A história do homem está recheada e plena de desejos. Em seu início, tivemos nos tempos primevos, o desejo de satisfação das necessidades básicas, especialmente, a do estômago, daí a prática constante da caça para que o homem pudesse estar tranquilo tendo o alimento que lhe supria o vazio do estômago bem como o mantinha vivo. E também à sua prole.
No decorrer da evolução humana, a fome e o sexo se desenvolveram em outras necessidades; o amparo protetor aos filhos, por exemplo, fez ver que cada tribo deveria se manter em um núcleo e, assim, foi iniciado o núcleo-máter que é o que dá origem à harmonia ou desarmonia em alguns setores da sociedade: a família.
Eros não é só desejo de prazer sexual, não é só amor erótico.
Eros é amor em desenvolvimento, culminando em ascensão sublime que nos trazem os exemplos dos santos e místicos que a História humana registra em seus anais.
Francisco e Clara de Assis são representações deste amor no seio religioso; o casal Curie detendo o radio, são exemplos deste amor na sociedade científica.
E é assim que vamos fazendo, construindo, reconstruindo a civilização, projeto evolutivo do Espírito que a cada passo se ergue colocando mais um degrau dourado na escada da Evolução.
Desejos desenfreados promovem o caos e daí as psicopatologias a assustarem os acadêmicos de Medicina e Psicologia.
Liberdade construída na responsabilidade que se traduz por vivência harmônica consigo para então se conviver bem com o outro, não esperando encontrar no outro o que, em si mesmo, falta, é o que fará que a solidariedade se faça e que o amor - Eros - em sua expressão sublime seja o direcionador do ser humano pela busca do real - e o real a que me refiro aqui é o Espírito, este viajor do tempo e do espaço que pleiteia uma única coisa: perfeição.
Herbert Marcuse
(Página recebida pelo médium Leonardo Paixão em reunião íntima do Grupo Espírita Semeadores da Paz, Campos, RJ, no dia 17/07/2017).
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