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domingo, 4 de junho de 2023

Nos Bastidores da Obsessão - Estudo

Estudo da obra Nos Bastidores da Obsessão, do Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco.


Exórdio

"Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em consequência da inferioridade moral de seus habitantes".

Comentário de Leonardo Paixão:
Causa primeira da obsessão: inferioridade moral dos habitantes do planeta Terra. Logo, se os habitantes do planeta possuem inferioridade moral, ao desencarnarem mantém-se tais quais são e, entram em contato com as mentes encarnadas de seu mesmo nível evolutivo, daí ocorrendo os mais variados processos obsessivos.

Em outro momento nos esclarece Miranda:

"À semelhança de previsível epidemia, vêm-se multiplicando os casos de psicopatologia obsessiva, arrebanhando multidões  desavisadas que lhes tombam nas malhas soezes com volumosos prejuízos morais para a sociedade.
Essa ocorrência tem lugar no mundo, por causa da inferioridade espiritual em que as criaturas se demoram, permitindo-se a promiscuidade psíquica com os Espíritos atrasados que pululam em torno da Terra, emigrados do corpo físico pelo fenômeno incoercível da morte biológica.
Vítimas dos hábitos doentios a que se permitiram, prosseguem com avidez no comércio mental e emocional com todos quantos com eles se sintonizam, em razão da afinidade de gostos e interesses que mantém" (MIRANDA. A Obsessão: instalação e cura, 2004. Grifos nossos).

Comentário de Leonardo Paixão:

Muitas obsessões fortuitas ocorrem devido aos maus hábitos.
As obsessões fortuitas são as que ocorrem de forma repentina, inesperada, sem planejamento nem previsão, isto é, são as que se desencadeiam devido à afinidade de gostos, de interesses entre desencarnados e encarnados.
Importante também observarmos estas orientações de Allan Kardec: "(...) Seria errôneo, pois acreditar-se que os Espíritos  só exercem sua influência por meio de comunicações escritas ou verbais. Essa influência é permanente (grifei) e mesmo os que não se ocupam com os Espíritos, ou neles não creem, estão expostos a sofrê-la, como os outros e mesmo mais do que os outros, porque não têm como contrabalançá-la.
As causas da obsessão variam de acordo com o caráter do Espírito. Às vezes é uma vingança que ele exerce sobre a pessoa que o magoou nesta vida ou em existências anteriores (grifei). Muitas vezes, é o simples desejo de fazer o mal (grifei), como o Espírito sofre, quer fazer que os outros também sofram, encontra uma espécie de prazer em atormentá-los, em humilhá-los, e a impaciência que a vítima demonstra o exacerba mais ainda, porque é esse o objetivo que o obsessor tem em vista, enquanto a paciência acaba por cansá-lo. Ao irritar-se e mostrar-se despeitado, o perseguido faz exatamente o que o perseguidor deseja. Esses Espíritos agem, não raras vezes, por ódio e por inveja do bem, o que os leva a lançarem suas vistas malfazejas sobre as pessoas mais honestas. Um deles se apegou como "sarna" a uma honrada família do nosso conhecimento, à qual, aliás, não teve a satisfação de enganar. Interrogado acerca do motivo por que se agarrara a pessoas tão distintas, em vez de apegar-se a homens maus como ele, respondeu: estes não me causam inveja (grifo do original). Outros são guiados por um sentimento de covardia, que os induz a se aproveitarem da fraqueza moral de certos indivíduos, que eles sabem, incapazes de lhes resistirem. Um destes últimos, que subjugava um rapaz de inteligência muito curta, interrogado sobre os motivos dessa escolha, respondeu: Tenho grande necessidade de atormentar alguém. Uma pessoa criteriosa me repeliria; ligo-me a um idiota, que não me opõe nenhuma resistência (grifo do original)" (KARDEC. O Livro dos Médiuns).

Colocando aqui estas orientações de Allan Kardec, bem podemos compreender as causas das obsessões.

"(...) A obsessão, (...) deve, pois, ser considerada como prova ou expiação e aceita com esse caráter (grifei)" (1)

1. Nota do autor espiritual:
KARDEC, Allan. A Gênese. Cap. XIV, it. Obsessões e Possessões, 2013. (Ref. atualizada).

Comentário de Leonardo Paixão: 

Se a obsessão deve ser considerada como prova ou expiação e, se há os casos de obsessão fortuita, pensamos que tal como as obsessões por vingança aqueles devam ser consideradas como provas.
Já a obsessão como expiação pode ser lida no relato que faz Yvonne do Amaral Pereira no livro Recordações da Mediunidade, cap. 10 - O Complexo Obsessão. História do Revmo. Padre J. Na 6* edição da FEB o relato inicia na p. 204.

"Ignorada propositadamente pela chamada Ciência oficial,"

Comentário de Leonardo Paixão: 

Hoje, em pleno século XXI, apesar de avanços no campo das Ciências Psicológicas, tendo na (o) CID F. 44. 3 -  Estados de Transe e de Possessão, a não patologização de tais processos quando ocorridos sob controle, seja em Templos religiosos ou em momentos religiosos, ainda falta por parte dos profissionais da Medicina Psiquiátrica e da Psicologia, um aprofundamento sobre esses estados alterados de consciência. A Psicologia Transpessoal tem avançado nesses estudos.
Ainda temos uma ciência biologizante, onde o fisiológico a tudo há de explicar.

"(...) Barão von de Guldenstubbé"

Comentário de Leonardo Paixão:

Nâo se sabe o ano de seu nascimento, sabe-se que morreu no ano 1873), foi um cientista e pesquisador escandinavo, que muito se interessou pelas materializações luminosas. Intorduziu na Europa o estudo da escrita direta. Escreveu um livro com mensagens dos Espíritos via escrita direta ou pneumatografia: A Realidade dos Espíritos e de suas Manifestações. (1855).

Comentário de Leonardo Paixão: 

Na Introdução de O Livro dos Espíritos, item IV, 4* parágrafo, Allan Kardec nos traz sobre as pesquisas realizadas anos antes: 'O conselho foi dado simultaneamente na América, na França e em diversos outros países. Eis em que termos o deram em Paris, a 10 de junho de 1853, a um dos mais fervorosos adeptos da doutrina e que, havia muitos anos, desde 1849, se ocupava com a evocação dos Espíritos: "Vai buscar, no aposento ao lado, a cestinha; amarra-lhe um lápis; coloca-a sobre o papel; põe-lhe os teus dedos sobre a borda". Alguns instantes após, a cesta entrou a mover-se e o lápis escreveu, muito legível, esta frase: "Proíbo expressamente que transmitas a quem quer que seja o que acabo de dizer. Da primeira vez que escrever, escreverei melhor".


"(...) E todos aqueles que se dedicaram à observação e ao estudo, à experimentação e ao fenômeno são concordes na comprovação da continuidade da vida após a morte..."

Comentário de Leonardo Paixão: 

Lendo o pequeno livro de Léon Denis O Além e a Sobrevivência do Ser, temos relatos de homens e mulheres de Academias e Sociedades Científicas das mais diversas manifestações dos Espíritos, tais as aparições, fenômenos no momento da morte, psicografias com claras provas de identidades, casos de xenoglossia,etc.

É lamentável constatarmos que muitos cientistas das mais diversas áreas - exatas, biológicas, humanas -, bem como Filósofos e Literatos, neguem a imortalidade da alma e demonstrem pouco ou nenhum interesse sobre o assunto.

"Nos EUA se tornaram famosas as experiências psiquiátricas realizadas pelo Dr. Carl Wickland".

Comentário de Leonardo Paixão: 

Dr. Carl Wickland foi um psiquiatra americano da Faculdade de Medicina de Chicago, que abriu uma clínica para o tratamento da obsessão. Escreveu o livro Trinta Anos entre os Mortos, em que relata as diversas desobsessões que realizou. Um livro a ser lido com muito proveito a todo lidador das tarefas de desobsessão.


"Diante de Alcina incorporada pelo Espírito de Galeno, em plena sessão na Salpetrière, respondeu Charcot aos interessados no fenômeno e que o inquiritam que lhes não convinha se adiantassem à própria época em que viviam... Sugeriu que se não buscassem raciocínios que aclarassem os resultados das investigações, devendo contentar-se somente com aquela observação experimental, a que todos haviam presenciado. Tal atitude anticientífica tem sido mantida por respeitáveis investigadores, por temerem a realidade da vida imperecível"


Comentário de Leonardo Paixão: 

Jean-Martin Charcot (1852 - 1893) - médico francês, conhecido por seus trabalhos sobre doenças nervosas. Trabalhou com hipnose, com quem Freud muito aprendeu antes de fundar a Psicanálise.
Percebemos em suas obras que muito antes de suas experiências, Allan Kardec, já havia Codificado a Doutrina Espírita e, portanto,já era mais do que chegado o tempo de se avançar nas investigações, porém, os preconceitos dos acadêmicos e do próprio pesquisador faziam com que os assuntos tidos à época por ocultos não fossem considerados ou tidos como fruto exclusivo de um inconsciente. 

Coninuaremos na próxima semana.
Deus conosco sempre!!



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