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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Sugestão Pós-Hipnótica: Uma Investigação dos Recônditos da Mente Humana e sua relação com os processos obsessivos

Leonardo Paixão (*)

 

Resumo

A sugestão pós-hipnótica (SPH), um fenômeno enigmático que transcende os limites da consciência ordinária, convida-nos a desvendar os mistérios da mente humana e explorar os mecanismos subjacentes à influência e à mudança de comportamento. Adentraremos os meandros da hipnose, observando procedimentos e estudos científicos a respeito, aplicação de sugestão pós-hipnótica em sujets e desbravando as aplicações promissoras dessa técnica em diversos campos do conhecimento e suas implicações no processo obsessivo. Para tanto, trouxemos citações de fontes diversas desde os estudos de Freud sobre hipnose e atividades inconscientes bem como os mais recentes artigos com revisões bibliográficas sobre o assunto e as diversas teorias para explicar o fenômeno SPH.

Palavras-chave: Sugestão pós-hipnótica; mente humana; hipnose; processo obsessivo.

 

Transe Hipnótico: A Porta de Entrada para a SPH

A hipnose, um estado alterado de consciência, abre as portas para um universo de possibilidades. Caracterizada por um aumento da receptividade à sugestão, a hipnose permite que indivíduos experimentem um leque de fenômenos fascinantes, como intensificação do foco, relaxamento profundo, alterações na percepção sensorial e, claro, a tão intrigante suscetibilidade à SPH.

Imagine-se em um estado de profunda calma e relaxamento, onde sua atenção se concentra unicamente na voz do hipnotizador. Nesse estado hipnótico, sua mente se torna mais receptiva a sugestões, abrindo caminho para a SPH. É como se estivesse em um palco pronto para receber e interpretar as instruções do diretor.

Segundo Lapponi (1961), há dois tipos de hipnotismo, o espontâneo e o provocado. Neste artigo nos fixaremos no segundo.

 

Quem estuda Hipnotismo distingue nele duas variedades, indicada uma com o nome de “Hipnotismo espontâneo”, e a outra com a denominação de “Hipnotismo provocado” ou “artificial”.

Naquele, os fenômenos com os quais o Hipnotismo se entrosa surgem sem causa apreciável e independentemente de quem quer que seja. No artificial, os mesmos fenômenos emergem depois de estímulo proveniente de determinada causa mais ou menos conhecida e mais ou menos dependente da vontade de alguém.

(...)

Os fenômenos objetivos e sensíveis, com os quais o Hipnotismo se revela, podem ser reduzidos a três: “Letargia”, “Catalepsia” e “Sonambulismo” ¹. Estes três fenômenos, suscitados pelo Hipnotismo, em certos casos se encontram reunidos, pois se sucedem um ao outro, formando constantemente uma série de fatos coligados entre si, e outras vezes se encontram separados na modalidade em que o estado hipnótico se revela apenas com o letargo, com a catalepsia ou com o sonambulismo (LAPPONI, José. Hipnotismo e Espiritismo. 3. ed. Brasília, DF: Federação Espírita Brasileira, 1961. Capítulo II – Os fatos próprios do Hipnotismo. pp. 55 e 56)

 

 

_________________________

1 Letargia e Catalepsia são conceitos associados à tese da emancipação da alma e que com o passar do tempo foram ganhando novos sentidos até caírem em desuso na Medicina e na Psicologia.

No espiritismo e no mesmerismo, sonambulismo magnético, artificial, provocado ou induzido seria um estado de emancipação da alma provocado pela ação que um magnetizador exerce sobre outra pessoa, por meio do fluido magnético, onde a lucidez da alma é mais desenvolvida, ou seja, ela vê as coisas com mais precisão e nitidez. Nessa condição o corpo agindo sob o impulso da vontade da alma, dá-se a subjugação corporal à alma. O esquecimento absoluto no momento do despertar seria um dos sinais característicos do verdadeiro sono mesmérico, porque a independência da alma e do corpo é mais completa do que no sonho.

 

 

Ser ou Não Ser: Desvendando os Enigmas da SPH

A SPH, qual um enigma envolto em brumas, tem sido objeto de intenso debate e investigação científica ao longo dos anos. Diversas teorias foram propostas para explicar seus mecanismos subjacentes, cada uma lançando luz sobre diferentes aspectos desse fenômeno complexo:

 

Teoria da Dissociação: Uma Mente Dividida?

Essa teoria sugere que a hipnose cria uma dissociação na mente, permitindo que a parte "hipnotizada" aceite sugestões sem interferência da mente consciente. Imagine uma mente em duas partes: um racional e crítica, a outra receptiva e aberta à sugestão. Durante a hipnose, a parte receptiva assume o controle, possibilitando a SPH.

Para um melhor entendimento dessa teoria trazemos o seguinte:

Uma representação inconsciente é, portanto, aquela que não percebemos, mas cuja existência admitimos, com base em outros indícios e evidências.

Todavia, se não dispuséssemos de outros dados além daqueles que conhecemos sobre a memória e sobre as experiências de associação que ocorrem por meio de elos inconscientes intermediários, poderíamos considerar o presente artigo como um mero trabalho descritivo ou classificatório e, aliás, assaz desinteressante. Contudo, evoquemos o conhecido experimento da “sugestão pós-hipnótica”, que nos ensina muito mais sobre nosso tema e nos mostra a necessidade de insistirmos na distinção entre consciente e inconsciente.

Nesse experimento, tal como Bernheim o realiza, uma pessoa é colocada m estado hipnótico e posteriormente despertada. Enquanto se encontra em estado hipnótico e sob a influência do médico, ela recebe a incumbência de realizar certa ação em determinado horário, por exemplo, meia hora mais tarde. Após despertar, tudo parece indicar que ela voltou à plena consciência e ao estado de espírito normal, sem guardar recordação alguma do estado hipnótico. Porém, chega o horário combinado, impõe-se à psique o impulso de executar o que antes foi ordenado, e o ato é executado conscientemente, sem que a pessoa saiba porque o faz. É praticamente impossível descrever esse fenômeno de outro modo a não ser dizendo que aquela intenção estava disponível de forma latente ou inconsciente na psique e que se tornou consciente assim que o momento determinado chegou. Mas a intenção de executar o ato não aparece na consciência em sua totalidade, só parece a representação do ato a ser executado. Todas as outras ideias associadas a essa representação – a incumbência recebida, a influência do médico, a lembrança do estado hipnótico – permanecem inconscientes.

Contudo, podemos aprender ainda mais com um experimento desse tipo. Ele nos leva de uma visão puramente descritiva para uma visão dinâmica do fenômeno. A representação psíquica da ação que havia sido ordenada não apenas se tornou, em determinado momento, objeto da consciência, como também se tornou ativa, e este é o aspecto que mais chama a atenção: tão logo a consciência percebeu sua presença, a representação foi transformada em ação. Entretanto, como aquilo que realmente impulsionou a ação foi a ordem emitida pelo médico, não temos como deixar de concluir que a própria representação psíquica da ordem também se tinha tornado ativa.

Porém, enquanto a consequência dessa ordem – ou seja, a representação da ação a ser executada – se revelou à consciência, a representação da ordem recebida não surge na consciência; permaneceu inconsciente, portanto, continuou ao mesmo tempo ativa e inconsciente (FREUD, Sigmund. Escritos sobre a Psicologia do Inconsciente. Rio de Janeiro: Imago, 2004. Alguns Comentários sobre o Conceito de Inconsciente na Psicanálise. p. 84)  

 

 

Teoria da Expectativa: Aprendizagem e Comportamento

Essa teoria propõe que a SPH é resultado das expectativas do indivíduo sobre a hipnose e sua crença na efetividade das sugestões recebidas. É como se a mente se auto programe para aceitar e responder às sugestões.

Estudos da Neuropsicopedagogia sobre sugestionabilidade nos trazem elementos para uma compreensão nova dos processos de sugestão e sugestão pós-hipnótica.

 

De que forma o cérebro processa e incorpora as sugestões – sejam elas deliberadas ou não – e a partir delas modifica a cognição e o comportamento, ainda é motivo de muita especulação, mas algumas hipóteses parecem bastante pertinentes. Uma delas diz respeito à possibilidade de que a sugestionabilidade seja um produto do aprendizado baseado na expectativa, em que pistas ambientais de qualquer natureza sejam condicionadas e integradas para modificar comportamentos (De Pascalis, Chiaradia, & Carotenuto, 2002).

O aprendizado baseado na expectativa é importante para o estabelecimento de algum grau de autonomia na regulação das necessidades vitais para um ser vivo por meio do desenvolvimento da capacidade de ajustar comportamentos a pistas ambientais, reconhecidas através deste tipo de aprendizado. A expectativa gera um estado de saliência a certos estímulos, normalmente os inéditos, para os quais a atenção é dirigida, a fim de que sejam ampliadas as condições para se aprender mais sobre eles (Shiner et al., 2015).

A capacidade de aprender deu muito mais flexibilidade comportamental aos seres vivos que, em princípio, regularam a estabilidade de seu meio interno através da homeostase, passando, então, a fazê-lo através da alostase. A diferença entre os conceitos de homeostase e alostase é que, apesar de ambos se referirem à manutenção ou à regulação do meio interno, a homeostase envolve sistemas fisiológicos de baixo nível, que têm como referência pontos fixos de regulação (por exemplo, a temperatura corporal adequada, em torno de 36º C, ou o pH do sangue, ou níveis glicêmicos fisiológicos, os quais são controlados autonomamente) e a alostase abrange mudanças proativas, coordenadas por múltiplos sistemas, cujas referências são mais individuais, justamente por se basearem no aprendizado (por exemplo, o desejo de consumir alimentos calóricos difere de pessoa para pessoa, em função de fatores que vão além do estado nutricional).

O aprendizado baseado nas expectativas fundamenta-se no reconhecimento de pistas ambientais, compreendendo estímulos ambientais inicialmente desprovidos de carga afetiva/motivacional que, por se associarem a estímulos naturalmente carregados afetiva e motivacionalmente (como alimentos, água, oportunidades de acasalamento e predadores), acabam recebendo esta carga pelos centros de processamento de recompensas e punições do cérebro (Keiflin & Janak, 2015; Ruff & Fehr, 2014). Pistas geram expectativas sobre o mundo e as coisas e têm um papel definitivo na maneira como navegamos por ele, na medida em que elas têm um caráter representacional do tipo “pista – desfecho” (Volkow, Wang, Tomasi, & Baler, 2013). Por exemplo, aprendemos que logotipos da indústria de alimentos (que funcionam como pistas) sinalizam oportunidades de saciar nossa fome (expectativa) e tal aprendizado pode até mesmo fazer com que tenhamos desejo por determinados alimentos diante da exposição àquele logotipo. Portanto, pistas como esta “dirigem” nossa cognição e motivação e, por conseguinte, moldam nosso comportamento diante de necessidades específicas. A hipnose, o efeito placebo, a sugestão e a propaganda operariam de forma semelhante, recrutando sistemas cerebrais envolvidos na formação de expectativas e representações “pista-desfecho”. Mais exemplos deste tipo de representação: “se usar aquela marca de roupas, terei mais sucesso em minha vida profissional”, “se fizer aquela dieta, perderei muito mais peso”, “se consumir o produto que aquela celebridade consome, serei como ela”.

O aprendizado baseado em expectativas explica por que o efeito placebo não se restringe a substâncias inertes, mas também a substâncias ativas, na medida em que, ao darmos um ansiolítico a alguém a quem informamos que estamos dando um ansiolítico, os efeitos ansiolíticos experimentados podem ser superiores aos sentidos por outra pessoa tomando o mesmo agente sem ter sido informada de sua composição (Parris, 2016). Em outras palavras, a expectativa da ansiólise pode ampliar sua experiência subjetiva. Assim, a sugestão a respeito do efeito de uma substância (uma pista sobre como esta substância vai agir) parece ajustar a cognição para que aquele efeito se cumpra, produzindo o fenômeno placebo. Analogamente, sugestões funcionam como pistas, gerando expectativas sobre desfechos, as quais acabam por influenciar a mente a alcançá-los.

Estudos de neuroimagem realizados com indivíduos, utilizando placebo para controle de dor, mostram redução da atividade de áreas cerebrais da matriz da dor, como a ínsula, o cíngulo anterior, o tálamo, o córtex somatossensorial e a amígdala (Fomberstein, Qadri, & Ramani, 2013). Além disso, observa-se aumento da atividade do córtex pré-frontal dorsolateral, uma região cuja atividade parece crucial para a existência do efeito placebo, já que ela mantém e atualiza as expectativas que o dirigem (Parris, 2016).

Da mesma forma, na sugestão hipnótica parece haver a criação de um estado de expectativa que acaba por moderar o desempenho cognitivo, melhorando-o ou piorando-o, na dependência do tipo de sugestão (Raz & Shapiro, 2002). Por exemplo, existem relatos de eliminação do efeito Stroop (em que existe competição cognitiva entre a leitura do nome de uma cor escrito em outra cor e a identificação da cor em que a palavra está escrita) após a sugestão hipnótica de que as palavras do teste são símbolos sem significado (Raz, Kirsch, Pollard, & NitkinKaner, 2006).

A moderação da sugestão (hipnótica ou não) sobre a cognição parece criar um estado mental altamente atento, em que pensamentos e sensações competitivos são eliminados. Este estado sobrepujaria processos executivos habituais, interferindo em processos psicológicos automáticos e inconscientes (permitindo o “desligamento” temporário do efeito Stroop, de heurísticas e até mesmo de fenômenos sinestésicos, também considerados automáticos e incontroláveis), modificando a percepção (possibilitando a percepção de cores onde elas não existem ou, ao contrário, impedindo sua percepção), criando fenômenos de passividade motora e até mesmo de dor. (KRASINSKI, Kamilla e TONELI, Hélio. Neuropsicologia da Sugestionabilidade e Tomadas de Decisão Social. Pluralidades em Saúde Mental, Curitiba, v. 7, n. 1, p. 43-62, jan./jun. 2018)

 

Teoria Neurobiológica: Desvendando os Segredos do Cérebro

Estudos recentes com neuroimagem lançam luz sobre os mecanismos neurais da SPH. Áreas do cérebro relacionadas à atenção, processamento de linguagem e controle motor se ativam durante a SPH, sugerindo que a mente se reorganiza para responder às sugestões recebidas. É como se o cérebro criasse novos circuitos para executar as instruções hipnóticas.

 

Estudos recentes sugerem que a hipnose está associada à redução da atividade da rede de modo padrão (DMN), uma rede de estado de repouso que medeia o processamento autorreferencial e o resgate de memórias episódicas (SPIEGEL et al., 2010). Essa rede foi descrita por Raichle et al. (2001) como um grupo de regiões cerebrais cujas atividades, consistentemente, diminuem durante a maioria das atividades cognitivas “demandantes”. 

Nessa mesma linha, a “hipnotizabilidade” seria o grau de resposta do indivíduo à sugestão durante a hipnose (GREEN et al., 2005), a qual seria uma característica altamente estável e mensurável (PICCIONE et al, 1989; SPIEGEL & SPIEGEL, 2004; SPIEGEL et al., 2010). A alta hipnotizabilidade estaria associada com maior conexão funcional entre a rede de saliência (SN), a qual possui um papel importante no monitoramento e modulação do sistema nervoso autônomo a partir de estímulos internos e externos, e a rede de controle executivo (ECN), a qual é fundamental para tarefas que envolvem atenção focada e memória de trabalho (SPIEGEL et al, 2010; JIANG et al., 2017).

Apesar dos diferentes marcos teóricos, parece claro que a hipnose pode gerar mudanças cognitivas e comportamentais. Algo que evidencia, com bastante consistência, a capacidade da hipnose de alterar percepções da realidade são os vários estudos científicos envolvendo hipnose e o teste stroop, um dos fenômenos mais robustos da psicofisiologia (SPIEGEL et al, 2010), em que a sugestão conseguia reduzir (ou até mesmo eliminar) os efeitos do teste (RAZ et al., 2002, 2005, 2006, 2007; LIFSHITZ et al., 2013). Outro estudo demonstrou que a hipnose poderia modificar a resposta ao efeito McGurk (uma ilusão auditiva criada ao se apresentar fluxos visuais e auditivos incongruentes), o qual, também, é tão robusto que as pessoas, normalmente, não conseguem evitar a ilusão mesmo que estejam conscientes da discrepância audiovisual (MCGURK & MACDONALD, 1976; FOX et al, 2016). Nesse caso, uma simples sugestão para aumentar a acuidade auditiva reduziu, consideravelmente, a percepção de fala ilusória e melhorou a capacidade de identificar os áudios corretos na tarefa (DÉRY et al, 2014).

O maior respaldo científico da hipnose, historicamente, é no controle da dor, onde evidências já apontaram que a hipnose poderia ser mais eficiente em modulá-la do que a própria morfina (KARGEL, 1987). Porém, muitos autores apontam que a hipnose, também, foi a primeira forma ocidental de psicoterapia (ELLENBERGER, 1970). A hipnose pode ajudar a modificar processos cognitivos, substituindo atividades mentais indesejadas (como ocorre em vários transtornos, como a depressão) por processos cognitivos mais saudáveis (YAPKO, 2013). Várias pesquisas têm fornecido evidências da eficácia da hipnose clínica como coadjuvante no tratamento da dor crônica e aguda, ansiedade e sintomas relacionados à ansiedade em doenças crônicas graves e em cuidados paliativos (ASTIN et al, 2003; VARGA & KEKECS, 2014; SATSANGI et al, 2017). (MAFRA, Lucas Xavier. Hipnose e Meditação: um comparativo de processos neurobiológicos. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2022)

 

 

Fatores que Influenciam a SPH: Uma Sinfonia de Variáveis

A suscetibilidade à SPH é como uma melodia complexa, composta por diversos instrumentos que influenciam sua intensidade. Personalidade, motivação, profundidade da hipnose e características da sugestão são alguns dos maestros dessa sinfonia:

 

Personalidade

Indivíduos com alta capacidade de absorção, imaginação vívida e abertura a novas experiências, como os artistas, tendem a ser mais suscetíveis à SPH. É como se sua mente fosse uma tela em branco, pronta para receber e dar vida às sugestões.

 

Motivação

A crença na efetividade da hipnose e a motivação para seguir as sugestões são como o vento que impulsiona o navio. Quanto maior a motivação, mais eficaz a SPH. Imagine um paciente com fobia de aranhas que, motivado a superar seu medo, se torna mais receptivo à sugestão de se aproximar de uma aranha durante a hipnose.

 

Profundidade da Hipnose

Um estado hipnótico mais profundo, como um mergulho nas profundezas do oceano, leva a uma maior suscetibilidade à SPH. É como se a mente se tornasse mais receptiva e aberta à influência.

 

Características da Sugestão: A Mensagem Perfeita

Sugestões claras, específicas, positivas e contextualizadas, como instruções precisas em um mapa, aumentam a efetividade da SPH. Quanto mais clara e bem elaborada a sugestão, maior o impacto na mente.

 

Experiências de Sugestão Pós-Hipnótica

No Grupo Espírita Semeadores da Paz, Campos dos Goytacazes, RJ, foram realizados cursos de Magnetismo em que houve a realização de experiências com sujeitos hipnotizados.

Relataremos aqui três casos de Sugestão Pós-Hipnótica (SPH).

 

Caso 1

O primeiro caso foi com a sra. T. que estava com uma forte dor de cabeça.  Após a indução hipnótica realizada pelo autor deste texto, foi sugestionado à sra. T. que assim que ela despertasse do transe hipnótico, não mais sentiria dor de cabeça. Tendo a sujet saído do transe após os processos utilizados, ela disse que não mais estava a sentir forte dor de cabeça, que havia um incômodo, mas tão leve que era como se nada houvesse. Esta experiência ocorreu no ano 2018.

Este caso diz da possibilidade do uso da hipnose para alívio de dores e profissionais da Medicina, da Odontologia, da Psicologia, da Psicanálise, utilizam quando necessário e, claro, quando habilitados a isso, a hipnose como terapia complementar aos seus métodos.

 

Caso 2

Em um dos Cursos de Magnetismo que realizamos no decorrer dos anos, levamos uma das sujets a estado de transe mais profundo e sugerimos que ela estava "possuída" por um demônio. A experiência revelou-se tão bem sucedida que quando eu pedi que pessoa participante da experiência levasse até mim um copo com água comum e quando eu aspergi um pouco dessa água sobre a pessoa em estado de hipnose e disse que era água benta, tal pessoa sentiu seu corpo queimar e quando fiz com os dedos a forma de uma cruz e lhes coloquei na testa dizendo ser um crucifixo bento, a pessoa se contorcia como a sentir fortes dores. Depois levamos a percipiente R. a um estado de relaxamento profundo e ordenamos por sugestão que ela de nada se lembrasse e, ao ser despertada, até hoje ela afirma convicta que de nada se lembra dessa experiência. Este experimento ocorreu no ano 2016.

 

Caso 3

Como nos dois casos anteriores, essa experiência foi realizada durante Curso de Magnetismo no Grupo Espírita Semeadores da Paz, Campos dos Goytacazes, RJ, na presença de mais de 10 pessoas. Há registros de presença em cadernos próprios a isso.

Após a indução hipnótica e demonstrações de que a sujet, a sra. A. estava sob o controle do hipnotizador, no caso, o autor deste texto, foi dada a sugestão de que saída do transe, a sra. A. após fazer um lanche que estava já posto à mesa, iria beber água. Assim ocorreu. Também é interessante observar a fala da sra. A. ao hipnotizador: “É normal, após a hipnose, ter pensamentos fixos como: preciso beber água, preciso beber água?”. Tais palavras da sujet nos trazem reflexões com relação à hipnose e o processo obsessivo que abordaremos após. Esta experiência ocorreu no dia 13/04/2024.

 

Sugestão Pós-Hipnótica explica ação dos Espíritos Obsessores

 Já discorremos bastante sobre SPH e teorias diversas para explicar o fenômeno. O de que aqui iremos tratar não é uma novidade, entretanto, com os estudos realizados atualmente poderemos ter ideias mais claras e nítidas de como agem os Espíritos obsessores sobre os Espíritos encarnados.

Importante deixarmos claro que aqui não estamos a fazer um estudo da existência ou não dos Espíritos, esta já está pressuposta desde o título desse artigo.

Em meu livro Novas Reflexões Doutrinárias, no capítulo 13 – Pequeno Estudo sobre Técnica da Obsessão, faço a seguinte citação:

 

Geralmente exercida tão só através da telepatia ou da sugestão mental, é bem certo que o obsessor estabelece uma oculta infiltração vibratória perniciosa, sobre o sistema nervoso do obsidiado, contaminando-lhe a mente, o perispírito, os pensamentos, até ao completo domínio das ações. (PEREIRA, Yvonne. Dramas da Obsessão. Pelo Espírito Bezerra de Menezes. 4. ed. 3. reimpressão. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2010. P. 28-29 – grifos nossos).

 

Buscando explicar as palavras do Espírito Adolfo Bezerra de Menezes, colocamos o seguinte:

 

Desses esclarecimentos do Espírito Bezerra de Menezes depreende-se o seguinte:

1 – A contaminação se dá pela impressão de ideias fixas na mente do obsidiado através de imagens mentais;

2 – Pelo perispírito: mantendo o do encarnado em seu mesmo padrão vibratório, para isso, incentivando os pensamentos licenciosos que derivam das imagens mentais, atuando especialmente através do sono, quando o encarnado, desprendido do corpo físico, é atraído para regiões onde dará vazão aos seus apetites sensuais e, em geral, também lhe são impressas palavras a título de senha que, quando acordado, ao ouvi-las ou captar as imagens (pode ser o nome de alguém ou a imagem de uma pessoa ou um objeto) lhe aflorarão os desejos... (PAIXÃO, Leonardo. Novas Reflexões Doutrinárias. Londrina, PR: EVOC, 2017. pp. 99-100)

 

Tanto o Espírito Bezerra de Menezes quanto nós, estávamos a falar de sugestão mental e também de sugestão pós-hipnótica. Apesar do que já escrevemos acima e dos casos de SPH relatados, recorramos aos estudos do Dr. Julien Ochorowicz:

 

O fenômeno que deve agora merecer nossa atenção constitui um caso especial da transmissão da vontade: uma transmissão retardada, a prazo fixo. Na realidade, não é a transmissão que é retardada, mas somente a execução da ordem comandada. É uma sugestão mental a longo prazo.

Já conhecemos bem as sugestões verbais a longo prazo. Elas são hoje coisas banais. Você ordena a um sujeito hipnotizado ou magnetizado que execute um ato qualquer depois que ele despertar: amanhã, depois de amanhã, dentro de dez horas, dentro de alguns meses. Despertado, ele não desconfiará de nada, mas na hora certa se verá obrigado a executar suas ordens, sem saber como nem por que lhe veio essa ideia. O mais frequente é que o sujeito a assimile, por assim dizer, e creia estar agindo por sua própria conta, como para confirmar a tese de Spinoza: “Nós não conhecemos as causas que determinam nossas ações”. 

O Dr. Gibert, no caso, serviu-se da sugestão mental e da sugestão verbal, obtendo resultados bastante satisfatórios.

Não é de se admirar menos, nesta categoria de fatos, já por si extraordinários, que certos sonâmbulos nos quais as transmissões de ordem diretas não funcionem sejam muito suscetíveis de ser influenciados a longo prazo.

Para explicar esse fato é preciso lembrar a distinção que fazemos de duas camadas inconscientes: uma forte, que se manifesta no sonambulismo, a outra fraca, oprimida por aquela, subtraída à nossa investigação direta, mas que pode, em momento propício, reconquistar seu direito de ação. Parece que nesta última camada as transmissões são mais fáceis, sem que nos possam dar uma prova evidente de sua existência. É o domínio das “sensações imperceptíveis” de Leibnitz. Elas não se podem manifestar imediatamente. Mas se lhes dermos o tempo necessário para minar as camadas superiores, elas vão reaparecer na superfície. (OCHOROWICZ, Julien. A Sugestão Mental. Tradução de Alberto Lyra. Edição Eletrônica. p. 151)

 

As observações do Dr. Julien Ochorowicz vêm corroborar as nossas, já que, além da leitura e de textos e de livros os mais diversos sobre a temática obsessão e escrita a respeito que também fazemos, temos a experiência de anos (quase três décadas) no tratamento de obsessões em reuniões especializadas, para além das quais acompanhamos os obsedados e observamos neles sinais e sintomas característicos de pessoa atormentada por processo obsessivo.

A ideia fixa, surgida “espontaneamente”, sem causa visível seja material ou emocional, é o primeiro sintoma que vemos se apresentar na mente da pessoa obsedada. É um processo qual o que ocorre no apaixonamento de um ser humano pelo outro, onde uma pessoa fica a pensar numa outra fixamente. No processo obsessivo pode haver o pensamento em uma outra pessoa que seja comprometida ou o obsedado sendo também comprometido, tal pensamento fixo haverá de favorecer a ação do Espírito obsessor e levar ao descarrilamento moral da pessoa má influenciada. Qual é essa ação do Espírito obsessor? É a sugestão não só de um pensamento, de uma imagem, mas a da ação que trará ao obsedado a satisfação de seu desejo.

Este é um processo lento e se faz através de sugestão pós-hipnótica, especialmente através do sono, quando o obsessor tem então a oportunidade de estar frente a frente com o obsedado e então lhe dar a ordem sugestiva que, após o despertar do encarnado, este ficará agitado, ansioso, nervoso, até a realização da ordem dada.

Recordemos aqui a fala da sra. A. que por nós foi hipnotizada e que depois de realizar o que lhe sugerimos para fazer após de desperta do estado hipnótico: “É normal, após a hipnose, ter pensamentos fixos como: preciso beber água, preciso beber água?”.

Pensamentos fixos, nervosismo, agitação, são sintomas comuns a ocorrerem após o processo de SPH. Vejamos:

 

1) No dia 8 de outubro Gibert fez uma sugestão desse gênero: sem pronunciar palavra, aproximou sua fronte da fronte da Sra. B. durante o seu sono letárgico e se concentrou durante alguns instantes, passando-lhe mentalmente uma ordem. Gibert não contou a ninguém a ordem, mas escreveu-a, colocando o papel num envelope. No dia seguinte fui à casa da Sra. B., pois sabia apenas que ela deveria cumprir a ordem entre 11 e 12 horas. Às 11:30 a mulher ficou agitadíssima, deixou a cozinha e foi até à sala onde apanhou um copo. Perguntou-me se eu a tinha chamado e eu disse que não. Ela saiu e depois voltou várias vezes. Nesse dia ela não fez mais nada, pois adormeceu pela ação a distância de Gibert. Abri o envelope e constatei que Gibert lhe havia ordenado que entre 11 e 12 horas ela oferecesse um copo d’água a cada pessoa presente em sua casa.

2) No dia 10 de outubro combinamos, Gibert e eu, fazer a seguinte sugestão: “Amanhã ao meio-dia feche as portas da casa a chave”. Escrevi a sugestão numa folha de papel e guardei. Gibert fez a sugestão como da maneira precedente, aproximando sua fronte da fronte da Sra. B. No dia seguinte, quando cheguei, ao meio dia menos um quarto, encontrei a casa fechada a chave. Foi a Sra. B. quem a fechou. Quando lhe perguntei por que, ela me respondeu:

– Eu me sentia muito fatigada e não queria que você entrasse para me adormecer.

Ela estava muito agitada, vagueava pelo jardim e eu a vi colher uma rosa e ir até à caixa de correspondência colocada perto da porta. Eram atos sem importância, mas é curioso notar que eram precisamente os atos que havíamos cogitado fazê-la cumprir na véspera. Decidimos, só depois, que ela fizesse outro, o de fechar a porta, mas o pensamento dos primeiros ocupou o espírito de Gibert e exerceu sua influência. (OCHOROWICZ, Julien. A Sugestão Mental. Tradução de Alberto Lyra. Edição Eletrônica. pp. 152-153)

 

Percebemos por essas experiências relatadas pelo Dr. Julien Ochorowicz que os sintomas apresentados pela sra. B. não diferem daqueles observados em pessoas obsedadas, em um nível de obsessão simples, onde elas não estão sem lucidez. Nos casos de obsessão simples, a pessoa obsedada está com a capacidade de discernimento do móvel de suas ações. Portanto, ela pode refletir sobre os desejos que lhe assomam à mente. Diferente dos processos de obsessão por fascinação e por subjugação, em que a vontade do obsedado é completamente tolhida pela ação obsessiva. Logo, o poder de resistência às sugestões mentais maléficas está diretamente ligado à força de vontade do Espírito encarnado em não lhes atender bem como em relação ao seu nível de moralidade. Quanto mais moralizado for o encarnado, maior resistência oporá ao Espírito malfeitor, quanto menos moralizado, menor resistência terá. Vejamos um exemplo de atuação obsessória por subjugação:

Um de nossos filhos, moço de grande inteligência e de coração bem formado, foi subitamente tomado de alienação mental.

Os mais notáveis médicos do Rio de Janeiro fizeram o diagnóstico: loucura; e como loucura o trataram sem que obtivessem o mínimo resultado.

Notávamos nós um singular fenômeno: quando o doente, passado o acesso e entrando no período lúcido, ficava calmo, manifestava perfeita consciência, memória completa e razão clara, de conversar criteriosamente sobre qualquer assunto, mesmo literário ou científico, pois que estudava Medicina, quando foi assaltado. Mais de uma vez, afirmou-nos que bem conhecia estar praticando o mal, durante os acessos, mas que era arrastado por uma força superior à sua vontade, a que em vão tentava resistir (MENEZES, Adolfo Bezerra de. A Loucura sob Novo Prisma: estudo psíquico-fisiológico. 14. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2009. p. 166)

Tal como os experimentadores da hipnose e da sugestão verbal e mental se apossam, por assim dizer, da vontade de seus sujets, também os Espíritos obsessores se apoderam da vontade de seus influenciados. Quantos crimes que vemos nos noticiários – feminicídios, infanticídios, estupros, homicídios, latrocínios, etc. – são oriundos da influência malsã desses seres invisíveis que se aproveitam do desconhecimento da realidade espiritual bem como da baixa moralidade (que pode estar oculta à sociedade) dos seres que atormentam? Não à toa deixou-nos essa advertência o Dr. Carl Wickland:

Os hábitos, os desejos e as inclinações encontram-se arraigados na alma e acompanham o indivíduo depois de sua liberação do corpo físico, até que chega o momento em que são eliminados pela vontade.

Os espíritos de muitos criminosos, de certos assassinos e daqueles que executam uma vingança ou buscam uma maneira de executá-la, permanecem indefinidamente na esfera terrestre e procuram com frequência prosseguir em suas antigas atividades, levando adiante seus projetos malignos, apossando com este objetivo dos corpos dos mortais que se mostrem sensíveis a sua influência.

Se se realizasse uma investigação, descobrir-se-ia que muitos casos de repugnantes assassinatos são obras de pessoas inocentes, que se encontram sob o domínio de espíritos desencarnados, que se apossaram completamente do assassino. (WICKLAND, Carl. Trinta anos entre os mortos. Capítulo VI – Os Espíritos e o Crime. Edição Eletrônica, sem data)

 

Conclusão

Os estudos sobre hipnose e sugestão pós-hipnótica (SPH) tem aberto um campo novo às interpretações do fenômeno, auxiliando na percepção de elementos antes não verificados – até por falta de tecnologia para tal – nos processos que, durante o chamado “transe hipnótico”, ocorrem no cérebro.

Como o fenômeno da hipnose e da SPH ainda trazem possibilidades interpretativas, apesar das pesquisas realizadas, há a necessidade de novas experiências e investigações do fenômeno. Uma revisão acadêmica abrangente da literatura e da pesquisa em hipnose é também muito necessária para que se tenha um maior desenvolvimento e impulso às pesquisas nesse campo.

Sobre o fenômeno obsessivo para a sua compreensão tanto de espíritas quanto de acadêmicos que estudam o assunto faz-se necessário uma revisita às obras de pesquisadores como Allan Kardec, Gabriel Delanne, Camille Flammarion, Gustave Geley, Albert De Rochas, Ernesto Bozzano, Friedrich Zöllner, Carl A. Wickland, Alfred Erny, Epes Sargent, Julien Ochorowicz, Alexander Aksakof, Adolfo Bezerra de Menezes, Inácio Ferreira, José Herculano Pires, Carlos Bernardo Loureiro, Hermínio Miranda e recorrer às obras dos pesquisadores atuais sobre o assunto como as obras de Paulo da Silva  Neto Sobrinho, Ricardo Di Bernardi, Astolfo Olegário de Oliveira Filho, Jorge Hessen, José Passini, Nubor Orlando Facure, Léia da Hora, Leonardo Paixão, Guilherme Velho,  Eurípedes Kühl, Ricardo Baesso de Oliveira, Humberto Vasconcelos. Citamos esses vários nomes por vermos que, em sua maioria, são desconhecidos do grande público e que possam ser consultados.

As experimentações feitas em espaços espíritas e espiritualistas precisam ser divulgadas, pois tal como aqui deixamos material para o público, se há de convir que os resultados dos experimentos feitos não só trarão ânimo para o surgimento de novos pesquisadores como trará subsídios aos estudiosos.

 

Referências:

LAPPONI, José. Hipnotismo e Espiritismo. 3. ed. Brasília, DF: Federação Espírita Brasileira, 1961. Capítulo II – Os fatos próprios do Hipnotismo. pp. 55 e 56

FREUD, Sigmund. Escritos sobre a Psicologia do Inconsciente. Rio de Janeiro: Imago, 2004. Alguns Comentários sobre o Conceito de Inconsciente na Psicanálise. p. 84

KRASINSKI, Kamilla e TONELI, Hélio. Neuropsicologia da Sugestionabilidade e Tomadas de Decisão Social. Pluralidades em Saúde Mental, Curitiba, v. 7, n. 1, p. 43-62, jan./jun. 2018

MAFRA, Lucas Xavier. Hipnose e Meditação: um comparativo de processos neurobiológicos. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2022

PEREIRA, Yvonne. Dramas da Obsessão. Pelo Espírito Bezerra de Menezes. 4. ed. 3. reimpressão. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2010. P. 28-29 – grifos nossos

PAIXÃO, Leonardo. Novas Reflexões Doutrinárias. Londrina, PR: EVOC, 2017. pp. 99-100

OCHOROWICZ, Julien. A Sugestão Mental. Tradução de Alberto Lyra. Edição Eletrônica. p. 151

OCHOROWICZ, Julien. A Sugestão Mental. Tradução de Alberto Lyra. Edição Eletrônica. pp. 152-153

MENEZES, Adolfo Bezerra de. A Loucura sob Novo Prisma: estudo psíquico-fisiológico. 14. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2009. p. 166

WICKLAND, Carl. Trinta anos entre os mortos. Capítulo VI – Os Espíritos e o Crime. Edição Eletrônica, sem data

 

(*) Leonardo Paixão é Orador, Escritor, Pesquisador, Magnetizador, médium espírita, presidente e Fundador do Grupo Espírita Semeadores da Paz, Campos dos Goytacazes, RJ. Como escritor espírita tem dois livros editados pela Editora Virtual O Consolador (EVOC): Reflexões Doutrinárias e Novas Reflexões Doutrinárias, onde estão presentes algumas reflexões filosóficas fundamentadas nas pesquisas que realizou. Participou como conferencista do Encontro de Grupos Espíritas de Campos, RJ e Região em suas 6 edições. Escreveu artigos diversos no jornal online O Rebate. Participou de live com o escritor e pesquisador Guilherme Velho falando sobre o tema “Obsessão”. Escreve artigos para o blog gesemeadoresdapaz.blogspot.com

 

Profissionalmente é Psicanalista tendo feito sua formação pela Sociedade Brasileira de Psicanálise Integrativa – SP - onde fez cursos também sobre hipnose - e a continua (porque a formação do Psicanalista não para) com participação em Seminários e Cursos dados pelas Sociedade Psicanalítica Online (SPO), pelo canal Psicanálise Descolada, aulas com Jorge Forbes, Luc Ferry, Gilles Lipovetsky  pelo Instituto de Psicanálise Lacaniana (IPLA), aula Manejo Clínico na Prática com Maria Homem  e pela Clínica Jorge Jaber - RJ, onde fez Curso de Extensão em Dependência Química. Professor em Curso Livre de Psicanálise.

 

É também Mestre em Teologia - FAINTE/PE; Especialista em Antropologia Teológica e da Religião - FAINTE/PE; Bacharel em Teologia - FATE/SP e FAINTE/PE; Superior Sequencial em Gestão Eclesiástica e Ministério Pastoral - FAAEC/PR; Graduando em Filosofia - FAINTE/PE; Graduando em Administração - FAAEC/PR

 

Teve o trabalho O Teatro e o Lúdico Fazendo Educação Ambiental apresentado no Livro de Resumos do II Congresso Acadêmico dos Institutos Superiores da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro/ [organizadores] Solange Silva Saramão, Luciana Aparecida Rodrigues, Cláudio Luiz de Melo. Visconde do Rio Branco, MG: Suprema, 2008. p. 85

 

É escritor e poeta e tem deixado textos sobre os mais diversos assuntos nas mídias sociais, além de lives, igualmente sobre assuntos diversos, embasado sempre em leituras de artigos e revistas científicas, além de livros, especialmente no grupo Psicanálise, Filosofia e Afins, no Facebook


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