ESPIRITISMO:
CAUSA DO ESPÍRITO
Por Leonardo Paixão
(artigo escrito em 03/05/2010)
O
Espiritismo, surgido em meados do século XIX, começou com manifestações
ruidosas: pancadas e barulhos que assombravam as casas, a mais famosa destas
foi a das irmãs Fox em Hydesville, E.U.A, mas tal fenômeno ocorrido em todas as
partes do mundo, chamou a atenção de homens de ciência que decidiram por os
pesquisar afim de encontrarem a explicação científica para o fato de os “raps”
demonstrarem inteligência ao responderem às perguntas feitas sobre diversos
assuntos, desde os mais simples às altas questões científicas e filosóficas,
descobriu-se que o fenômeno era obtido com o auxílio de médiuns que doavam
inconsciente ou conscientemente os fluidos necessários às Entidades
comunicantes para a produção dos fenômenos.
Para
que o Espiritismo viesse a se afirmar como Ciência várias pesquisas foram
realizadas por homens como William Crookes, membro da Sociedade Real de
Londres, Prof. Cesare Lombroso, criador da Antropologia Criminal, Ernesto
Bozzano, cientista e médico, Prof. Charles Richet, Nobel de Fisiologia, entre
muitos outros que confirmaram a sobrevivência do Ser após a morte do corpo.
Infelizmente a ciência não admite a existência do Espírito, apesar dos esforços
realizados pelos nomes supracitados e continua a acusar os que se convenceram
de ingenuidade e, tal como os cientistas que menosprezaram os dois colegas de
renome do Stanford Research Institute, da Califórnia, que aceitaram os
fenômenos obtidos pelo médium israelense Uri Geller (o "poder" de
Geller aqui referido não tem nada a ver com entortamento de colheres, sendo na
verdade visualização através de "clarividência" de desenhos feitos
por outras pessoas isoladas dele), dizem: Populus vult decipi, ergo
decipiatur (O povo quer ser enganado, portanto que se engane). Diante disto
como se pode entender que o Espiritismo é ciência, já que a ciência em si mesma
não considera a realidade do Espírito? É preciso convir que para os fenômenos
espíritas ocorrerem são necessárias certas condições que determinados
cientistas declaram como propícias à ação fraudulenta como, por exemplo, a
obscuridade em que são realizadas as sessões de materialização, no entanto,
muitas pesquisas foram realizadas por anos a fio por homens de ciência
altamente capacitados como Sir William Crookes e que eram extremamente
desconfiados e prevenidos na realização das experiências. Sobre as prevenções
de William Crookes relata o notável pesquisador Carlos Bernardo Loureiro:
“William
Crookes era extremamente cuidadoso na realização das experiências. Para
prevenir a fraude ele chegou a utilizar o teste elétrico aconselhado por
Cromwell Varley. Consistia em colocar a médium em um círculo elétrico conectado
com uma bobina de resistência um galvanômetro. Os movimentos do galvanômetro
eram mostrados em outro recinto para as irmãs de Florence Cook. Se a médium
fizesse qualquer movimento, o mais leve que fosse, o galvanômetro apresentaria
violentas oscilações.
Entretanto, nada ocorreu de suspeito,
embora o Espírito de Katie King, durante a materialização balançasse seus
braços, sacudisse as mãos dos presentes e escrevesse uma mensagem. O
galvanômetro permaneceu completamente imóvel, nenhuma deflexão foi notada. Como
medida extrema, William Crookes solicitou ao Espírito Katie King que colocasse
as mãos numa solução química, pois, no caso de Katie ser Florence, teria os
fios molhados e a solução química teria, infalivelmente, modificado a corrente
do aparelho. E nada disto ocorreu”(LOUREIRO, Carlos Bernardo. As Mulheres
Médiuns. Rio de Janeiro: FEB, 1996. p. 416-417).
Outros
muitos fatos poderíamos citar, basta porém consultarmos a extensa bibliografia
sobre o assunto que encontraremos diversos relatos sobre as prevenções tomadas
nas pesquisas, mas os cientistas, com raras e honrosas excessões, continuam a
agir como os que acusaram os eminentes físicos Sir William F. Barret e Sir
Oliver Lodge. Eis trecho do artigo da revista trimestral Bedrock a
respeito do trabalho sobre telepatia realizado por estes dois físicos:
Não é
necessário nem encarar o fenômeno da chamada telepatia como inexplicável nem
considerar a condição mental de Sir W. F. Barret e Sir Oliver
Lodge como indistinguível da idiotice. Há uma terceira possibilidade. A
vontade de acreditar os levou a aceitar rapidamente indícios obtidos sob
condições que eles teriam reconhecido como sem solidez se tivessem uma formação
em psicologia experimental (APUD: KAKU, Michio. IN: Hiperespaço: uma
odisséia científica através de universos paralelos, empenamentos do tempo e a
décima dimensão. Rio de Janeiro: Rocco, 2000).
Apesar
da crítica ferrenha aos dois eminentes físicos, no século XX o prof. Joseph
Banks Rhine pesquisou entre outros o fenômeno da telepatia e declarou:
“Na situação atual só se podem explicar as provas a favor da telepatia
com uma espécie geral de troca extra-sensorial de pessoa para pessoa. O
conceito de Espírito não se desvanece. Esta mesma dificuldade com relação ao
Espírito contribui para manter a importância do problema da telepatia” (APUD:
LOUREIRO, Carlos Bernardo. IN: Op. Cit., p. 378).
Diante
disto torna-se vital para o desenvolvimento da Ciência, a pesquisa séria dos
fenômenos extra-sensoriais para “o engrandecimento e consolidação da causa do
Espírito, Senhor do Tempo e dos Elos Perdidos...”(Carlos Bernardo Loureiro).