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sábado, 10 de junho de 2023

Nos Bastidores da Obsessão - Estudo

 Exórdio (Continuação).

"(...) A partir da publicação de O livro dos médiuns, em janeiro de 1861, em Paris, todo um conjunto de regras, com um notável esquema das faculdades mediúnicas, foi apresentado, a par de seguro estudo do Espírito, nas suas diversas facetas, culminando com o exame das manifestações espíritas, organização de sociedades e palestras dos Espíritos elevados, que traçaram rotas de segurança para os que ingressarem na investigação racional dos fenômenos medianímicos. A bússola para o sadio exercício da mediunidade foi apresentada com rigoroso equilíbrio, através da obra magistral".


Comentário de Leonardo Paixão; 

Esse trecho traz a lembrança de uma mensagem que nosso Guia Espiritual, Alberto nos deixou anos atrás e reproduziremos aqui:


 Páginas de Luz

Há 150 anos, após exaustivas pesquisas, Allan Kardec dava a lume O Livro dos Médiuns (1), um trabalho de fôlego a reunir os mais diferentes tipos de fenômenos e as mais diversificadas formas de mediunidade.   

Inteligência incomum, o Nobre Lionês observa que a mediunidade está dividida em duas grandes classificações: efeitos físicos e efeitos inteligentes. A sua observação irá ratificada por outros sábios que investigarão os fenômenos da psique humana. Na Metapsíquica, Ciência fundada pelo prêmio Nobel de Fisiologia, o Dr. Charles Richet, este classifica os fenômenos metapsíquicos em objetivos e subjetivos; os doutores Thouless e Wiesmer, designaram os fenômenos de Psi-Kapa (físicos) e Psi-Gama (mentais); Ernesto Bozzano, o sábio metapsiquista italiano, que escreveu proficuamente sobre os fenômenos paranormais, usou do método utilizado por Kardec e de maior segurança: o Controle Universal do Ensino dos Espíritos.

O Livro dos Médiuns ou Guia dos Evocadores, não é livro para enfeitar prateleiras ou ser aberto apenas em estudos especializados. Não, ele é fonte segura de orientação a todos os que desejam experimentar o contato com o Invisível. Nele as diretrizes para as reuniões saudáveis e para o aprendizado dos mistérios de além-túmulo.     

Nenhum tratado de Metapsíquica ou de Parapsicologia que se lhe tenha superado, mesmo a propagada Transcomunicação Instrumental (TCI) encontra respostas em suas páginas de luz.

Animismo, Obsessão, casas mal-Assombradas, Poltergeist, Refutação aos Sistemas e modos outros de encarar o Espiritismo, está tudo lá com uma argumentação sólida baseada na razão e nos fatos.

Ler, reler, estudar e meditar este tratado de Fenomenologia Parapsíquica, é dever de todo espírita consciente da necessidade do estudo e de sua colaboração com a Vida Maior para o bom andamento do Consolador no seio do mundo.

A Allan Kardec o nosso respeito e a nossa veneração.

Kardec ontem, Kardec, hoje.

Alberto, guia do médium

Nota do médium: (1) - Essa memsagem foi recebida no dia 28/07/2011. O Livro dos Médiuns foi lançado em 15 de Janeiro de 1861, portanto em 2011 foram celebrados os seus 150 anos.


"(...) De Kardec aos nossos dias, todavia, quantas edificantes realizações e preciosos estudos em torno dos médiuns, da mediunidade, das obsessões e das desobsessões têm sido apresentadas! Este capítulo dos problemas psíquicos  - a obsessão - tem merecido dos cristãos novos o mais acendrado interesse".


Comentário de Leonardo Paixão:

Após Kardec, vieram Gabriel Delanne, Cammille Flammarion, Léon Denis, Etnesto Bozzano, Carl Wickland, Alfred Erny, etc.

No Brasil, temos as seguintes obras de pesquisadores encarnados:

- A Loucura sob novo prisma, de Adolfo Bezerra de Menezes;

- Novos Rumos à Medicina, 2 volumes, de Inácio Ferreira;

- A Psiquiatria em Face da Reencarnação, de Inácio Ferreira;

- A Obsessão, o passe, a doutrinação, de José Herculano Pires;

- Vampirismo, de José Herculano Pires;

- Diálogo com as Sombras, de Hermínio Miranda;

- Coleção Histórias que os Espíritos contaram, de Hermínio Miranda;

- A Obsessão e seus Mistérios, de Carlos Bernardo Loureiro; 

- Obsessão/Desobsessão, de Suely Caldas Schubert;

- A Obsessão e suas Máscaras, de Marlene Nobre.


Citei estes poucos livros, para termos uma ideia sobre o quanto o assunto vem sendo desenvolvido. Sem falarmos nas extensas obras mediúnicas de Chico Xavier - notadamente as obras de Emmanuel e André Luiz -, de Divaldo Pereira Franco - notadamente as obras da Série Psicológica Joanna de Ângelis e as de Manoel Philomeno de Miranda, e as obras vindas por Yvonne do Amaral Pereira.

Material não nos falta para estudarmos, precisamos deixar de lado, tantas vezes, nossa preguiça mental.


"Sinal dos tempos a que se referem os escritos evangélicos prenuncia essa dor generalizada, a Era do Espírito Imortal".


Comentário de Leonardo Paixão:

Ver oo cap. XVIII - São chegados os tempos, do livo A Gênese, de Allan Kardec.

O desequilíbrio gerado pelo processo obsessivo em indivíduos de todo o mundo, vem chamar a atenção dos estudiosos das Ciências Psicológicas, especialmente, quando, cessada a obsessão, a pessoa retoma o seu estado normal. E, a mudança moral do sujeito, promove mudança no estado social. Obviamente que tal modificação na sociedade só pode ser apreciada a partir de uma proliferação de indivíduos com novos valores, pois individualmente, a observação de um novo comportamento fica restrita aos núcleos em que aquele indivíduo circula.


'(...) Os altos índices da criminalidade de todos os matizes e as calamidades sociais espalhadas na Terra são, todavia, alguns fatores predisponentes e preponderantes para as obsessões..."


Comentário de Leonardo Paixão:

As vítimas de hoje a depender de seu estado espiritual, poderão ser os obsessores de amanhã, isto é, quando os que a elas fizeram mal, estiverem reencarnados ou já nesta reencarnação, como temos visto ocorrer em nossas sessões de desobsessão. Na Revista Espírita, ano 1859, mês de Novembro, Allan Kardec nos traz interessante relato. Leiamos: 

Um dos nossos correspondentes, homem de grande saber e portador de títulos científicos oficiais, o que não o impede de cometer a fraqueza de acreditar que temos uma alma e que essa alma sobrevive ao corpo, que depois da morte fica errante no espaço e ainda pode comunicar-se com os vivos, tanto mais quanto ele próprio é um bom médium e mantém conversas com os seres de além-túmulo, dirige-nos a seguinte carta:

 

“Senhor,

“Talvez julgueis acertado agasalhar na vossa interessante revista o fato seguinte:

“Há algum tempo eu era jurado. O tribunal devia julgar um moço, apenas saído da adolescência, acusado de ter assassinado uma senhora idosa em circunstâncias horríveis. O acusado confessava e contava os detalhes do crime com uma impassibilidade e um cinismo que faziam fremir a assembleia.

“Entretanto é fácil prever, em virtude da sua idade, da sua absoluta falta de educação e dados os estímulos recebidos em família, que fossem apresentadas em seu favor circunstâncias atenuantes, tanto mais que ele fora levado pela cólera, agindo contra uma provocação por injúrias.

“Eu quis consultar a vítima a respeito do grau de sua culpabilidade. Chamei-a, durante uma sessão, por uma evocação mental. Ela me fez saber que estava presente e eu pus minha mão às suas ordens. Eis a conversação que tivemos ─ eu, mentalmente, ela pela escrita:

“─ O que a senhora pensa de seu assassino?

“─ Não serei eu quem o acusará.

“─ Por quê?

“─ Porque ele foi levado ao crime por um homem que me fez a corte há cinquenta anos e que, nada tendo conseguido de mim, jurou vingar-se. Conservou, após a sua morte, o desejo de vingança e aproveitou as disposições do acusado para lhe inspirar o desejo de matar-me.

“─ Como sabe disso?

“─ Porque ele mesmo me disse, quando cheguei a este mundo que hoje habito.

“─ Compreendo sua reserva diante dos estímulos que o seu assassino não repeliu como deveria e poderia. Mas a senhora não pensa que a inspiração criminosa, à qual ele voluntariamente obedeceu, não teria sobre ele o mesmo poder, se não houvesse nutrido ou entretido, durante muito tempo, sentimentos de inveja, de ódio e de vingança contra a senhora e a sua família?

“─ Com certeza. Sem isso ele teria sido mais capaz de resistir. Eis por que digo que aquele que quis vingar-se aproveitou as disposições desse moço. O senhor compreende que ele não se teria dirigido a alguém que se dispusesse a resistir.

“─ Ele goza com a sua vingança?

“─ Não, pois vê que isso lhe custará caro. Além disso, em lugar de me fazer mal, ele me prestou um serviço, fazendo-me entrar mais cedo no mundo dos Espíritos, onde sou mais feliz. Foi, pois, uma ação má sem proveito para ele.

“Circunstâncias atenuantes foram admitidas pelo júri, baseadas nos motivos acima indicados, e a pena de morte foi descartada.

“A respeito do que acabo de contar, deve fazer-se uma observação moral de grande importância. É necessário concluir, com efeito, que o homem deve vigiar os seus menores pensamentos malévolos e até mesmo os seus maus sentimentos, por mais fugidios que pareçam, pois eles podem atrair para si Espíritos maus e corrompidos, e expô-lo, fraco e desarmado, às suas inspirações culposas. É uma porta que ele abre ao mal, sem compreender o perigo. Foi, pois, com um profundo conhecimento do homem e do mundo espiritual que Jesus Cristo disse: ‘Todo aquele que olhar para uma mulher para cobiçá-la, já em seu coração adulterou com ela.’ (Mat. 5:28).

“Tenho a honra, etc

SIMON M...”


"A Doutrina Espírita, porém, possui os antídotos, as terapias especiais para tão calomitoso mal".


Comentário de Leonardo Paixão: 

No prefácio ao livro A Obsessão: instalação e cura, organizado por Adilton Pugliese adverte Manoel Philomeno de Miranda:

"A leviandade tem-se apresentado com teorias fascinantes e inócuas, prometendo curas miraculosas e outros resultados imediatos, como se estivesse diante de uma patologia simples, ao tempo em que se tratasse com fenômenos  cujas causas imediatas pudessem ser removidas a passes de mágica ou de fabuloso poder. Esquecida que o enfrentamento obsessivo tem geratriz anterior e assenta as suas raizes em fatores emocionais muito profundos, não pode ser combatida senão através de cuidadosa terapia espiritual, na qual ambos os litigantes se resolvam pelo amor, pelo olvido ao mal e construção do bem, renovando-se e iluminando-se com o conhecimento da realidade que dimana de Jesus-Cristo, o Psicoterapeuta excelente, que libertou inúmeros enfermos de todos os tipos que dEle se acercaram e se resolveram por mudar o panorama íntimo, adquirindo saúde moral.

A psicoterapia desobsessiva exige cuidados especiais e somente pessoas credenciadas pela conduta espiritual e pelo conhecimento do Espiritismo, que estejam habituadas ao intercâmbio mediúnico, particularmente com os Espíritos mentirosos, embusteiros, obsessores, que são portadores de incontáveis habilidades na arte de iludir e malsinar".

Terminamos essa parte de nosso estudo alertando:

No Espiritismo encontramos o estudo racional sobre obsessões e os meios de as curar, sem misticismos tolos e fórmulas vazias 


Deus a todos abençoe!!



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