemos bem as sugestões verbais a longo prazo. Elas são hoje coisas banais.
Você ordena a um sujeito hipnotizado ou magnetizado que execute um ato qualquer
depois que ele despertar: amanhã, depois de amanhã, dentro de dez horas, dentro
de alguns meses. Despertado, ele não desconfiará de nada, mas na hora certa se
verá obrigado a executar suas ordens, sem saber como nem por que lhe veio essa
ideia. O mais frequente é que o sujeito a assimile, por assim dizer, e creia
estar agindo por sua própria conta, como para confirmar a tese de Spinoza: “Nós
não conhecemos as causas que determinam nossas ações”.
O Dr.
Gibert, no caso, serviu-se da sugestão mental e da sugestão verbal, obtendo
resultados bastante satisfatórios.
Não é de
se admirar menos, nesta categoria de fatos, já por si extraordinários, que
certos sonâmbulos nos quais as transmissões de ordem diretas não funcionem
sejam muito suscetíveis de ser influenciados a longo prazo.
Para
explicar esse fato é preciso lembrar a distinção que fazemos de duas camadas
inconscientes: uma forte, que se manifesta no sonambulismo, a outra fraca,
oprimida por aquela, subtraída à nossa investigação direta, mas que pode, em momento
propício, reconquistar seu direito de ação. Parece que nesta última camada as
transmissões são mais fáceis, sem que nos possam dar uma prova evidente de sua
existência. É o domínio das “sensações imperceptíveis” de Leibnitz. Elas não se
podem manifestar imediatamente. Mas se lhes dermos o tempo necessário para
minar as camadas superiores, elas vão reaparecer na superfície. (OCHOROWICZ, Julien. A Sugestão Mental. Tradução de
Alberto Lyra. Edição Eletrônica. p. 151)
As observações do Dr. Julien
Ochorowicz vêm corroborar as nossas, já que, além da leitura e de textos e de
livros os mais diversos sobre a temática obsessão e escrita a respeito que
também fazemos, temos a experiência de anos (quase três décadas) no tratamento
de obsessões em reuniões especializadas, para além das quais acompanhamos os
obsedados e observamos neles sinais e sintomas característicos de pessoa atormentada
por processo obsessivo.
A ideia fixa, surgida
“espontaneamente”, sem causa visível seja material ou emocional, é o primeiro
sintoma que vemos se apresentar na mente da pessoa obsedada. É um processo qual
o que ocorre no apaixonamento de um ser humano pelo outro, onde uma pessoa fica
a pensar numa outra fixamente. No processo obsessivo pode haver o pensamento em
uma outra pessoa que seja comprometida ou o obsedado sendo também comprometido,
tal pensamento fixo haverá de favorecer a ação do Espírito obsessor e levar ao descarrilamento
moral da pessoa má influenciada. Qual é essa ação do Espírito obsessor? É a
sugestão não só de um pensamento, de uma imagem, mas a da ação que trará ao
obsedado a satisfação de seu desejo.
Este é um processo lento e se
faz através de sugestão pós-hipnótica, especialmente através do sono, quando o
obsessor tem então a oportunidade de estar frente a frente com o obsedado e
então lhe dar a ordem sugestiva que, após o despertar do encarnado, este ficará
agitado, ansioso, nervoso, até a realização da ordem dada.
Recordemos aqui a fala da sra.
A. que por nós foi hipnotizada e que depois de realizar o que lhe sugerimos
para fazer após de desperta do estado hipnótico: “É normal, após a hipnose,
ter pensamentos fixos como: preciso beber água, preciso beber água?”.
Pensamentos fixos, nervosismo,
agitação, são sintomas comuns a ocorrerem após o processo de SPH. Vejamos:
1) No dia
8 de outubro Gibert fez uma sugestão desse gênero: sem pronunciar palavra,
aproximou sua fronte da fronte da Sra. B. durante o seu sono letárgico e se concentrou
durante alguns instantes, passando-lhe mentalmente uma ordem. Gibert não contou
a ninguém a ordem, mas escreveu-a, colocando o papel num envelope. No dia
seguinte fui à casa da Sra. B., pois sabia apenas que ela deveria cumprir a ordem
entre 11 e 12 horas. Às 11:30 a mulher ficou agitadíssima, deixou a cozinha e
foi até à sala onde apanhou um copo. Perguntou-me se eu a tinha chamado e eu
disse que não. Ela saiu e depois voltou várias vezes. Nesse dia ela não fez
mais nada, pois adormeceu pela ação a distância de Gibert. Abri o envelope e
constatei que Gibert lhe havia ordenado que entre 11 e 12 horas ela oferecesse
um copo d’água a cada pessoa presente em sua casa.
2) No dia
10 de outubro combinamos, Gibert e eu, fazer a seguinte sugestão: “Amanhã ao
meio-dia feche as portas da casa a chave”. Escrevi a sugestão numa folha de
papel e guardei. Gibert fez a sugestão como da maneira precedente, aproximando
sua fronte da fronte da Sra. B. No dia seguinte, quando cheguei, ao meio dia
menos um quarto, encontrei a casa fechada a chave. Foi a Sra. B. quem a fechou.
Quando lhe perguntei por que, ela me respondeu:
– Eu me
sentia muito fatigada e não queria que você entrasse para me adormecer.
Ela
estava muito agitada, vagueava pelo jardim e eu a vi colher uma rosa e ir até à
caixa de correspondência colocada perto da porta. Eram atos sem importância,
mas é curioso notar que eram precisamente os atos que havíamos cogitado fazê-la
cumprir na véspera. Decidimos, só depois, que ela fizesse outro, o de fechar a
porta, mas o pensamento dos primeiros ocupou o espírito de Gibert e exerceu sua
influência. (OCHOROWICZ, Julien. A Sugestão Mental. Tradução de Alberto
Lyra. Edição Eletrônica. pp. 152-153)
Percebemos por essas
experiências relatadas pelo Dr. Julien Ochorowicz que os sintomas apresentados
pela sra. B. não diferem daqueles observados em pessoas obsedadas, em um nível
de obsessão simples, onde elas não estão sem lucidez. Nos casos de obsessão
simples, a pessoa obsedada está com a capacidade de discernimento do móvel de
suas ações. Portanto, ela pode refletir sobre os desejos que lhe assomam à
mente. Diferente dos processos de obsessão por fascinação e por subjugação, em
que a vontade do obsedado é completamente tolhida pela ação obsessiva. Logo, o
poder de resistência às sugestões mentais maléficas está diretamente ligado à
força de vontade do Espírito encarnado em não lhes atender bem como em relação
ao seu nível de moralidade. Quanto mais moralizado for o encarnado, maior
resistência oporá ao Espírito malfeitor, quanto menos moralizado, menor
resistência terá. Vejamos um exemplo de atuação obsessória por subjugação:
Um de
nossos filhos, moço de grande inteligência e de coração bem formado, foi
subitamente tomado de alienação mental.
Os mais
notáveis médicos do Rio de Janeiro fizeram o diagnóstico: loucura; e como
loucura o trataram sem que obtivessem o mínimo resultado.
Notávamos
nós um singular fenômeno: quando o doente, passado o acesso e entrando no
período lúcido, ficava calmo, manifestava perfeita consciência, memória
completa e razão clara, de conversar criteriosamente sobre qualquer assunto,
mesmo literário ou científico, pois que estudava Medicina, quando foi assaltado.
Mais de uma vez, afirmou-nos que bem conhecia estar praticando o mal, durante
os acessos, mas que era arrastado por uma força superior à sua vontade, a que
em vão tentava resistir (MENEZES, Adolfo Bezerra de. A
Loucura sob Novo Prisma: estudo psíquico-fisiológico. 14. ed. Rio de
Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2009. p. 166)
Tal como os experimentadores
da hipnose e da sugestão verbal e mental se apossam, por assim dizer, da
vontade de seus sujets, também os Espíritos obsessores se apoderam da vontade
de seus influenciados. Quantos crimes que vemos nos noticiários – feminicídios,
infanticídios, estupros, homicídios, latrocínios, etc. – são oriundos da
influência malsã desses seres invisíveis que se aproveitam do desconhecimento
da realidade espiritual bem como da baixa moralidade (que pode estar oculta à
sociedade) dos seres que atormentam? Não à toa deixou-nos essa advertência o
Dr. Carl Wickland:
Os
hábitos, os desejos e as inclinações encontram-se arraigados na alma e
acompanham o indivíduo depois de sua liberação do corpo físico, até que chega o
momento em que são eliminados pela vontade.
Os espíritos
de muitos criminosos, de certos assassinos e daqueles que executam uma vingança
ou buscam uma maneira de executá-la, permanecem indefinidamente na esfera
terrestre e procuram com frequência prosseguir em suas antigas atividades,
levando adiante seus projetos malignos, apossando com este objetivo dos corpos
dos mortais que se mostrem sensíveis a sua influência.
Se se
realizasse uma investigação, descobrir-se-ia que muitos casos de repugnantes
assassinatos são obras de pessoas inocentes, que se encontram sob o domínio de
espíritos desencarnados, que se apossaram completamente do assassino. (WICKLAND, Carl. Trinta anos entre os mortos.
Capítulo VI – Os Espíritos e o Crime. Edição Eletrônica, sem data)
Conclusão
Os estudos sobre hipnose e
sugestão pós-hipnótica (SPH) tem aberto um campo novo às interpretações do
fenômeno, auxiliando na percepção de elementos antes não verificados – até por
falta de tecnologia para tal – nos processos que, durante o chamado “transe
hipnótico”, ocorrem no cérebro.
Como o fenômeno da hipnose e
da SPH ainda trazem possibilidades interpretativas, apesar das pesquisas
realizadas, há a necessidade de novas experiências e investigações do fenômeno.
Uma revisão acadêmica abrangente da literatura e da pesquisa em hipnose é
também muito necessária para que se tenha um maior desenvolvimento e impulso às
pesquisas nesse campo.
Sobre o fenômeno obsessivo
para a sua compreensão tanto de espíritas quanto de acadêmicos que estudam o
assunto faz-se necessário uma revisita às obras de pesquisadores como Allan
Kardec, Gabriel Delanne, Camille Flammarion, Gustave Geley, Albert De Rochas,
Ernesto Bozzano, Friedrich Zöllner, Carl A. Wickland, Alfred Erny, Epes
Sargent, Julien Ochorowicz, Alexander Aksakof, Adolfo Bezerra de Menezes, Inácio
Ferreira, José Herculano Pires, Carlos Bernardo Loureiro, Hermínio Miranda e
recorrer às obras dos pesquisadores atuais sobre o assunto como as obras de
Paulo da Silva Neto Sobrinho, Ricardo Di
Bernardi, Astolfo Olegário de Oliveira Filho, Jorge Hessen, José Passini, Nubor
Orlando Facure, Léia da Hora, Leonardo Paixão, Guilherme Velho, Eurípedes Kühl, Ricardo Baesso de Oliveira,
Humberto Vasconcelos. Citamos esses vários nomes por vermos que, em sua
maioria, são desconhecidos do grande público e que possam ser consultados.
As experimentações feitas em
espaços espíritas e espiritualistas precisam ser divulgadas, pois tal como aqui
deixamos material para o público, se há de convir que os resultados dos
experimentos feitos não só trarão ânimo para o surgimento de novos
pesquisadores como trará subsídios aos estudiosos.
Referências:
LAPPONI, José. Hipnotismo e
Espiritismo. 3. ed. Brasília, DF: Federação Espírita Brasileira, 1961.
Capítulo II – Os fatos próprios do Hipnotismo. pp. 55 e 56
FREUD, Sigmund. Escritos
sobre a Psicologia do Inconsciente. Rio de Janeiro: Imago, 2004. Alguns
Comentários sobre o Conceito de Inconsciente na Psicanálise. p. 84
KRASINSKI, Kamilla e TONELI,
Hélio. Neuropsicologia da Sugestionabilidade e Tomadas de Decisão Social.
Pluralidades em Saúde Mental, Curitiba, v. 7, n. 1, p. 43-62, jan./jun. 2018
MAFRA, Lucas Xavier. Hipnose
e Meditação: um comparativo de processos neurobiológicos. Belo Horizonte:
Universidade Federal de Minas Gerais, 2022
PEREIRA, Yvonne. Dramas da
Obsessão. Pelo Espírito Bezerra de Menezes. 4. ed. 3. reimpressão. Rio de
Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2010. P. 28-29 – grifos nossos
PAIXÃO, Leonardo. Novas
Reflexões Doutrinárias. Londrina, PR: EVOC, 2017. pp. 99-100
OCHOROWICZ, Julien. A
Sugestão Mental. Tradução de Alberto Lyra. Edição Eletrônica. p. 151
OCHOROWICZ, Julien. A
Sugestão Mental. Tradução de Alberto Lyra. Edição Eletrônica. pp. 152-153
MENEZES, Adolfo Bezerra de. A
Loucura sob Novo Prisma: estudo psíquico-fisiológico. 14. ed. Rio de
Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2009. p. 166
WICKLAND, Carl. Trinta anos
entre os mortos. Capítulo VI – Os Espíritos e o Crime. Edição Eletrônica,
sem data
(*) Leonardo Paixão é Orador,
Escritor, Pesquisador, Magnetizador, médium espírita, presidente e Fundador do
Grupo Espírita Semeadores da Paz, Campos dos Goytacazes, RJ. Como escritor
espírita tem dois livros editados pela Editora Virtual O Consolador (EVOC):
Reflexões Doutrinárias e Novas Reflexões Doutrinárias, onde estão presentes
algumas reflexões filosóficas fundamentadas nas pesquisas que realizou. Participou
como conferencista do Encontro de Grupos Espíritas de Campos, RJ e Região em suas
6 edições. Escreveu artigos diversos no jornal online O Rebate. Participou de
live com o escritor e pesquisador Guilherme Velho falando sobre o tema “Obsessão”.
Escreve artigos para o blog gesemeadoresdapaz.blogspot.com
Profissionalmente é
Psicanalista tendo feito sua formação pela Sociedade Brasileira de Psicanálise
Integrativa – SP - onde fez cursos também sobre hipnose - e a continua (porque
a formação do Psicanalista não para) com participação em Seminários e Cursos
dados pelas Sociedade Psicanalítica Online (SPO), pelo canal Psicanálise
Descolada, aulas com Jorge Forbes, Luc Ferry, Gilles Lipovetsky pelo Instituto de Psicanálise Lacaniana
(IPLA), aula Manejo Clínico na Prática com Maria Homem e pela Clínica Jorge Jaber - RJ, onde fez
Curso de Extensão em Dependência Química. Professor em Curso Livre de
Psicanálise.
É também Mestre em Teologia -
FAINTE/PE; Especialista em Antropologia Teológica e da Religião - FAINTE/PE;
Bacharel em Teologia - FATE/SP e FAINTE/PE; Superior Sequencial em Gestão
Eclesiástica e Ministério Pastoral - FAAEC/PR; Graduando em Filosofia -
FAINTE/PE; Graduando em Administração - FAAEC/PR
Teve o trabalho O Teatro e o
Lúdico Fazendo Educação Ambiental apresentado no Livro de Resumos do II
Congresso Acadêmico dos Institutos Superiores da Fundação de Apoio à Escola
Técnica do Estado do Rio de Janeiro/ [organizadores] Solange Silva Saramão,
Luciana Aparecida Rodrigues, Cláudio Luiz de Melo. Visconde do Rio Branco, MG:
Suprema, 2008. p. 85
É escritor e poeta e tem
deixado textos sobre os mais diversos assuntos nas mídias sociais, além de
lives, igualmente sobre assuntos diversos, embasado sempre em leituras de
artigos e revistas científicas, além de livros, especialmente no grupo
Psicanálise, Filosofia e Afins, no Facebook