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sábado, 27 de dezembro de 2014

NATAL
 
 


Um anjo anuncia à Virgem: Ave, Maria!

Ela, humilde, responde, dizendo não ser digna.

O Anjo lhe fala: De ti nascerá o Salvador.

Ela obedece: Eis aqui a serva do Senhor.

 

Nos Céus a Estrela aponta a direção

Aos Magos que viajam rumo à Salvação

Na gruta feita de casa, humilde vivenda

Recebe o Redentor ouro, incenso e mirra em oferenda.

 

Da Humanidade é a noite mais bela,

Iluminada, doce, santificada procela.

Hoje repicam os sinos em louvor

Lembrando aos homens: nasceu Cristo, o Senhor.

 

Leonardo Paixão, Campos, RJ, 30/11/2014.

sábado, 20 de dezembro de 2014

ORAÇÃO DO NATAL
 
Senhor!
 
Neste Natal te rogamos que as mentes perdidas no cipoal da materialidade te encontrem e te recebam por Aquele que lhes oferta a Redenção.
 
Rogamos pelos miseráveis do corpo e que súplices pedem as sobras das mesas lautas que enfeitam os lares na noite em que se lembra o Teu nascimento.
 
Queremos Senhor pedir ainda por toda a Humanidade que em momentos de transição passa por acerbas dores, aguardando, como o Teu nascimento em Belém, a renovação deste momento do mundo.
 
Senhor! Também Te agradecemos a constante presença na vida de cada ser, ofertando-lhes o Vosso Sublime Amor e convidando sempre: "Vinde a mim todos vós que sofreis e eu vos aliviarei"
 
Alberto, guia do médium
(Página recebida em reunião pública do Grupo Espírita Semeadores da Paz, Campos, RJ, no dia 06/12/2014 pelo médium Leonardo Paixão).

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Evidências da Vida após a Morte e da Comunicabilidade dos Espíritos
 
A mediunidade tem nuances que se revelam com o tempo. Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita alerta na Introdução de O Livro dos Espíritos que os que desejarem pesquisar os fenômenos espíritas haverão de ter paciência e aguardar os fatos.
 
Conhecemos pessoas que se dizem simpatizantes do Espiritismo e que, em relação às mensagens dos familiares que já partiram, perguntavam-se o por quê de ser necessário o familiar estar presente às reuniões públicas de psicografia das chamadas cartas consoladoras. Isso se faz pelo fato de que o coração saudoso estando presente às reuniões é como uma evocação feita ao familiar, mas seria possível uma evocação à distância? Sim, o é e médiuns como o Júlio Cezar Grandi Ribeiro, Chico Xavier e Eurícledes Formiga, receberam mensagens para os parentes que estavam em outro Estado.
 
No Grupo Espírita Semeadores da Paz, Campos, RJ, após meses de trabalho semanal na recepção de cartas dos familiares queridos, recebendo o médium apenas as seguintes informações:
 
- Nome completo do desencarnado;
- Datas de nascimento e óbito do desencarnado;
- Grau de parentesco;
 
para surpresa foram recebidas mensagens (reproduziremos duas do mesmo Espírito, pois que a mãe colocou estas mensagens na rede social facebook, as tornando assim públicas), para familiares que se encontram em São Paulo.
 
Eis as mensagens e respectivas notas explicativas:
 
Mamãe,
 
não te preocupes não, eu estou bem.
 
A hora foi a exata para o momento de minha redenção (1).
 
Estou presente com você através do pensamento, como já disse de outra vez, recebo as flores que diariamente você me manda com o seu amor (2).
 
Lu, tenha sempre muito juízo, responsabilidade, pois a vida é experiência para bem vivermos esta arte do viver (3).
 
Phelipe (Lipe), caminhe sempre pela orientação da fé, não te permitas vencer por esta ou aquela questão não.
 
Vovô, o senhor sabe que eu estou bem, quando puder te visitarei de novo (4).
 
Beijos para todos vocês.
 
Ah! Aqui fui recebida pelo irmão Eduardo e logo, logo, pude me recuperar e hoje já não há mais dores na réplica de meu corpo não (5).
 
Stephanie Rodrigues Victor Espíndola
 
Mil beijos para todos.
(Mensagem psicografada no I Encontro Espírita-Espiritualista realizado no Lar de Débora, Campos, RJ, no dia 25/12/2014 pelo médium Leonardo Paixão).
 
Notas:
(1) A filha responde à mãe, senhora Alessandra Roquette Victor Rodrigues o que ela queria saber, se tinha sido a hora da partida da filha, o médium não sabia deste pensamento íntimo.
 
(2) Em conversa com o médium a mãe ficou espantada quando este por mensagem privada no facebook lhe disse que a filha lhe agradecia as flores que ela lhe mandava e a mãe diz que faz isso diariamente.
 
(3) Lu, é apelido da irmã dela Luanna, e o médium não sabia disto.
 
(4) O avô, Sérgio Rodrigues, fundador do Grupo Espírita Batuíra, em São Paulo, junto com o já desencarnado e conhecido médium Spartaco Ghilardi, viu a neta, após quinze dias de sua partida e ela lhe falando que estava bem.
 
Ao final da mensagem, após a assinatura que foi colocada pelo avô como sendo da neta mesmo, a Stephanie desenhou um coração, ao que o avô em conversa pelo facebook disse ao médium que esta é a marca registrada dela.
 
Segunda Mensagem:
 
Mamãe,
neste Natal que a tristeza não faça parte da maior alegria que Deus deu à Humanidade: Jesus (1).
 
Que todos vocês, a Lu, o Felipe, o vô, não se lembrem de mim em tristeza, mas sempre alegres, como eu o sou, as lágrimas que se vertem na solidão devem ser apenas momentos em que a saudade que mede o Amor, renove forças para a luta diária e constante na realização de nossa evolução.
 
Desejando a todos um Natal de Paz em Jesus, sou a filha agradecida pelas preces e flores,
 
Stephanie Victor Rodrigues Espíndola
(Mensagem psicografada em reunião pública do Grupo Espírita Semeadores da Paz, Campos, RJ, no dia 06/12/2014 pelo médium Leonardo Paixão).
 
Nota:
(1) A mãe estava triste por conta deste ser o 1º Natal sem a filha, o médium não sabia disto e ela lhe envia a mensagem. Ao final da assinatura ela desenhou um coração e dentro dele escreveu: Jesus.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

CONDUTA
 
A paz do Senhor seja convosco!
 
Irmãos!
 
A Doutrina Espírita é luz aos nossos olhos, é clarão ao nosso entendimento.
 
Como Evangelho Redivivo, é a Doutrina Espírita Jesus de volta ao mundo.
 
Sigamos companheiros promovendo o esclarecimento que liberta e o consolo que acalenta.
 
Não prestes atenção a propostas outras a vos convocarem a trabalhos considerados maiores. Espíritos perturbadores desejam confundir os que se encontram à frente do Movimento Espírita, insuflando ideias esdrúxulas como se elas representassem o progresso, o avanço da Doutrina.
 
Irmãos! Tendes muito ainda por descobrir nas obras de Allan Kardec, educador por excelência.
 
Espíritos outros que contribuíram com a Causa do Cristianismo Redivivo deixaram centenas de obras e outros continuam realizando os trabalhos do esclarecimento e da orientação fraterna aos discípulos do Evangelho.
 
Faz-se necessário resgatarmos em nosso Movimento Espírita, a discrição, o amor pleno ao Ideal e não à própria imagem; resgatar a dignidade do trabalhador espírita, tal como agiram os primeiros obreiros da Seara.
 
Realizar o trabalho com Amor e boa-vontade, disciplina e discernimento, coragem de mudar e caridade em ação isenta de exigências.
 
Dignificai-vos em vós mesmos e a luz da Doutrina estará brilhando em vossos passos.
 
Unamo-nos irmãos espiritistas nestes caminhos e haverão de cessar murmúrios e lamentações de todo dispensáveis.
 
Confiemos na Vitória do Senhor, pois Ele declarou: "Eu venci o mundo".
 
Eurípedes Barsanulfo
(Página recebida em reunião íntima do Grupo Espírita Semeadores da Paz, Campos, RJ, no dia 03/11/2014 pelo médium Leonardo Paixão).
Nota: mensagem analisada pelos senhores Jorge Hessen (jorgehessen@gmail.com) e Wagner Gomes da Paixão (Membro da Comissão administrativa do NEPE - Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho da Federação Espírita Brasileira - FEB), onde eles colocam que a linguagem é digna do que a assina.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

AFLIÇÕES
 
IRMÃO JOSÉ
 
 

Aflições surgem:

Em família;

No trabalho;

Com o vizinho;

Na doença;

Nos estudos;

Nos Templos;

Entre amigos;

Nos embates sociais;

O Mestre não nos enganou ao dizer que no mundo teríamos aflições, no entanto, jamais afirmou que devemos alimentá-las.

Nosso alimento é o amor e deste alimento é que surge a Paz.

Irmão José
(Página recebida no dia 23/10/2014 pelo médium Leonardo Paixão no Culto Newton Boechat, Campos, RJ, em reunião íntima).

sábado, 25 de outubro de 2014


ENFERMIDADE

“Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da Terra” – Paulo (Colossenses, 3:2).

 

            O gênio incomparável de Allan Kardec traçou nas páginas do “O Evangelho segundo o Espiritismo”, palavras que destoam da simples visão humana que, em si e por si mesma, tem limitado o seu campo de ação e percepção.

            Enquanto para o senso comum a enfermidade é característica própria do organismo humano que sucumbe aos múltiplos microorganismos que pululam no planeta, para o homem espiritualizado, consciente da realidade do Espírito Imortal, a enfermidade representa a experiência a propiciar o crescimento do Espírito. Não dizemos isto para que fiquem os homens frios diante de tal processo, mas para auxiliar na compreensão de que a doença é um processo que traz à alma manifestações de elevado valor quando esta o recebe com paciência e resignação, enlevando assim o estado de espírito.

            Quantos que, no leito de dor, repensam as atitudes de toda uma vida; quantos que, neste momento, renovam os seus sentimentos para com os familiares por quem lograram ter desafetos; quantos os que percebem nesta hora a necessidade da expiação...

            Se à Ciência cabe o estudo para combater tal estado, diariamente aprendendo algo com cada paciente, lhe cabe também a compreensão plena da Vida a fim de entender a necessidade da patogenia na evolução humana.

            Quando a Ciência se unir à Religião, muito será auxiliada por esta última, pois que começará a perceber em muitos diagnósticos o componente espiritual, seja intra ou extra-físico, isto é, proveniente do desmantelamento do próprio períspirito do paciente ou fruto de uma perturbação espiritual vinda da influência malsã de uma mente desencarnada.

            Enquanto a Ciência não aprova o Espírito, tateando nas densas sombras do materialismo cientificista, façamos nós a nossa parte, pensando nas coisas do Alto.

            Alberto, guia do médium

(Página recebida em reunião íntima do Grupo Espírita Semeadores da Paz no dia 15/03/2014 pelo médium Leonardo Paixão).

 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Irmãos o Grupo Espírita Semeadores da Paz está arrecadando gêneros alimentícios que serão doados à ACAPEC (Associação Campista de Apoio à Pessoa com Câncer, Rua Lacerda Sobrinho,238, Centro, Campos dos Goytacazes, RJ), os alimentos são: feijão, arroz, macarrão, óleo, café, açúcar.

Contamos com a colaboração de todos.

Os alimentos podem ser deixados no Grupo Espírita Semeadores da Paz-Rua Dr. Lacerda Sobrinho, 73, sala 202, Campos dos Goytacazes, RJ,  no seguinte dia:
Sábados de 09:30h às 11:30h;


Doações em espécie para os de fora que desejarem auxiliar: Banco Santander - Ag: 1471 Conta Poupança: 600211568 em nome de Ana Lúcia G. Paes ou de Leonardo José Machado Paixão.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014


ARAUTO DO ESPÍRITO
 


            Era o ano de 1804, Outubro era um mês irradiante na Espiritualidade Maior. Exatamente no dia 03 deste mês, reencarnava em França, na cidade dos mártires (Lyon), aquele que se faria a Voz material dos Invisíveis.

            Sua juventude foi grave, tendo intensa responsabilidade no Instituto de Yverdun, auxiliando ao Mestre Pestalozzi, substituindo-o com frequência e sendo muito admirado por este.

            Na madureza tem um chamado muito nobre, é o encontro com os Imortais, as Sepulturas se abrem e as Suas Sombras vem dizer aos homens que a vida não cessa e que a morte é apenas uma transição.

            Em 18 de Abril de 1857, Hippolite Léon Denizard Rivail, traz a lume O Livro dos Espíritos e a Humanidade já não mais se encontra sem respostas para os mais intrincados problemas da vida.

            Mais adiante (1861), com o desenvolvimento da Ciência Espírita, Allan Kardec, nome com o qual se consagrou no Espiritismo, traz-nos o maior tratado, ainda hoje não superado, de fenomenologia parapsíquica: O Livro dos Médiuns.

            Dialoga em O Céu e o Inferno com as mais diversas entidades, descortinando para o Além e dando início ao belo trabalho de desobsessão que encontramos nas Casas Espíritas da atualidade.

            Em 1868 traz, com a experiência científica que lhe era característica, o livro A Gênese, explicando sob a ótica da Ciência Espiritual e material a criação do Universo e a origem do Espírito.

            O Livro, porém, que ainda hoje é massacrado por muitos que não compreendem a Doutrina com o coração e que explodem na razão enraivecida, é O Evangelho segundo o Espiritismo, manancial de luz e consolo para as multidões sofridas, livro áureo, porque inspirado pelo próprio Cristo.

            Por tudo isto, dizemos:

            Ave, Kardec!

            Muita Paz!

            Alberto, guia do médium
(Página recebida no ano de 2011 pelo médium Leonardo Paixão).
Nota: Colocamos este texto aqui devido a nossa singela homenagem ao Codificador do Espiritismo, Allan Kardec, que neste mês de outubro lembramos os seus 210 anos de nascimento, ele nasceu em 03/10/1804.

           

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

MEDIUNIDADE E RESPONSABILIDADE

Por Leonardo Paixão (*)

            “Todos os dias a experiência nos traz a confirmação de que as dificuldades e os desenganos, com que muitos topam na prática do Espiritismo, se originam da ignorância dos princípios desta ciência e feliz nos sentimos de haver podido comprovar que o nosso trabalho, feito com o objetivo de precaver os adeptos contra os escolhos de um noviciado, produziu frutos e que à leitura desta obra devem muitos o terem logrado evita-los.
            Natural é, que entre os que se ocupam como Espiritismo, o desejo de poderem pôr-se em comunicação com os Espíritos. Esta obra se destina a lhes achanar o caminho, levando-os a tirar proveito dos nossos longos e laboriosos estudos, porquanto muito falsa ideia formaria aquele que pensasse bastar, para se considerar perito nesta matéria, saber colocar os dedos sobre uma mesa, a fim de fazê-la mover-se, ou segurar um lápis, a fim de escrever”
Allan Kardec, O Livro dos Médiuns - Introdução

            A mediunidade é fenômeno que encontramos através dos registros históricos em todas as épocas e culturas da Humanidade.
A faculdade mediúnica está presente em todo ser humano e, por este fato, é que os fenômenos mediúnicos estão presentes em todas as idades do Mundo.
No entanto, a mediunidade tão perseguida por alguns e tão incompreendida por muitos, ganhou status de maioridade quando da publicação no ano de 1861, no mês de janeiro, de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec. 
No item 35 da Primeira Parte, capítulo III – Do Método, diz Allan Kardec ao aconselhar o método de estudo para a compreensão do Espiritismo: - O Livro dos Médiuns. Destina-se a guiar os que queiram entregar-se à prática das manifestações, dando-lhes conhecimento dos meios próprios para se comunicarem com os Espíritos. É um guia, tanto para os médiuns, como para os evocadores, e o complemento de O Livro dos Espíritos. Vemos assim que O Livro dos Médiuns é a continuação de O Livro dos Espíritos. O confrade Pedro Camilo, da Bahia, observa que da Obra da Codificação Kardequiana, só duas obras tiveram por título “O Livro” e são elas O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns.
Colocado isto é necessário refletir em algo óbvio: o subtítulo de O Livro dos Médiuns – Guia dos Médiuns e dos Evocadores. Muitos espíritas, e, infelizmente, temos visto dirigentes a agirem assim, consideram que O Livro dos Médiuns é para ser estudado apenas por médiuns e em reuniões de prática mediúnica, nada mais equivocado do que esse pensamento. Na Introdução, da qual citamos acima seus dois primeiros parágrafos, Kardec deixa claro que se dirige aos que se ocupam do Espiritismo e estes são todos os que simpatizam com a Doutrina Espírita, que estão frequentando as Casas Espíritas e os que já têm anos de caminhada na Doutrina. Em resumo, a obra é para todos os que desejam conhecer de modo seguro a forma de tratar diretamente com médiuns, mediunidade e Espíritos.
Muitas correntes espiritualistas há que trabalham com a mediunidade, porém, afirmamos com segurança, que nenhuma Filosofia, nenhuma Religião, nenhuma outra Doutrina, traz para a Humanidade os conceitos dignificantes e racionais com que nos deparamos nos postulados espíritas.
Aos espíritas, em geral, e aos trabalhadores da mediunidade como um todo, em especial nas fileiras do Espiritismo, é válido deixarmos aqui a lembrança das últimas palavras do lúcido Instrutor Espiritual Emmanuel, ao prefaciar o livro Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografia de Chico Xavier:
 
“Todavia o que destacamos por mais alto em suas páginas é a necessidade do Cristo no coração e na consciência, para que ão estejamos desorientados ao toque dos fenômenos.
Sem noção de responsabilidade, sem devoção à prática do bem, sem amor ao estudo e sem esforço perseverante em nosso próprio burilamento moral, é impraticável a peregrinação libertadora para os Cimos da Vida.
(...)
Cada médium com a sua mente.
Cada mente com os seus raios, personalizando observações e interpretações.
E, conforme os raios que arremessamos, erguer-se-nos-á o domicílio espiritual na onda de pensamentos a que nossas almas se afeiçoam.
Isso, em boa síntese, equivale ainda a repetir com Jesus:
- A cada qual segundo suas obras.
Emmanuel”
 
Para encerrar vamos colocar aqui orientações de uma médium experimentadíssima nas lides mediúnicas, Yvonne do Amaral Pereira:
 
“A prática da mediunidade é um compromisso sério assumido com a lei de Deus e a própria consciência, e por isso jamais alguém deverá desenvolver a sua faculdade mediúnica sem antes conhecer as regras necessárias ao bom êxito da iniciativa”.
(...)
“Daí a prudência e a vigilância aconselharem o candidato a fazer uma iniciação doutrinária prévia: conhecer as leis que regem o exercício da faculdade mediúnica e a sua finalidade; avaliar a delicadeza do compromisso que assume, as responsabilidades que as atividades que virá a exercer acarretarão e até mesmo os perigos que correrá, exposto às investidas dos Espíritos desencarnados menos bons ou sofredores”.
“(...) para que a mediunidade apresente bons frutos, servindo aos fins traçados pelas leis divinas, será necessário que o candidato a esse delicado posto adote a moral exposta nos Evangelhos”.
“A tarefa de médium, que poderá ser elevada ao grau de missão se ele souber conduzir-se como homem e como medianeiro, é o auxílio ao próximo, encarnado ou desencarnado, é fazer de sua faculdade fácil instrumento para os Espíritos se revelarem, instruindo os homens (os próprios obsessores e os suicidas instruem e muito lhes devemos, pois com eles aprendemos algo sobre obsessões e as consequências do suicídio), estabelecendo o intercâmbio educativo do alto para a Terra e assim colaborando para conduzir a humanidade à compreensão e ao cultivo da Verdade”.
“Não será, porém, apenas escrevendo belas páginas que o médium poderá aprimorar-se. A cura da obsessão, que recupera duas almas antagônicas, ou mais de duas, devolvendo-as ao caminho do Bem e da Justiça, é tão venerável, ou ainda mais, quanto o livro que reeduca o coração, fornecendo-lhe equilíbrio para a conquista do progresso, visto que através dos Evangelhos e da Codificação realizada por Allan Kardec o mesmo equilíbrio também poderá ser adquirido. Desde a prece humilde, elevada a Deus com amor, até ao mais retumbante fenômeno realizado pelos Espíritos, por seu intermédio, poderá o médium atingir a sublimação da própria faculdade, se bem compreender a responsabilidade assumida”.
“Que, pois, medite um pouco aquele que desejar desenvolver a própria faculdade, antes de se sentar à mesa dos trabalhos mediúnicos e de franquear as comportas do seu dom às forças ocultas da Natureza”.
 
(PEREIRA, Yvonne do Amaral. À Luz do Consolador. Rido de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1997. Pp 136 a 141 (Necessidade de Sublimação).
 
Também o espírito Camilo Castelo Branco pela médium Yvonne Pereira adverte:
 
“Homem! Irmão, que, como eu, descendes do mesmo Foco Glorioso de Luz! Alma imortal fadada a destinos excelsos no seio magnânimo da Eternidade! Apressa a marcha da tua evolução para o Alto nos caminhos do Conhecimento, reeducando o teu caráter aos fulgores do Evangelho do Cristo de Deus! Cultiva as tuas faculdades anímicas no silêncio augusto das meditações nobres e sinceras; esquece as vaidades depressoras; relega os prazeres mundanos que para nada aproveitam senão para excitar-te o sentidos em prejuízo das felizes expansões de ser divino que em ti palpita; alija para bem distante do teu coração o egoísmo fatal que te inferioriza no concerto das sociedades espirituais... pois tudo isso mais não é que escolhos terríveis a dificultarem tua ascensão para a Luz!... Rasga teu seio para a aquisição de virtudes ativas e deixa que teu coração se dilate para a comunhão com o Céu... Então as arestas do calvário terreno que palmilhas serão aliviadas e tudo parecerá mais suave e mais justo ao teu entendimento aclarado pela compreensão sublime da Verdade, pois terás dado abrigo em teu seio às forças do Bem que promanam do Supremo Amor de Deus!... E depois, quando te sentires afeito às renúncias; quando fores capaz das rígidas reservas necessárias ao verdadeiro iniciado das Ciências Redentoras; quando tiveres apartado o teu coração das ilusões efêmeras do mundo em que experimentas a sabedoria da Vida, e empolgada se sentir a tua alma imortal pelo santo ideal do Amor Divino – que teus dons mediúnicos se entreabram qual preciosa e cândida flor celeste, para a convivência ostensiva com o Mundo Invisível, despetalando aljôfares de caridade fraterna à passagem dos infelizes que não souberam a tempo se precatar, como tu, com as forças indestrutíveis que à alma fornece a Ciência Imarcescível do Evangelho do Cristo!”
 
Uma singela homenagem a O Livro dos Médiuns:
 
PÁGINAS DE LUZ
            Há 150 anos, após exaustivas pesquisas, Allan Kardec dava a lume O Livro dos Médiuns (1), um trabalho de fôlego a reunir os mais diferentes tipos de fenômenos e as mais diversificadas formas de mediunidade.
            Inteligência incomum, o Nobre Lionês observa que a mediunidade está dividida em duas grandes classificações: efeitos físicos e efeitos inteligentes. A sua observação irá ratificada por outros sábios que investigarão os fenômenos da psique humana. Na Metapsíquica, Ciência fundada pelo prêmio Nobel de Fisiologia, o Dr. Charles Richet, este classifica os fenômenos metapsíquicos em objetivos e subjetivos; os doutores Thouless e Wiesmer, designaram os fenômenos de Psi-Kapa (físicos) e Psi-Gama (mentais); Ernesto Bozzano, o sábio metapsiquista italiano, que escreveu proficuamente sobre os fenômenos paranormais, usou do método utilizado por Kardec e de maior segurança: o Controle Universal do Ensino dos Espíritos.
            O Livro dos Médiuns ou Guia dos Evocadores, não é livro para enfeitar prateleiras ou ser aberto apenas em estudos especializados. Não, ele é fonte segura de orientação a todos os que desejam experimentar o contato com o Invisível. Nele as diretrizes para as reuniões saudáveis e para o aprendizado dos mistérios de além-túmulo.
            Nenhum tratado de Metapsíquica ou de Parapsicologia que se lhe tenha superado, mesmo a propagada Transcomunicação Instrumental (TCI) encontra respostas em suas páginas de luz.
            Animismo, Obsessão, casas mal-Assombradas, Poltergeist, Refutação aos Sistemas e modos outros de encarar o Espiritismo, está tudo lá com uma argumentação sólida baseada na razão e nos fatos.
            Ler, reler, estudar e meditar este tratado de Fenomenologia Parapsíquica, é dever de todo espírita consciente da necessidade do estudo e de sua colaboração com a Vida Maior para o bom andamento do Consolador no seio do mundo.
            A Allan Kardec o nosso respeito e a nossa veneração.
            Kardec ontem, Kardec, hoje.
 
            Alberto, guia do médium
            (Página recebida no dia 28/07/2011 pelo médium Leonardo Paixão).
 
(*) - Leonardo Paixão é Orador espírita (que tem viajado por alguns Estados brasileiros, quando possível, na divulgação da Doutrina Espírita), articulista, poeta, tem críticas literárias publicadas no site orientacaoespirita.org e um artigo publicado em Reformador em Agosto de 2010, A Revelação - uma perspectiva histórica e tem escrito alguns artigos no jornal eletrônico O Rebate. Participa com um grupo de amigos de ideal do GE Semeadores da Paz em Campos dos Goytacazes, RJ, onde exerce direção de estudos e trabalhos na área mediúnica, atuando como médium psicofônico na desobsessão e como psicógrafo de mensagens esclarecedoras, poesias e cartas consoladoras.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

ANIMISMO: ALGUNS APONTAMENTOS

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Por Leonardo Paixão (*)
 
            O Animismo é o grande fantasma dos médiuns, é ele o responsável pelas dúvidas que acarreta para estes, porém, quando bem compreendido, o médium entende que é um fenômeno natural, o grande problema na verdade é que os médiuns creem que, quando no trabalho mediúnico, têm que ficar totalmente passivos e em nada auxiliam o trabalho dos Espíritos.
            O médium bem orientado, estudioso da Doutrina Espírita, sabe muito bem que os Espíritos usam dos conhecimentos que o médium possui para se expressarem, portanto, é razoável dizer que em todo fenômeno mediúnico há uma expressão anímica, mesmo nos casos de mediunidade mecânica, dita inconsciente.
            O fenômeno anímico é tema de estudos do Espiritismo, célebres personalidades como Alexandre Aksakof e Ernesto Bozzano escreveram obras onde analisam tal fenômeno, são elas: Animismo e Espiritismo e Animismo ou Espiritismo?, respectivamente.
            Aksakof classificou os fenômenos da seguinte forma:
            1º Personismo.
            2ºAnimismo.
            3º Mediunismo (1).
            Allan Kardec, nobre Codificador do Espiritismo, não esteve alheio a tal fenômeno, na 2ª Parte de O Livro dos Médiuns, capítulo XIX – Do Papel dos Médiuns nas comunicações espíritas, Kardec faz 23 perguntas sobre os vários aspectos do animismo e coloca uma extensa dissertação de Erasto e Timóteo (Espíritos) sobre tal questão da qual vamos transcrever algumas partes:
            “Qualquer que seja a natureza dos médiuns escreventes, quer mecânicos ou semimecânicos, quer simplesmente intuitivos, não variam essencialmente os nossos processos de comunicação com eles. De fato, nos comunicamos com os Espíritos encarnados dos médiuns, da mesma forma que com os Espíritos propriamente ditos, tão-só pela irradiação do nosso pensamento.
            Os nossos pensamentos não precisam da vestidura da palavra para serem compreendidos pelos Espíritos e todos os Espíritos percebem os pensamentos que lhes desejamos transmitir, sendo suficiente que lhes dirijamos esses pensamentos e isto em razão de suas faculdades intelectuais. Quer dizer que tal pensamento tais ou quais Espíritos o podem compreender, em virtude do adiantamento deles, ao passo que, para tais outros, por não despertarem nenhuma lembrança, nenhum conhecimento que lhes dormitem no fundo do coração, ou do cérebro, esses mesmos pensamentos não lhes são perceptíveis (...).
            Assim, quando encontramos em um médium o cérebro povoado de conhecimentos adquiridos na sua vida atual e o seu Espírito rico de conhecimentos latentes, obtidos em vidas anteriores, de natureza a nos facilitarem as comunicações, dele de preferência nos servimos, porque com ele o fenômeno da comunicação se nos torna muito mais fácil do que com um médium de inteligência limitada e de escassos conhecimentos anteriormente adquiridos. Vamos fazer-nos compreensíveis por meio de algumas explicações claras e precisas.
(...)
            É por estas razões que de preferência nos dirigimos, para a divulgação do espiritismo e para o desenvolvimento das faculdades mediúnicas escreventes, às classes cultas e instruídas, embora seja nessas classes que se encontram os indivíduos mais incrédulos, mais rebeldes e mais imorais. É que, assim como deixamos hoje, aos Espíritos galhofeiros e pouco adiantados, o exercício das comunicações tangíveis, assim também os homens pouco sérios preferem o espetáculo dos fenômenos que lhes afetam os olhos ou os ouvidos, aos fenômenos puramente espirituais, puramente psicológicos.
(...)
            Sem dúvida, podemos falar de matemáticas, servindo-nos de um médium a quem estas sejam absolutamente estranhas; porém, quase sempre, o Espírito desse médium, possui, em estado latente, conhecimento do assunto, isto é, conhecimento peculiar ao ser fluídico e não ao ser encarnado, por ser o seu corpo atual um instrumento rebelde, ou contrário, a esse conhecimento. O mesmo se dá com a Astronomia, com a Poesia, com a Medicina, com as diversas línguas, assim como com todos os outros conhecimentos peculiares à espécie humana.
            Finalmente, ainda temos como meio penoso de elaboração, para ser usado com médiuns completamente estranhos ao assunto de que se trate, o da reunião das letras e das palavras, uma a uma, como em tipografia”.
 
            Allan Kardec em nota à referida dissertação, termina com este salutar aviso; “Se os que reclamam esses fenômenos, como meio de se convencerem, estudassem previamente a teoria, haviam de saber em que condições excepcionais eles se produzem”.
            Também de forma clara nos elucida um Espírito Universalista – Ramatís:
            “A repressão ao animismo dificultará grandemente as tarefas mediúnicas e por isso não deve ser feita. O Mediunismo não dispensa a colaboração do médium, o qual jamais deve ser um simples autômato, um “robot”.
            Os guias espirituais têm alto interesse em desenvolver as qualidades morais dos médiuns, dos quais se servem e esse trabalho, na maioria das vezes, é ainda mais importante que o próprio exercício da mediunidade. Muitas vezes os guias protelam revelações do Alto ou avançamento de conhecimentos à espera que os médiuns primeiramente revelem seu adiantamento no campo da evangelização e do conhecimento espiritual. O esforço contínuo para o cumprimento dos deveres morais é sempre o que mais esperam dos médiuns dos quis se servem.
            Nos casos de mediunidade consciente, quando coincidem ideias, índoles, pensamentos e conhecimentos entre os guias e os médiuns, estes, ao dar as comunicações, se tornam imediatamente mais animados, eloquente e entusiasmados porque se encontram em terreno conhecido; mas, ao contrário, cai o entusiasmo, formam-se hiatos e surgem dificuldades até de falar, quando o espírito trata de assunto desconhecido, ou complicado.
            Os guias não se preocupam em eliminar o animismo dos seus médiuns; o que importa é que estes progridam espiritualmente a ponto de aqueles poderem subscrever o resultado de seus trabalhos, quando perfeitos.
            Como os médiuns devem caminhar com seus próprios pés e progredir sempre, os guias estão sempre a lhes oferecer oportunidades de produzir coisas próprias, mostrar o que valem. Por isso, os médiuns devem se esforçar constantemente em melhorarem seu padrão de conhecimentos, sua cultura doutrinária e suas qualidades morais, para que  o que produzam mereça o endosso dos guias.
            Às vezes os guias, muito de propósito, deixam lacunas e vazios no curso de uma comunicação para que os médiuns completem a tarefa, continuando na explanação do assunto ou do tema com seus próprios recursos, demonstrando sua capacidade de compreensão e exposição, sem deturpar as ideias fundamentais dos guias.
            Assim, constantemente encorajados e postos à prova, os médiuns acabam por esposar pessoalmente, em público, tudo quanto assimilaram dos seus respectivos guias, identificando-se com eles. Desta forma, aos poucos, os mentores vão aumentando o crédito de confiança que depositam nos intérpretes e lhes oferecendo campo de trabalho cada vez mais amplo e importante. Isto é o que faz o progresso mediúnico individual.
            Muitas vezes os mentores fazem um contato inicial com os médiuns, transmitem-lhes as primeiras ideias do tema e se afastam, sem se desligarem, para ver como seus pupilos se desembaraçam da tarefa, por si mesmos. Se tudo vai bem, deixam que assim vá, e, ao, final, aproximam-se de novo e endossam tudo o que foi dito, com suas características de identidade pessoal.
            O esforço do trabalho mediúnico, como se vê, é sempre recíproco e benéfico a todos. Os guias, nestes casos, agem como pais solícitos que ensinam os filhinhos a andar, amparando-lhes os primeiros passos.
            Outra coisa a dizer: a mediunidade não se desenvolve unicamente à hora do trabalho: está presente para ser utilizada e as responsabilidades das tarefas obrigam o médium a estar sempre em comunhão com o messionismo do Cristo, exemplificando sacrifício e renúncia. Somente assim haverá bons resultados e os guias poderão endossar o trabalho dos medianeiros. Jamais eles subscrevem o animismo inferior, de médiuns que não cogitam da melhoria espiritual.
            Muitas vezes a tarefa dos médiuns é preparada previamente, durante o dia do trabalho, nos encontros pessoais, nas leituras, nas meditações e até mesmo nas vicissitudes. Tudo serve par a organização do tema da noite. Entretanto, quando o médium tem cultura e é flexível no recebimento telepático, esse trabalho preparatório pode ser dispensado; nestes casos os guias transmitem o que querem, no próprio momento da comunicação, tendo em vista, é claro, a natureza e a capacidade de compreensão do auditório. Melhor médium é o que recebe com mais facilidade as ideias do guia e as interpreta pessoalmente com mais fidelidade e perfeição”.
            (Comunicação recebida pelo médium Hercílio Maes. APUD: ARMOND, Edgar. IN: Mediunidade: seus aspectos, desenvolvimento e utilização. 15. ed. São Paulo: LAKE, 1956).
 
            O espírito Odilon Fernandes, através do médium Carlos Antônio Baccelli, deixa claro que mediunidade é parceria consciente do médium com os Espíritos (vide Mediunidade e Doutrina com prefácio de Emmanuel por Chico Xavier). Quanto a esta parceria de que nos falam os Espíritos, Léon Denis adverte na 1ª Parte, cap. VII, do livro No Invisível:
            “Para comunicar conosco deverá o Espírito amortecer a intensidade de suas vibrações, ao mesmo tempo que ativará as nossas. Nisso pode o homem voluntariamente auxiliar; o ponto a atingir constitui para ele o estado de mediunidade.
Sabemos que a mediunidade, no maior número de suas aplicações, é a propriedade que têm alguns dentre nós de se exteriorizar em graus diversos, de se desprender do envoltório carnal e imprimir mais amplitude a suas vibrações psíquicas. Por seu lado, o Espírito libertado pela mente se impregna de matéria sutil e atenua suas radiações próprias, a fim de entrar em uníssono com o médium”.
 
Sobre essa exteriorização psíquica, o Espírito Odilon Fernandes, através de nossas mãos escreveu:
TRANSE
            O transe mediúnico caracteriza-se por uma exteriorização do ser psíquico, e daí, a sua maior ou menor profundidade, porém, pode-se dizer que não só a exteriorização é responsável pelo transe como também é muito necessária à interiorização do medianeiro. A sondagem íntima proporciona ao médium a avaliação de sua capacidade para tal ou qual comunicado, como poderá o médium que não se moraliza receber longos ditados sobre filosofia moral e Ética, se não faz nenhum esforço por se melhorar? Alguns médiuns imperfeitos e viciosos recebem de vez em quando ditados morais, mas não lhes dando atenção e não buscando fazer-se melhor, os espíritos sérios os deixam à mercê da sintonia que buscam.
            Desejar um transe profundo não é suficiente para que tal se dê, entretanto, precisamos analisar melhor a expressão “transe mediúnico”. O médium deve se esforçar por viver em um contínuo transe, expliquemo-nos: o transe mediúnico, como acima dissemos, é caracterizado não só pela exteriorização do ser psíquico, mas também por uma interiorização, que é o famoso “Conhece-te a ti mesmo”. O “estado de transe” que os médiuns devem buscar, não é a chamada inconsciência mediúnica, sim a constante sintonia com os trabalhadores do Cristo. De nada adiantará a capacidade de maior exteriorização do ser psíquico, enquanto a interiorização não for parte da vida do medianeiro. Paulo de Tarso levou três anos no deserto em seu trabalho de reforma íntima e tornou-se médium do Cristo que, quando entre nós, era o Perfeito Médium de Deus.
            Estejamos conscientes de nossas lutas e da necessidade delas para o nosso crescimento e tal como Paulo, do deserto de nossos corações florescerá a bela rosa por nos tornarmos também um “vaso escolhido” de Deus.
Odilon
(Página recebida espontaneamente no dia 04/12/2009 pelo médium Leonardo Paixão).
 
Encerrando estes apontamentos não poderíamos deixar de lembrar advertência de D. Yvonne do Amaral Pereira em relação ao que podemos chamar animismo vicioso:
“Nos casos do chamado animismo (automatismo. mental), será conveniente que [o suposto médium] se afaste das sessões práticas e se dedique a estágios em setores diferentes, onde poderá ser aproveitável.
A Seara Divina é extensa e fecunda e em qualquer situação serviremos ao Bem e à Verdade, se realmente houver o desejo de servir, e não somente no campo mediúnico. Muitos supostos médiuns, emaranhados nos complexos do animismo, uma vez afastados ou corrigidos das pretensões mediúnicas, têm conseguido equilibrar-se em outros setores, então realmente servindo à Doutrina Espírita e ao próximo. O automatismo mental, ou seja, o animismo, é a obsessão da própria mente e poderá ocasionar consequências desagradáveis para quem a cultiva.
Lembremo-nos de que o grande Paulo de Tarso, um dos maiores médiuns que o Cristianismo produziu, antes de se tornar o esteio do Cristianismo nascente recolheu-se ao deserto a fim de fazer a sua iniciação, num espaço de três longos anos. E o mesmo fizeram os demais médiuns do passado, isto é, os profetas e os grandes iniciados.
Tenhamos, portanto, idênticas atitudes se nos desejarmos transformar em obreiros seguros e fiéis da Doutrina dos Espíritos, capazes de vencer os terríveis complexos geradores da obsessão”
Do livro Recordações da Mediunidade, cap. 10 – O Complexo Obsessão.
 
Nota: (1) -  (1) - Vejamos a conceituação de cada um desses fenômenos:
 
- As manifestações do inconsciente, Aksakof definiu como PERSONISMO e disse que era a manifestação onde havia o predomínio da adoção de um nome ou caráter de uma personalidade diferente daquela que habitualmente o sensitivo adotava e apresentava. Assim, é uma manifestação que se passa na intimidade do sensitivo e, portanto, essa manifestação foi classificada como intramediúnica. Dessa forma sugestões arquivadas, processos psicológicos das partes internas da personalidade, lembranças de outras vidas, os arquétipos fazem parte do Personismo. Portanto, todos os fatos do inconsciente que são trazidos ao consciente são manifestações dessa categoria.
 
- Ainda manifestações do inconsciente que vão além dos limites corporais e por isso denominadas de extramediúnicas, fazem parte da categoria chamada de ANIMISMO (de anima ou alma).  Nessa categoria Aksakof colocou fenômenos como a transmissão de pensamentos ou telepatia, a movimentação de objetos sem contato ou telecinesia, as projeções de duplos ou telefania e a bicorporeidade ou teleplastia. Atualmente, os fenômenos do Personismo e do Animismo em uma só classificação, pois são da alma humana do Espírito encarnado, e assim fica apenas o Animismo, devido à semântica da própria palavra.
 
- O último fenômeno classificado foi o MEDIUNISMO, que era manifestação produzida pelos desencarnados agindo sobre o psiquismo de um encarnado.
 
(*) - Leonardo Paixão é Orador espírita (que tem viajado por alguns Estados brasileiros, quando possível, na divulgação da Doutrina Espírita), articulista, poeta, tem críticas literárias publicadas no site orientacaoespirita.org e um artigo publicado em Reformador em Agosto de 2010, A Revelação - uma perspectiva histórica e tem escrito alguns artigos no jornal eletrônico O Rebate. Participa com um grupo de amigos de ideal do GE Semeadores da Paz em Campos dos Goytacazes, RJ, onde exerce direção de estudos e trabalhos na área mediúnica, atuando como médium psicofônico na desobsessão e como psicógrafo de mensagens esclarecedoras, poesias e cartas consoladoras.