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segunda-feira, 9 de maio de 2016

MANIFESTAÇÕES DE CRIANÇAS EM SESSÔES MEDIÚNICAS

Crianças no Plano Espiritual

1 – Como encarar a manifestação de uma criança apavorada, que se diz num lugar escuro, onde apanha muito?

Há três possibilidades: trata-se de uma mistificação do Espírito, com a intenção de envolver o grupo; uma fantasia anímica do médium, que guarda afinidade com crianças, ou um desajuste do comunicante, que regrediu a um comportamento infantil, como acontece, não raro com doentes mentais.

2 – E quando se trate de Espírito imaturo, desencarnado na infância, não seria interessante o esclarecimento que poderia receber?

Seria totalmente ocioso. Geralmente o adulto recém-desencarnado, sem nenhuma noção sobre a vida espiritual, enfrenta dificuldades de adaptação em virtude de seus comprometimentos com os vícios, as paixões, as ambições do mundo. A criança não tem esse problema.

3 – Por quê?

Ao reencarnar o Espírito adormece e somente começará a acordar para a vida física a partir dos sete anos, quando se completa a reencarnação. Até então não detém o comando de sua existência, nem a possibilidade de envolvimento com as seduções da vida física. Embora possa trazer tendências inferiores cultivadas em existências pretéritas, elas ainda não se manifestaram e nem o comprometeram, razão pela qual a criança é considerada o símbolo da inocência.

4 – E o que acontece com as crianças recém-desencarnadas?

São imediatamente recolhidas por familiares ou mentores, que lhes darão ampla assistência. Se são Espíritos evoluídos, retomam a personalidade anterior. Se de mediana evolução, conservam a condição infantil, que será superada com o tempo, como ocorre com as crianças na Terra. Podem, também, retornar à reencarnação.

5 – Isso significa que crianças nunca se manifestam em reuniões mediúnicas?

Pode acontecer, mas em caráter de exceção. Um Espírito evoluído que desencarnou em tenra infância, atendendo à sua programação evolutiva, já reintegrado na vida espiritual, poderá manifestar-se como criança, com o propósito de consolar seus pais.

6 – Como deve o doutrinador agir quando lidando com suposta manifestação de criança?

Conversar normalmente, mas com a sutileza de quem sabe que está lidando com uma das três situações a que nos referimos, dispondo-se a abordar o assunto com o grupo, após a reunião, para os esclarecimentos necessários.

7 – Há grupos espíritas que se dizem especializados em doutrinar crianças desencarnadas. Como situá-los?

Provavelmente estão sendo envolvidos por Espíritos mistificadores, que exploram a ingenuidade dos participantes. As pessoas emocionam-se quando um Espírito situa-se como uma criança que estava sendo judiada num antro escuro da espiritualidade, sem considerar o absurdo de semelhante ideia.
E onde estavam os mentores e familiares desencarnados, a permitir que isso acontecesse com um inocente?

8 – Além dos argumentos apresentados, que mais se poderia dizer para os que têm dificuldade em aceitar que crianças desencarnadas não precisam de reuniões mediúnicas para receber ajuda?

É significativo considerar que não há uma única manifestação de criança nas obras de Allan Kardec, principalmente em O Livro dos Médiuns, o grande manual de intercâmbio com o Além, nem nos livros de André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, onde temos a mais clara e objetiva visão do relacionamento entre o plano físico e espiritual.
Pinga Fogo – Richard Simonetti

Do livro "Cânticos do Coração", vol. 2, de Yvonne Pereira, ed. CELD, cap. I:
"Esclareceram, as dignas preceptoras espirituais, que aquela ambientação do mundo invisível é subdividida em falanges nacionais, próprias de cada país, e que é a isso que os antigos devotos religiosoa denominavam "limbo", local definido, segundo a crença deles, onde permanecem as almas infantis que não haviam recebido o batismo quando existindo na Terra. A verdade espiritual era então deturpada: tais Espíritos ficam, com efeito, separados dos demais libertos, não katingem a espiritualidade propriamente dita, mas não é pelo fato de terem deixado de ser batizados nesta ou naquela religião que assim permanecem, e sim porque seus perispíritos já estão preparados para a reencarnação;voltarão com presteza à vida terrena, e por isso não foram desambientados das codições humanas que, ainda ontem, experimentaram.

São esses espíritos, pois, que possivelmente se comunicam em nossas sessões experimentais, ou são percebidos, pela vidência, com aparência infantil, e que se mostram, frequentemente, tais como eram ao desencarnar, assim consolando fortemente os pais atingidos no coração por sua ausência carnal. Esses Espíritos porém, são adultos. As circunstâncias temporárias é que os levam a se conservarem infantis.

Já André Luiz, em uma de suas elucidativas obras, esclarece que, durante esse período de espera, os Espíritos das crianças são visitados por suas mães, no Além, durante o sono corporal das mesmas, pois continuam ligados a elas e, certamente, muitos deles voltarão a ser seus filhos, se as condições físico-materiais das mesmas suportarem nova maternidade.

2 comentários:

  1. Um médium que participa da doutrina desde muito tempo recebe um espírito que se diz de criança reunião de estudos mediúnicas e o doutrinador nunca orientou o espírito a falar normal minha dúvida e esse espírito precisa ser orientado para isso falar normal ou ele sabe que não é uma criança porém escolheu da a comunicação dessa forma infantilidade. Apesar de ter lido que criança só se comunica para consolar os pais quem então está se comunicando com voz de criança e fala como se fosse crianca.

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    1. Como já orientados pelas obras acima citadas e pela nossa experiência, cabe ao dirigente da reunião colocar para o Espírito que ele já tem forma adulta. Quanto a forma de falar não se faz necessário nenhum maneirismo. Pretos-velhos que se comunicam em nosso Grupo falam normalmente, pois sabem falar o português correto. É diferente em um terreiro, por exemplo, onde eles sabem que o consulente aguarda o impacto de modo de ae aprwsentar e de linguagem diversa.
      E no mais, que se estude em Allan Kardec e obras sérias como as de Yvonne Pereira a respeito.
      Aqui mesmo neste blog há outro artigo sobre o assunto.

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