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sexta-feira, 28 de abril de 2017

RELACIONAMENTOS

MARIA MODESTO CRAVO
 
 
 
 
A vida em sociedade é fator da evolução humana, sem a cooperação precisas entre os animais o psiquismo em evolução jamais alcançaria o sentimento de solidariedade e de compaixão. Podemos, obviamente, irmos muito além dos animais, das plantas e dos organismos unicelulares, pois sem que houvesse atração entre partículas atômicas e subatômicas a vida não se processaria no Universo.
 
Em toda parte a cooperação.
 
Mesmo em meio aos instintos brutais de sobrevivência que vemos nas selvas, observam-se os bandos no trabalho de cooperação uns com os outros para que haja sobrevivência. Também assim entre os homens e mulheres que ainda se mantém na ignorância e servem ao mal e, como a Lei é sábia, mesmo aí é preciso haver, ainda que por interesse pessoal, cooperação entre os que assim vivem.
 
Sem que, em qualquer espécie de relacionamento, haja cooperação, este não sobrevive, por isso, buscamos falar especialmente ao núcleo máter da sociedade - a família - para que cooperem uns com os outros em todos os setores: educação, organização, possibilitando harmonia na vida cotidiana. Advertimos, porém, que sem o diálogo franco, mas sem rudeza, qualquer relacionamento se torna inviável, seja ele, familiar, amigável, profissional. Se insistimos no diálogo fraterno e compreensivo é porque a falta de comunicação neste mundo em que a Tecnologia da Informação faz parte do cotidiano do ser contemporâneo, tem promovido o sentimento de indiferença para com as questões do outro que tal como todos está e é necessitado de ser ouvido, de que se lhe dê atenção.
 
Terapias diversas no ramo da Psicologia e suas derivações bem como as terapias holísticas têm recebido procura e isto porque mesmo entre amigos, por exemplo, não raro, há a audição neutra, sem julgamentos, da parte do que é procurado para o outro expor seus conflitos, suas dores, suas mágoas, além do julgamento ante a atitude do outro há também, muitas vezes, o tomar para si o problema que diz respeito ao outro e de se considerar que o outro deva agir conforme se pensa, esquecendo que cada ser humano guarda a sua singularidade. Quando compreendermos isso haveremos de tanto ter compaixão genuína quanto empatia.
 
Buscar um relacionamento saudável é aprender a viver a própria vida libertando-se e libertando o outro, do contrário será manter-se em relacionamentos tóxicos apertando laços fluídicos nocivos a desajustarem os centros de força, mais comumente os chacras frontal, cardíaco e gástrico (1), afetando a lucidez do raciocínio, o administrar dos sentimentos e das emoções.
 
Amar não é apegar-se, amar é o ato incondicional de estar bem e sabendo bem a quem se ama, tanto quanto de respeitar o momento daquele ou daquela que ainda não deu o fruto do amadurecimento. Este o amor apregoado e exemplificado pelos missionários da Humanidade que pode sim, ser cada um de nós.
 
Amar sem condições, sem exigências é o caminho único para a libertação.
 
Da amante do bem e servidora do Cristo,
 
Maria Modesto Cravo
(Página recebida espontaneamente no dia 13/04/2017 em Campos dos Goytacazes, RJ, pelo médium Leonardo Paixão).
 
Nota do médium: O Espírito André Luiz nos esclarece sobre as administrações dos centros de força ou chacras, vejamos:
 
Centro frontal ou cerebral - "com influência decisiva sobre os demais, governando o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das glândulas endocrínicas e administrando o sistema nervoso em toda a sua organização, coordenação, atividade e mecanismo, desde os neurônios sensitivos até as células efetoras" (XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo. Evolução em Dois Mundos. Primeira Parte, item Centros Vitais, cap. 2).
"(...) a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à palavra, à cultura, à arte, ao saber. É no 'centro cerebral', que possuímos o comando do núcleo endocrínico, referente aos poderes psíquicos" (XAVIER, Francisco Cândido. Entre a Terra e o Céu. Cap. 20).
 
Centro Cardíaco - "(...) sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral" (XAVIER, Francisco Cândido. Entre a Terra e o Céu. Cap. 20).
 
Centro Gástrico - "(...) que se responsabiliza pela penetração de alimentos e fluidos em nossa organização" (XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo. Evolução em Dois Mundos. Primeira Parte, cap. 20). Tem ação sobre a digestão e a absorção de alimentos.
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 5 de abril de 2017

O PROCESSO PSICOFÔNICO

Por Leonardo Paixão (*)
 
"Médiuns falantes: os que falam sob a influência dos Espíritos. Muito comuns".
(O Livro dos Médiuns, Segunda Parte - Capítulo 16, item 190)
 
A mediunidade possui diversas características e a mais presente e comum que se observa nas Casas Espíritas é a psicofonia (do grego psiké, borboleta, alma, e phonê, som ou voz: transmissão do pensamento dos Espíritos pela voz de um médium falante, conforme "Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas", de Allan Kardec, Vocabulário Espírita).
 
A psicofonia é mediunidade comum, pois até mesmo pelo decorrer da história da comunicação humana, o homem iniciou sua trajetória comunicativa através da oralidade, daí também a maior flexibilidade prestada na psicofonia para uma educação mediúnica.

Muitos médiuns iniciantes ficam temerosos de se expressarem verbalmente por não se sentirem seguros ante os pensamentos e sensações que lhes surgem, pensando ser deles mesmos tais impressões, porém, uma análise de si mesmo com o tempo irá fazer o medianeiro iniciante perceber a diferença de sensações e de pensamentos que lhe acodem. Muitas vezes se passou um dia tranquilo e no momento da prática mediúnica o médium sente tristeza profunda ou alegria extrema, ímpetos de violência ou uma calma incomum a si próprio, sente um sorriso sarcástico ou um sorriso sem motivo, são sensações diversas que o médium há de buscar analisar a cada reunião e, assim, aprendendo a discernir o que lhe é próprio e o que vem de uma influência externa. Além destas impressões há também as sensações fisiológicas como taquicardia (acelerar das batidas do coração) ou braquicardia (diminuição das batidas do coração), uma vibração intensa na garanta, na região do chacra laríngeo (centro de força que preside aos fenômenos vocais, inclusive às atividades do timo, da tireoide e das paratireoides. Ele controla os processos de fala e de respiração), neste momento o médium sente uma extrema necessidade de falar, outras sensações e reações também ocorrem como: respiração ofegante, lágrimas, bocejos, sono, cansaço, etc. Uma sugestão e que é uma orientação dada a todo médium iniciante no processo da psicofonia é que não tema o que vai falar, que o diga, que qualquer palavra que lhe venha à mente seja colocada, claro que há de se não dizer palavrões nem se gritar, para isso o estudo prévio da teoria como recomenda Allan Kardec em O Livro dos Médiuns é fundamental antes de se exercitar na prática mediúnica.

Vejamos agora o que nos trazem algumas obras a respeito do processo psicofônico:

"A psicofonia é a transmissão verbal da mensagem do espírito comunicante.
Embora a psicografia seja, talvez, o tipo de mediunidade mais conhecido do grande público (através dos livros psicografados por Chico Xavier (...)), na prática, nas sessões mediúnicas, é a psicofonia a mais exercitada e a que melhor se presta aos treinos que o médium necessita, por oferecer uma comunicação mais dinâmica, rápida e eficiente.
É a psicofonia que possibilita o atendimento aos espíritos necessitados, através do diálogo que se estabelece entre o espírito comunicante e o doutrinador. O médium psicofônico, portanto, verbaliza o pensamento do desencarnado, transmitindo-lhe não somente a mensagem, mas também as sensações de que é portador, suas angústias, seus medos, enfim, todos os seus conflitos.
Vários são os motivos que tornam a psicofonia o tipo de mediunidade mais comum nas reuniões mediúnicas. Entre eles citamos:

1º) É mais fácil e mais rápido transmitir verbalmente o pensamento dos espíritos do que escrever;
2) o médium se adestra com mais rapidez no exercício da psicofonia;
3º) O espírito comunicante tem ensejo de extravasar suas emoções e narrar o seu drama, o que constitui um precioso aprendizado para os encarnados.

Além disso, tem-se como regra geral para os médiuns - instituída pela lógica e pelo bom-senso - que não é oportuno psicografar mensagens de espírito sofredor, obsessor ou necessitados, pois estes carecem de ajuda, esclarecimentos, do diálogo fraterno com o doutrinador, razão pela qual estas comunicações devem ser pela psicofonia. Infere-se, por via de consequência, que não existe um proveito maior nas páginas psicográficas com essas características.
A psicofonia tem algumas gradações, a saber:
1º) Psicofonia inconsciente - Quando o espírito atua diretamente nas cordas vocais do médium, estando este num transe mais profundo, podendo ocorrer, inclusive, mudança no timbre de voz.
2º) Psicofonia semiconsciente - O transe é menos profundo e o médium tem certa consciência da mensagem que o espírito transmite;
3º) Psicofonia intuitiva - O transe é superficial e o médium, neste caso, transmite com seu próprio vocabulário o pensamento do comunicante, mantendo a consciência do que ocorre.
Como se depreende, as comunicações psicofônica são a base das reuniões mediúnicas, pois também, com muita frequência, os Benfeitores Espirituais se utilizam desse processo para transmitirem orientações, mensagens de exortamento, de incentivo, que são, na verdade, o coroamento de todo o trabalho no campo da mediunidade com Jesus" (SCHUBERT, Suely Caldas. Mediunidade: Caminho para ser Feliz. Capítulo 12 - A Psicofonia)

"O mentor da casa aproximou-se dela e aplicou-lhe forças magnéticas sobre o córtex cerebral, depois de arrojar vários feixes de raios luminosos sobre extensa região da glote.
Notamos que Eugênia-alma afastou-se do corpo, mantendo-se junto dele, a distância de alguns centímetros, enquanto que, amparado pelos amigos que o assistiam, o visitante sentava-se rente, inclinando-se sobre o equipamento mediúnico ao qual se justapunha, à maneira de alguém a debruçar-se numa janela.
Ante o quadro, recordei as operações do mundo vegetal, em que uma planta se desenvolve à custa de outra, e compreendi que aquela associação poderia ser comparada a sutil processo de enxertia neuropsíquica.
Suspiros de alívio desprenderam-se do tórax mediúnico que, por instantes, se mostrara algo agitado.
Observei que leves fios brilhantes ligavam a fronte de Eugênia, desligada do veículo físico, ao cérebro da entidade comunicante.
Porque eu lhe dirigisse um olhar de interrogação e estranheza, Áulus explicou prestimoso:
- É o fenômeno da psicofonia consciente ou trabalho dos médiuns falantes. Embora senhoreando as forças de Eugênia, o hóspede enfermo do nosso plano permanece controlado por ela, a quem se imana pela corrente nervosa, através da qual estará nossa irmã informada de todas as palavras que ele mentalize e pretenda dizer. Efetivamente apossa-se ele temporariamente do órgão vocal de nossa amiga, apropriando-se de seu mundo sensório, conseguindo enxergar, ouvir e raciocinar com algum equilíbrio, por intermédio das energias dela, mas Eugênia comanda, firme, as rédeas da própria vontade, agindo qual se fosse enfermeira concordando com os caprichos de um doente, no objetivo de auxiliá-lo. Esse capricho, porém, deve ser limitado, porque consciente de todas as intenções do companheiro infortunado a quem empresta o seu carro físico, nossa amiga reserva-se o direito de corrigi-lo em qualquer inconveniência. Pela corrente nervosa, conhecer-lhe-á as palavras na formação, apreciando-as previamente, de vez que os impulsos mentais dele lhe percutem sobre o pensamento como verdadeiras marteladas. Pode, assim, frustrar-lhe qualquer abuso, fiscalizando-lhe os propósitos e expressões, porque se trata de uma entidade que lhe é inferior, pela perturbação e pelo sofrimento em que se encontra, e a cujo nível não deve arremessar-se, se quiser ser-lhe útil. O Espírito em turvação é um alienado mental, requisitando auxílio. Nas sessões de caridade, qual a que presenciamos, o primeiro socorrista é o médium que o recebe, mas, se esse socorrista cai no padrão vibratório do necessitado que lhe roga serviço, há pouca esperança no amparo eficiente. O médium, pois, quando integrado nas responsabilidades que esposa, tem o dever de colaborar na preservação da ordem e da respeitabilidade na obra de assistência aos desencarnados, permitindo-lhes a livre manifestação apenas até o ponto em que essa manifestação não colida com a harmonia necessária ao conjunto e com a dignidade imprescindível ao recinto" (Nos Domínios da Mediunidade, Espírito André Luiz, psicografia de Chico Xavier, capítulo 6 - Psicofonia consciente).

Este trecho contém muitos ensinamentos e advertências, recordamos que em nossas primeiras experiências no campo da psicofonia, percebemos os Espíritos atendidos exatamente conforme a descrição de André Luiz: "(...) o visitante sentava-se rente, inclinando-se sobre o equipamento mediúnico ao qual se justapunha, à maneira de alguém a debruçar-se numa janela". Víamos os Espíritos e captávamos-lhes as palavras no exato momento em que o Espírito se expressava, saindo palavras de nossa boca e podendo assim se dar o início do diálogo com os Espíritos.

Fato interessante de notar é que, em diversas manifestações de espíritos obsessores, membros da reunião que tinham conhecimento de tal ou tal caso que nos foi direcionado para tratamento desobsessivo, no momento final da avaliação da reunião, revelam que o Espírito falou tal como este ou aquele encarnado fala e isso sem o conhecimento do médium, além de outros médiuns relatarem intuições, visões ou sensações que se mostram coerentes com o caso. Estas confirmações se tornam importantes, pois auxiliam a que os médiuns estejam cada vez mais seguros e à vontade para expressarem o que lhes vem à mente.

Este trecho deixa claro o  por que de não ser prática adequada a presença de obsidiados no recinto da reunião: "Nas sessões de caridade, qual a que presenciamos, o primeiro socorrista é o médium que o recebe, mas, se esse socorrista cai no padrão vibratório do necessitado que lhe roga serviço, há pouca esperança no amparo eficiente". Isto também alerta Yvonne do Amaral Pereira:

"Para os casos de obsessão ou atuações fortes em médiuns não desenvolvidos não convirá desenvolvê-los nessa ocasião. Nesse estado anormal, o médium torna-se um enfermo que necessita tratamento antes de mais nada. O mais prudente será passar a entidade para outro médium, conversar com ela a fim de esclarecê-la, e tratar cautelosamente do médium, inclusive esclarecendo-o também.
Doutrinar a entidade servindo-se do médium assim atormentado é prejudica-lo ainda mais, pois ele poderá não possuir o critério necessário a tal empreendimento, nem aguentar a responsabilidade do compromisso; desenvolver sua faculdade nessa ocasião é abrir-lhe a possibilidade para novas obsessões. O trabalho da caridade, qualquer que seja, será recurso salvador" (PEREIRA, Yvonne. Cânticos do Coração, vol. II, Capítulo IX - Considerações sobre a Mediunidade).

(*) Leonardo Paixão é trabalhador espírita em Campos dos Goytacazes, RJ, colaborando com amigos de Ideal no Grupo Espírita Semeadores da Paz.

 
 
 
 
 

sábado, 1 de abril de 2017

CRÍTICA LITERÁRIA

 
 
 
Livro: Perdoo-te – Memórias de um Espírito.
Médium: Eudaldo Pagés.
Organizadora: Amalia Domingo y Soler.
Editora: Lachàtre.
Lançamento: Maio de 2013. 12. edição.
Páginas: 720.
 
Análise de Leonardo Paixão (*)
 
Amalia Domingo y Soler é conhecida no Movimento Espírita Internacional como uma das maiores divulgadoras e defensoras dos postulados espíritas e as obras vindas por suas mãos são amadas pelo público. A sua obra mais conhecida é a belíssima Memórias do Padre Germano.
O Perdoo-te – Memórias de um Espírito foi produzido tal como o Memórias do Padre Germano, isto é, através da faculdade psicofônica do médium Eudaldo Pagés e as comunicações eram transcritas por Amália Domingo y Soler. Relata Amalia no Prefácio  à obra: “Dentre as muitas comunicações obtidas no Centro Espírita La Buena Nova, destacam-se as Memórias de um Espírito, relato histórico verdadeiramente interessante”.
            O Espírito Íris relata três de suas encarnações. Na primeira, como Íris, relatará a sua queda ao trair o sábio Antúlio que havia encarnado para fundar nova escola de pensamento e fazer evoluir a Humanidade.
Em seu segundo relato narra uma reencarnação onde se entende que se trata de Maria de Magdala e, seguindo ao Cristo, amparando os sofredores, o Espírito Íris vai se reabilitando, tendo ainda muitas imperfeições a desfazer.
Sua terceira narrativa relata uma reencarnação onde se percebe se tratar de Teresa d’Ávila e vem nos revelar que esta personalidade canonizada pela Igreja Católica, jamais foi um mulher extática, voltada apenas para a oração no Templo, foi sim uma médium de grande potencial e muito perseguida pelo clero, pois os seus escritos de origem mediúnica iam contra diversos dogmas da Igreja, tendo seus escritos sido destruídos e os que hoje se têm foram falseados pelo clero em seu próprio interesse. Para se ter uma rápida ideia do que Teresa D’Ávila pregava, retiramos da obra à página 683, o seguinte: “...não devemos vê-lo (Jesus) aterrando os homens com seu cruento martírio, mas sim atentar para as suas palavras quando diz: ‘- Eu sou o irmão maior de sua raça e espero-os de braços abertos para leva-los à presença de nosso Pai que está nos Céus’.
            A obra traz ensinamentos evangélicos e doutrinários que nos levam à reflexão e à sensibilização na prática da caridade, esta uma constante na vida de Tereza D’Ávila.
Ao final do obra há um Apêndice de D. Amalia Domingo y Soler em que traz lúcidos esclarecimentos e ensinos como este:
“Quanto às religiões, todo aquele que tem bom-senso compreende que elas têm sido em todos os tempos uma paródia da verdadeira e sacrossanta religião: o amor à humanidade. Não há melhor religião que a de uma consciência honrada. Os deveres religiosos do homem são estes: o resistir, o reformar e o adquirir. Resistir aos embates da vida, reformar nossos costumes e adquirir novos conhecimentos que levem a compreender a grandeza de Deus, que se irradia na natureza. Íris usou destes ensinamentos racionais tão acertadamente, que pôde destruir os céus, os infernos e desmascarar os santos. Demonstrou que os milagres não são outra coisa senão manifestação de leis conhecidas pelo vulgo. Deu aos espíritas lições altamente proveitosas. Sua última encarnação é assunto para aprofundado estudo para todos aqueles que pensam que, ao deixar a Terra, encontram-se logo com os espíritos superiores, seguindo com eles por esses mundos de Deus. Não basta crer na pluralidade dos mundos e das existências”. (p. 702).
Em relação às suas reencarnações citadas, se consultarmos comunicações de Teresa d’Avila por Fernando de Lacerda, médium português em seu livro Do País da Luz, volumes 2 e 4, especialmente, perceberá o quanto se relacionam os dizeres sobre sua passagem na Terra com os ditados vindos por Íris.
É obra que se recomenda pelos seus lúcidos ensinos doutrinários.
(*) Leonardo Paixão é trabalhador espírita em Campos dos Goytacazes, RJ, colaborando no Grupo Espírita Semeadores da Paz.