DEVER DE MÉDIUM
“...que o médium não queira convencer os outros a que pensem
de sua maneira, estabelecendo um clima de intolerância religiosa.
Abrace a
tarefa e deixe ao tempo o serviço que Deus lhe entregou de, lentamente,
despertar consciências para a luz da Verdade”.
(ABC da
Mediunidade, Espírito Odilon Fernandes, Lição 13 – Psicografia de Carlos
Antônio Baccelli).
Mediunidade é tarefa grave que exige de
seu portador, equilíbrio e segurança nos atos.
Mentes ingênuas tudo comentam e se
abrem, esquecendo do ensinamento evangélico do não atirar pérolas aos porcos.
É de bom alvitre, muitas vezes, mesmo
em reuniões específicas para o trato com a mediunidade, o médium se manter em
silêncio sobre o que vê, ouve ou sente.
Há informações (visões, audições,
intuições), que são ensinamentos específicos e oportunidade de auxílio para o
médium somente, sem que haja a necessidade dele se expressar.
Em reuniões mediúnicas o médium deve se
vigiar muito para que suas colocações não venham a ser tomadas como
fantasiosas. Por isso, é importante que, diante da pergunta insistente do dirigente
da reunião aos médiuns videntes para que digam algo, o médium possa se manter
silencioso e relatar somente o que, realmente poderá ser instrutivo. E que os
dirigentes não se esqueçam desta séria advertência de Allan Kardec: “...quanto
aos médiuns videntes propriamente ditos, são ainda mais raros e há muito para
se desconfiar daqueles que pretendem desfrutar dessa faculdade; é prudente não
lhes dar fé senão sobre provas positivas” (O
Livro dos Médiuns, item 171).
Existem médiuns que relatam o que veem
na esperança de que os seus prognósticos venham a convencer a esta ou aquela
pessoa e, não raro, sofrem a decepção do desprezo ou da desconfiança de que
possam ser alvos.
Médiuns! Vosso dever não é o de
convencer a ninguém, mas, tal como os Apóstolos do Senhor, dar a conhecer, pelo
fenômeno da vossa própria transformação, ao Senhor Jesus às almas aflitas do
mundo. Portanto, muito mais por vossas atitudes de coração renovado para Deus é
que os homens se verão atraídos para a força do Amor.
Que vossas palavras não expressem os
fenômenos que sois agentes, mas a candura, a paciência e que vossos corpos
falem na linguagem do abraço, do afago aos aflitos do mundo, pois de nada vos
adiantará o carinho excessivo aos irmãos desencarnados se não o sabeis compartilhar
também com os encarnados. Eis o porquê de o médium se afiliar a uma atividade
assistencial.
Médiuns! Grande é a vossa
responsabilidade, fazei-vos dignos de serem chamados servos de Deus.
Alberto,
guia do médium
(Página
recebida no dia 28/08/2014 no Grupo Espírita Semeadores da Paz, Campos, RJ,
pelo médium Leonardo Paixão).
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