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domingo, 31 de março de 2024

Tipos de Obsessão e breves comentários sobre Obsessão Fortuita

Por Leonardo Paixão 

23/02/2024

Campos dos Goytacazes,  RJ


Allan Kardec classificou no cap. 23 de O Livro dos Médiuns, três tipos de obsessão:


- obsessão simples;

- obsessão por fascinação;

- obsessão por subjugação;


Como o próprio Kardec deixa claro em suas obras que ele não disse a última palavra e, portanto, as pesquisas e estudos espíritas trariam novas informações e não é diferente no estudo da obsessão.


Nas obras do Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografadas por Divaldo Pereira Franco temos estudos deste Espírito a nos trazerem novas nomenclaturas para novos casos de obsessão observados. No livro Nos Bastidores da Obsessão, o Miranda traz em suas páginas iniciais sobre "obsessões especiais". No livro Antologia Espiritual, de Espíritos Diversos, o Miranda participa com a mensagem "Obsessões Intermitentes". Por não ser nosso objetivo neste texto o estudo destes tipos outros de obsessão, só citaremos as obras em que estão e o/a leitor/a interessado/a pode recorrer a elas para seus estudos/pesquisas.

Outros processos obsessivos como o vampirismo, obsessão por encomenda (feitiços, trabalhos feitos), auto-obsessão, obsessão em crianças, obsessões simuladas e doenças fictícias, ação dos obsessores durante o sono, alergia e obsessão, foram revelados após estudos como os de Albert de Rocha no livro Exteriorização da Sensibilidade, onde ele irá estudar os processos do Voodu; Herculano Pires  tem um excelente estudo sobre "parasitose espiritual", que é o seu livro Vampirismo;  no seu livro A Obsessão e seus Mistérios, Carlos Bernardo Loureiro analisa diversos processos obsessivos. E nós, nesse singelo texto, trazemos a nossa contribuição, buscando entender o que é a "obsessão fortuita", expressão que ouvimos em 1999 de Carlos Bernardo Loureiro em entrevista que ele deu ao Alamar Régis Carvalho no então programa Espiritismo via satélite, falando sobre obsessão.

Muitas "obsessões fortuitas" ocorrem devido aos maus hábitos.

As obsessões fortuitas são as que ocorrem de forma repentina, inesperada, sem planejamento nem previsão, isto é, são as que se desencadeiam devido à afinidade de gostos, de interesses entre desencarnados e encarnados. E também por fraqueza moral de encarnados.

Importante também observarmos estas orientações de Allan Kardec: 

"(...) Seria errôneo, pois acreditar-se que os Espíritos  só exercem sua influência por meio de comunicações escritas ou verbais. Essa influência é permanente (grifei) e mesmo os que não se ocupam com os Espíritos, ou neles não creem, estão expostos a sofrê-la, como os outros e mesmo mais do que os outros, porque não têm como contrabalançá-la.

As causas da obsessão variam de acordo com o caráter do Espírito. Às vezes é uma vingança que ele exerce sobre a pessoa que o magoou nesta vida ou em existências anteriores (grifei). Muitas vezes, é o simples desejo de fazer o mal (grifei), como o Espírito sofre, quer fazer que os outros também sofram, encontra uma espécie de prazer em atormentá-los, em humilhá-los, e a impaciência que a vítima demonstra o exacerba mais ainda, porque é esse o objetivo que o obsessor tem em vista, enquanto a paciência acaba por cansá-lo. Ao irritar-se e mostrar-se despeitado, o perseguido faz exatamente o que o perseguidor deseja. Esses Espíritos agem, não raras vezes, por ódio e por inveja do bem, o que os leva a lançarem suas vistas malfazejas sobre as pessoas mais honestas. Um deles se apegou como "sarna" a uma honrada família do nosso conhecimento, à qual, aliás, não teve a satisfação de enganar. Interrogado acerca do motivo por que se agarrara a pessoas tão distintas, em vez de apegar-se a homens maus como ele, respondeu: estes não me causam inveja (grifo do original). Outros são guiados por um sentimento de covardia, que os induz a se aproveitarem da fraqueza moral de certos indivíduos, que eles sabem, incapazes de lhes resistirem. Um destes últimos, que subjugava um rapaz de inteligência muito curta, interrogado sobre os motivos dessa escolha, respondeu: Tenho grande necessidade de atormentar alguém. Uma pessoa criteriosa me repeliria; ligo-me a um idiota, que não me opõe nenhuma resistência (grifo do original)" (KARDEC. O Livro dos Médiuns).


A melhor defesa para que não se adentre em processos obsessivos é: 


- oração;

- conhecimento dos processos obsessivos, as técnicas usadas pelos obsessores;

- a conduta moral enobrecida.

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